Chance

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Olá, pessoas. Mais um capítulo que escrevi. 

Esse tem música (jeremy passion- lemonade) - quando for comandado lá na frente e quiser é só dar play.

Me emocionei escrevendo. Sou muito trouxa mesmo.

Boa leitura!

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Pov.: Natalie

Esse dia parece que não passa nunca, acho que os minutos estão contando mais lentamente, ou talvez seja por tudo que eu estou sentindo. Essa agonia desesperadora, a dor em meu peito para que o hoje acabe, mesmo eu sabendo que amanhã eu vou continuar assim e pelo resto da minha vida.

Hoje eu não estou vivendo, mas apenas existindo nesse mundo...

Olho para minhas mãos e elas estão trêmulas, ao extremo... quase não suporto segurar o convite todo amassado com dois nomes em destaque: Priscilla e Diogo.

Ela se casaria. A mulher que eu amo está prestes a se casar hoje, com alguém que não é eu.

Eu não sei se foi de propósito ou se foi apenas uma grande coincidência, mas justamente hoje, se estivéssemos juntas, estaríamos comemorando uma data muito importante para nós, nosso aniversário de namoro. Além de eu estar sem ela, ainda irá se casar nessa mesma data.

Isso dói para mim, muito.

Eu não consigo superar o que vivemos, eu não consigo esquecê-la, não importa quanto tempo passe. Quando penso que estou me curando de tanta dor, aí encontro Priscilla na rua e tudo volta como um soco no meu estômago, lembrando-me: "Sua idiota, aquela mulher era sua e você deixou ela ir".

Sabe, era para eu estar ao lado dela, cansando-me com ela, dando amor, cuidando. Era para eu estar no altar esperando o amor da minha vida, não outra pessoa. Mas, eu deixei ela se afastar de mim, deixei ela escapar entre meus dedos, fiz ela sofrer e me magoei também.

Eu sempre quis projetar a culpa em Priscilla, dizia que era ela que não me amava o bastante para esperar o meu tempo... mas, na verdade ela sempre me deu esse tempo, eu que demorei demais.

Eu tinha medo, medo da forma que a minha família olharia para mim, com aquele olhar de rejeição, de nojo, de como se eu fosse um ser de outro mundo, quando eu me assumisse para todos.

Acabou que eu estava certa, eles me olharam da mesma forma que eu imaginei, mas um detalhe foi o pior de tudo, Priscilla já não estava mais lá segurando minha mão, como sempre prometeu. E quando eu me dei conta já era tarde demais.

Eu não fui madura o bastante para encarar o nosso relacionamento como a minha realidade, uma mulher que ama incondicionalmente outra mulher. Fui imatura para forçar que o nosso amor fosse escondido, mesmo que tivesse alguém incrível do meu lado me apoiando e inclusive sustentando tudo sozinha.

Priscilla queria me levar para casa dela, apresentar-me como sua namorada, dizia o tempo todo o quanto me amava e que queria construir uma vida comigo. E o pior, isso me apavorava tanto.

E nisso tudo, eu perdi o amor da minha vida por egoísmo. Eu dei o tempo que Priscilla precisava, não implorei que ela voltasse para mim, eu queria aprender com a perda e amadurecer com isso, com os meus medos e falhas.

Só que eu demorei demais e ela encontrou outro alguém. Alguém que talvez faça ela mais feliz do que eu fiz, alguém que grite para todos que tem a mulher mais incrível do mundo. É... ela é a mais incrível de todas. E esse cara tem muita sorte.

One Shot (Natiese)Onde histórias criam vida. Descubra agora