Batalha final 2

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Sangue corria como rios, pilhas de corpos eram suas nascentes e as cores de todas as seitas estavam manchadas de vermelho, a sinfonia de aço contra aço e os gritos de desespero completavam a imagem grotesca que o campo de batalha tinha.

As bandeiras vermelhas diminuíram e os humanos que a carregavam desistiram cada vez mais.

Wanyin tinha perdido seu parceiro de vista, preocupação assolava sua alma a ponto dele chamar um de seus chicotes para proteger Xichen, era um sacrifico a se fazer, ele não seria tão potente em batalha mas seu noivo estaria seguro.

Cadáveres saiam de todos os lugares, a bandeira Wen estampada em suas roupas, o poder que controlava eles vinha do salão principal do palácio.

Seu suposto líder não dava paz a duas almas arrependidas e maculadas, forçando-os a servi-lo mesmo depois da morte, um ser humano desprezível em todos os sentidos.

Os corpos continuavam a se erguer e quanto mais eles matavam mais o exército inimigo aumentava.

O desespero começou a impregnar os ossos deles, Wuxian sentia o gosto dessas emoções no ar, o artefato em sua manga pulsa, leal, pronto para ser usado.

Ele o pega. Os ventos mudam e de repente ele parece ser o centro da batalha, o Selo do tigre estígia voa a sua volta, obediente.

Nuvens negras, diferentes das causadas pela tempestade, começaram a se formar, miasma saia dos corpos empilhados no chão se unindo em uma névoa densa de morte e destruição. O sinistro tocar de um dizi corta a batalha. Baixos grunhidos animalescos surgem, respondendo ao chamado, se intensificando até transformarem-se em rugidos bestiais que gelavam o sangue de todos os ouvintes, cadáveres se erguiam e lutavam uns contra os outros, apenas os soldados Wens foram maculados pelo miasma. Wuxian tinha sua mente intacta o suficiente para conseguir dar essa ordem (ele não queria admitir mas Wangji tocar para ele ajudou, o sino Jiang preso em ChengQing não foi menos importante).

Logo um tipo diferente de luta foi travado naquele campo de morte. Uma de poderes, a energia tinha dois mestres que lutavam entre si para reivindicar controle sobre ela.

Um era impiedoso, cheio dos sentimentos humanos que ela conhecia tão bem, ganância, ódio, desejo. Um espécime perfeito do tipo de escória que o ressentimento consumia até o fim, um vinho a ser saboreado, um receptáculo, não um líder, não algo que valesse a pena conservar quando existiam tantos idênticos andando pelo mundo.

Mas o outro, o outro era algo que ela não conhecia, sim, existia dor miséria e ódio tão profundos que eram capazes de separar montanhas com sua força, porém existia mais, coisas que ela não entendia, poderosas, maiores, boas, uma não dor que ela não entendia, mas ansiava, ela deseja isso, a falta da dor e o que quer que esse sentimento seja.

Amor.

Sussurra o portador.

Esperança.

Esperança, amor, ela conhecia aquelas palavras, entendia o desespero que seus portadores sentiam pela falta disso, mas a energia em si nunca quis conhecer ou teve contato com qualquer coisa que não fosse ódio, medo e dor. Agora, só agora, entendeu o porquê dos homens procurarem desesperadamente por acolhimento. E a energia queria tudo. Então foi pegar.

Tudo entrava e saía do corpo de Wuxian, trazendo à tona suas memórias, revirando tudo em busca da sensação, daquela não dor tão desejava.

A-Cheng, quem era A-Cheng? Onde ele estava? Essa pessoa. Essa pessoa era a maior fonte de não dor, existiam outras, Jiang Yanli, Lan Wangji, mas A-Cheng, esse A-Cheng era o mais constante, esteve com ele por mais tempo, cuidou do hospedeiro de todas as formas possíveis. A energia o queria.

Wanyin viu o miasma negro se condensar no corpo de seu irmão, ele podia perder o controle, era ressentimento demais. E então Sandu Shengshou correu para o miasma, para seu shixiong.

Wuxian sentia tudo em volta do Qi escuro, ele viu seu Didi entrar ali, como o mais novo parecia saber exatamente onde ele estava. Abraçando-o sem medo, sem se importar com o que poderia ser a morte iminente por desvio.

Essa confiança lhe deu forças, abalou a percepção da energia ressentida o suficiente para ele tomar o controle novamente.

O dizi tocava e espalhava seu poder por toda a cidade, a música era melancólica e bela, assustadoramente atraente. Os cadáveres dançavam em sintonia a ela, destruindo os Wens e se destruindo.

As pessoas das outras seitas pararam, e sem levantar suas espadas viam o final da guerra ser ganha por um homem.

Lan Xichen aproveitou a falta de atenção que recebia e correu para as portas do salão do palácio do Sol. Onde Nie Mingjue enfrentava Wen Huohan em uma batalha intensa.

O Lan entrou na luta Shoyue voando pelo ar, uma pessoa, morta, podia ser vista no chão, as marcas pareciam de Baxia, um servo do homem talvez? Ele parecia pequeno, com características tipicamente Jin no rosto, talvez o Meng Yao que Mingjue afirmou tê-lo traído pouco antes da campanha começar.

Não importa agora, alguém tinha que morrer antes de qualquer outra coisa ser importante, e Huohan era o único que ele aceitaria ter o sangue derramado.

Eles estavam perdendo, o poder bruto do Wen era maior do que o que eles tinham previsto, a guerra já estava ganha, só a cabeça daquele líder que faltava, a frustração cresceu em seus peitos, por que ele não morria?

Agulhas foram direção do mais velho, pontos de pressão acertados, ele parou, sem conseguir se mexer, uma mulher apareceu, ela usava um manto externo Wen, mas o retirou, mostrando vestes Jiang, uma espiã.

-Você!

-Morra em silêncio Huohan, você já fez o suficiente para esse mundo.

Outro ponto de pressão acertado, sua boca se movia mas nenhum som saia, Jiang Qing saiu da frente, um gesto claro, ela estava dando aquela morte para os outros líderes de seita presentes.

Uma espada e um sabre levantaram, a carne caiu do chão de pedra em um barulho pútrido. As lâminas que a cortaram tintilaram, sangue quente correndo pela lâmina fria enchia o coração deles com a euforia da vitória.

A ex-Wen chutou a cabeça escada abaixo, o membro decepado foi pisoteado pelos cadáveres que lutavam até

apenas o enfeite de sua cabeça restar.

O último cadáver caiu.

A guerra acabou.

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Sim gente ksksksksks Wen Qing se tornou Jiang Qing em suas ações na guerra para que ela não fosse capturada por seu sangue, não sei se vocês lembram mas durante o cerco o Jc teve uma conversa com o Wen Ning sobre espiar em troca da proteção da família deles ksksksksk sim tudo está conectado skksksks
Enfim desculpem a demora pra postar mas as coisas estavam meio complicadas pra mim mkksksks
Enfim espero que tenham gostado

Água em minhas veias, veneno em minha almaOnde histórias criam vida. Descubra agora