CAPÍTULO 7- A SAÍDA

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Já fazem quase 2 semanas que Stevanna se foi e não voltou, mas ela me prometeu que voltaria com a Neffera, o que faço agora? Ela não pode ficar por ai com a Neffera, elas agora são procuradas, graças a mim... Porque isso aconteceu? (O jovem lobo começou a se debulhar em lágrimas enquanto um turbilhão de maus pensamentos vinham e iam em torno dele)
- Eu fui realmente abandonado por quem mais amava?
- Será que um dia vou ser perdoado?
- Porque sou uma desonra para todos a minha volta?
- Será que elas vão voltar? Por mim? Acho que não...
- Eu já estou ficando louco de novo... Elas não voltariam por mim. É isso, tenho que superar logo o fato de amar tanto elas, já que elas não me amam e só...
Eu vou voltar pra minha antiga casa... lá é o único lugar onde não tenho que me preocupar, e posso morrer só.
Essa floresta é tão linda, mas vou embora, vou sair de noite.

Quando a noite chegou Klaus determinado a sair dali pegou sua ultima presa, caso sentisse fome no caminho.

- Adeus minha querida caverna, você foi a única amiga de verdade e minha segunda casa de fato desde a infância, me despeço deixando essa marca na sua rocha.

Klaus imediatamente fez uma figura nas paredes daquela caverna.

- Uma caveira, pra lembrar dos animais mortos aqui por mim e pelo emblema no vestido de Stevanna, orelhas na caveira pra simbolizar a minha passada por aqui, e um sorriso feito com o sangue dos animais em cima dos dentes da caveira pra simbolizar as boas risadas de Neffera, sei que você não a conheceu, mas também sabe que ela significa muito pra mim.

Em lagrimas o lobo uiva seu maior sentimento.

- Auuuuuuuuhhhhhh!!!!!
- É tão dolorido ser abandonado, mas tudo bem dizer adeus as vezes... Kkk... O que eu estou fazendo? Dando adeus a uma caverna velha...

Klaus andou por várias horas no meio daquela floresta até que ele encontrou finalmente o caminho da estrada e seguiu aos arredores da estrada/floresta para não ser visto por ninguém até chegar no centro da cidade, onde localizada a antiga casa dos lobos alfa, a casa já não estava igual, havia folhas e grama alta para todo lado, a janela ainda quebrada do dia que sua mãe enlouqueceu, a porta estava coberta por fitas amarelas que diziam “Alerta, não entre” e por uma árvore que devia ter caído ao longo do tempo, Klaus entrou pela janela de cima de sua casa, onde ficara antes o sótão, uma janela tanto quanto pequena, mas com algum esforço ele passou, dentro da casa estava muito empoeirado e sem muita demora Klaus deu alguns espirros bem altos e percebeu que alguém estava na casa, se abaixou colocando suas orelhas rente ao chão e ouviu passos e pessoas falando baixo.

- Você ouviu isso? (sussurrou uma pessoa grande com voz grossa e com roupas severamente avermelhadas com alguns detalhes azuis e umas coisas que cobriam o rosto, como se fossem capacetes antigos do antigo laboratório da cidade).
- Sim eu ouvi, vá lá ver seu porco preguiçoso.
- Pode até dizer isso de mim, mas sou sempre eu que faço o trabalho sujo seu velho arroga...
- CALE SUA MALDITA BOCA E VÁ LOGO!! ISSO É UMA ORDEM!
- “Isso é uma ordem”... “Você é inútil”... Ele sempre fala isso...(disse com uma voz tão baixa que quase não dava pra se escutar).
- Tenho que me esconder logo, antes que esses malditos do laboratório me encontrem...
- Já sei aonde devo me esconder, não é nada confortável, mas tem que ser aqui, no antigo mini elevador que descia as coisas pra cozinha.
- Ai! Você era maior quando eu era uma criança.

*ruídos de escadas, alguém já estava subindo, quando subitamente alguém apareceu na frente do elevador.
Bruxos! Eles são os únicos que podiam fazer essa coisa de se teletransportar.

- O que achou ai em cima?
- Nada, devem ter sido os gatos da vizinha.

Por sorte os gatos estavam vagando o jardim.

- Então vamos embora logo, já coletamos tudo por aqui. Essa casa me dá arrepios.
- Tá... já estou descendo.
-...

Eis que se ouve um barulho de porta fechando
-nhammm.

-...
- Droga, essa foi por pouco, mas porque o laboratório recrutariam bruxos? Eles odeiam qualquer coisa que não seja humano ou que eles não criaram, aqueles desgraçados... Ai tem coisa!
Quando o lobo escuta algo se mexer ele olha pra trás e enquanto sua cabeça se esquivava junto ao corpo..

- Peguei esse maldito!
- Boa Norbydus (o “o” surtia como se tivesse acento como “ó”), agora pegue aquela madeira ali do fundo em cima daquela bicicleta velha e apague ele.
- Me soltem seus bruxos de merda! Ou eu vou mat...
- Poow! Acertou o bruxo com a madeira na cabeça de Klaus.
- Agora vamos levar esse lobo imundo pra baixo, me ajude aqui Jhoe.
- Claro chefe!

Neste momento Norbydus e Jhoe amarram Klaus com cordas enfeitiçadas e se teletransportam até as celas do laboratório, onde ficavam os piores pacientes, cheios de doenças contagiosas e maiores receptores de testes.

KAOS- Para meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora