KAOS- Para meu amor

CAPÍTULO 2- Meu conto

Minha história começa em NEVERLAND, sim, a ilha do nunca, tinha apenas 14 anos na época em que fui deixado, surpreso? Pois é, há algo em comum nesses lugares.
A mesma história de “MAMÃE, PORQUE ME DEIXOU”...
Mas a minha não, ela não me deixou, mas ela quis me matar.
- Quando é que você vai aprender a se virar sozinho meu querido filhinho?
- Ele vai aprender a caçar amanhã com você, seu lobo preguiçoso.
Sim, meu pai era o simpático da família grandiosa de lobos alfa, e minha mãe era uma pequena loba que por tempos achei que me amava.
Aprendi a matar com apenas 9 anos de idade, meu pai naquele dia me mostrou porque éramos chamados de alfa, cravou suas belíssimas garras em 9 gaviões, em 5 ursos ele mostrou do que eram feitos os dentes de um lobo, e me deu o resto da floresta.
- Vou começar por aqui, foi o que eu disse na minha primeira presa.
Um peixe de pouco mais de 30 centímetros de altura e uma espessura bem grossa, sua pele era dura na primeira mordida, mas logo peguei o jeito da matança, e descobri o gosto do tão saboroso sangue em minha boca.
Nunca vou me esquecer daquele tão grandioso dia, eu matei muitos animais naquele dia, dos mais diversos, coelhos, pássaros pequenos e grandes, e 3 excelentes gazelas, que por sua vez não escutaram os nem os meus passos, que já aprimorados pela minha mãe, não surtiam mais nem o mínimo de barulho no meio daquela floresta gigante pra mim na época.
Meu pai não era nada como minha mãe, ele era feroz, sabia cuidar dos seus ferimentos e me ensinou tudo, ele cuidava de todos os detalhes, mas minha mãe, ela era bruta, quando caçávamos ela não deixava nada, nenhum pedaço de carne, e me fazia assistir a tudo, era um brilho de sangue jorrando na luz da noite a cada mordida que ela cravava em suas presas, ela era pequena, mas sua força era enorme, ela conseguia matar animais de até quatro vezes o seu tamanho.
Ela me ensinou de verdade a arte da caçada, mas ela me dava medo, quando em seu interior ela não conseguia mais se diferenciar com um animal irracional, quando ela matava sem dó, sem nenhuma pena de suas presas.
Quando completei meus 12 anos de idade, meu pai me levou para a floresta.
- Você vai sobreviver sozinho por três dias
- Mas pai, eu ainda não sei de tudo, eu vou acabar m..
- Calado! Você é meu filho, quero que enfrente a vida.
- Okay...
Eu não estava bem naquele dia, era de noite, e eu estava completamente sozinho e assustado.
O tempo passou, e meu pai foi me buscar, mas ele não me reconhecia mais.
- O que você fez?... Ele me perguntou assustado com a cena a sua frente.
- Não me reconhece mais papai?
-...
- FALE ALGO PAPAI!!!
O coitado estava tão assustado que não conseguia mais dizer nenhuma palavra de sua boca, que estava lisa, sem sangue, mas seu corpo estava completamente machucado, e eu conhecia aquelas garras, eram as garras de minha mãe.
- Você se tornou uma aberração como sua mãe, e tem mai..
- CALE A BOCA SEU VELHO TOLO!!
Eu realmente não era mais eu...
Tinha me tornado um projeto quase perfeito de minha mãe, quem eu mais temia.
Meus olhos vermelhos com um fervor do prazer de muitas noites caçando, minha respiração, quase que imperceptível, minhas garras, apontadas para um pedaço de carne que havia acabado de caçar.
Meu pai me levou pra casa, e logo depois de um banho, eu melhorei, já não era mais aquele lobo mal das histórias em quadrinhos, não, eu era um lobo de verdade, um lobo machucado pela vida, um lobo que neste ponto já sabia diferenciar as coisas más das boas.
Foi assim por muito tempo, pra ser mais exato até meus 14 anos, quando minha mãe que não estava num bom dia foi atingida por algo, e veio pra cima de mim, eu corri, mas ela era mais rápida...
Agarrou minhas pernas e me puxou com tanta força que quase desloquei o joelho para o lado.
Meu pai pulou em cima dela, mas ela cravou as garras no peito dele com um único golpe, como quando ela fazia aquilo com aqueles pobres animais da floresta, sem dó, sem saber quem ele era, como se fossemos inimigos, e logo após ela se virou pra mim e se levantou, com um corpo maior do que o normal, ela tentou me matar, se jogou em cima de mim, mas minhas garras estavam muito afiadas naquele dia, ela ficou desacordada e eu simplesmente fugi novamente...
-...
-...
- Foi quando vim parar aqui, na frente deste lugar, a pouco mais de duas semanas, com vocês duas, minhas novas queridas amigas, STEVANNA e NEFFERA.
Disse o jovem lobo com um tom tenebroso.