Quem você pensa que é?

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Lan Xichen e Yu Wanyin andavam perto do festival de lanternas quando ouviram um tumulto acontecer. Rapidamente eles se dirigiram para o local, só para ver o recém aparecido Wei Wuxian quase socar a cara de um Jin. Sendo segurado por Yanli

-A-Ying. O que está acontecendo aqui!?

-A-Cheng, Jin Zixun estava insinuando que eu e A-Xian temos um caso. Ele falou muitas coisas terríveis.

A multidão ali começou a sussurrar, alguns apenas interessados, outros achando que era verdade e uns defendendo a integridade dos Jiang. Mas Yu Cheng só conseguia ver sangue, fazia muito tempo que ele não usava sua língua de prata, herdada da mãe, pela falta de necessidade. Mas agora esse Jin não ia escapar. Seu noivo o segurou, apenas quando viu que Cheng não ia matá-lo soltou.

Ele deu um passo à frente, uma aura assassina envolta dele fez todos hesitarem, um sorriso de merda e irônico apareceu em seu rosto, quem o conhecia melhor sabia que quem o irritou estava condenado.

-E qual prova você tem ao caluniar meus irmãos?

-Que prova eu preciso? A minha palavra é o suficiente.

A multidão se afasta, Zidian começou e se mexer na mão do Yu, respondendo a sua raiva, apenas algumas pessoas notaram.

-Quem é você? Ponha-se no seu lugar ou perceba a gravidade do que está falando. Ao acusar Jiang Yanli e Wei Wuxian você está tentando tirar o prestígio não só de Yunmeng Jiang como também Meishan Yu e GusuLan por sua conexão comigo e LanlingJin pelo casamento de Jin Zixuan. Então a palavra de um desconhecido não valem nada. Agora QUAIS PROVAS VOCÊ TEM?

Apesar de não gritar ele aumentou o tom de voz, nesse momento a multidão dobrou, até mesmo alguns anciões tentaram pará-los mas Xichen impediu, entendendo a necessidade de seu noivo em humilhar aquele homem.

-Você, um desconhecido qualquer, ousa caluniar dois membros importantes e altamente considerados pelos membros de quatro das grandes seitas, como você acha que eu simplesmente acreditaria em você? Sem provas, sem testemunhas? Diga, você os viu tendo relações?!

-E eu preciso? Tenho certeza que estão juntos, eles se abraçam toda a hora. Estão sempre juntos, claro que tem algo a mais.

Zidian já se fez presente, envolvendo toda a mão de Cheng enquanto se mexia, as pessoas em volta se assustavam, Zixun já estava morrendo de medo, mesmo assim não calou a boca.

-E daí? Você é tão estupido que não entende o conceito de família, oh desculpe, eu não acho que você entenda a relação de irmãos, afinal não são muitas as famílias que têm esse exemplo não é mesmo?

Uma alfinetada clara para os casos do líder da seita mas nada concreto, um insulto velado que ninguém podia contestar.

-Como você ousa...

-Eu que pergunto como você ousa. Falar que eles estão juntos por ficarem próximos é a mesma coisa de dizer que eu traio meu noivo com qualquer um deles! Percebe o quão nojenta é a sua insinuação? Nós somos irmãos, mas já que você parece não entender esse conceito não vou insistir, me fale quem é você! Que méritos e honra você adquiriu para sua palavra ser o suficiente para as pessoas acreditarem? O que você fez? Quem você salvou, qual maravilhoso ato de bravura foi esse que eu desconheço?

-Você menospreza a seita Jin. Eu sou um membro muito respeitado da minha seita, me humilhando assim, como você ousa. Uma puta simples de Meishan, que se vendeu para Gusu só para tentar assumir o local de Jiang como uma das grandes seitas! Claro que você provavelmente trai seu noivo com aquele filho de servo que se intitula herdeiro.

A indignação foi geral com a fala dele, principalmente entre os membros de Gusu, Xichen estava pronto para matá-lo, mas Yu Cheng tinha algo melhor em mente.

-Hahahahahah, já que você tem tanta certeza porque não faz um juramento de sangue!?

-O que? Está louco?

-Não se preocupe, eu faço um também. Eu já tenho a adaga! Você irá jurar que sabe com absoluta certeza que eu estou tendo um caso, e que minha A-Jie e A-Ying também, e eu vou jurar que não. Aquele que tiver o núcleo destruído mentiu.

-Eu não vou fazer parte disso.

Todos se afastaram quando Wanyin pegou a adaga, não sabendo mais o que esperar depois de uma proposta tão impulsiva e perigosa.

-Você enlouqueceu.

-Eu? Claro que não, mas é assim que as, como você chamou mesmo? Puta de Meishan? Não quer? Ou o que? Está com medo? Não sabe como se faz? Não tem problema eu ensino não vai ser o primeiro cultivador que eu condeno a viver como comum por caluniar minha família. Anda faça, você não tem tanta certeza do que está falando? SE VOCÊ ASSUME QUE MENTIU SE AJOELHE E IMPLORE POR PERDÃO! OU ENTÃO FAÇA O JURAMENTO POR BEM OU POR MAL!

Todos prenderam a respiração, Wanyin se aproximou com a adaga cerimonial em mãos, suas víboras impediram o Jin de correr, ele se debatia mais e mais a cada passo, ninguém teve coragem o suficiente para interromper, eles davam valor a suas vidas. Quando Cheng chegou a um metro dele o Jin urinou. 

-Não. Não! Tudo bem eu imploro.

Ele caiu no chão de joelhos e prostrou, chorando e medo, raiva e humilhação. Depois de alguns minutos o Yu sorriu.

-Não é só para mim que você tem que implorar por perdão.

Zixun se virou para os Jiang curvando-se também.
Dos dois quem saiu do estado de torpor que estavam desde que Wanyin começou a falar era Yanli, que ao invés de ajudar como sua fama diria, resolveu piorar as coisas para ele.

-Yunmeng Jiang  não aceita as suas desculpas, nós não te associamos aos Jins, mas se você entrar no nosso território será morto.

Xichen concordou.

-Em Gusu também, você tem até amanhã para desaparecer do recesso das nuvens e uma semana para sair de vez do nosso território.

Eles olharam com expectativa para Wanyin.

-Saiba que você só não foi chicoteado até a morte hoje por cortesia a GusuLan que tem regras contra a morte em sua seita, o que aconteceu com você hoje é o mínimo que eu faço com todos aqueles que ofendem minha família, nunca mais ouse aparecer na minha frente, se você chegar perto de Meishan, não sobrará corpo para enterrar.

O Yu soltou a última ameaça, pegou no braço de seus irmãos e saiu, sem se importar com quem observava a cena. Sua única preocupação eram seus irmãos.

Água em minhas veias, veneno em minha almaOnde histórias criam vida. Descubra agora