Capitulo IV

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Aviso: Contém cenas que podem ocasionar gatilhos...

***

Enquanto as memórias da risada do velho Kaioshin ecoavam em sua mente, Nara irrompeu pela porta de casa, segurando desajeitadamente uma bacia de roupas. Suas pernas tremiam como folhas ao vento, incapazes de suportar o peso de sua angústia. Deixou a bacia cair em um canto qualquer antes de desabar no sofá, sentindo um aperto doloroso no peito.

Ela sempre fingiu sofrer do coração para o filho, será que de tanto fazer isso, não estaria de fato sofrendo de uma doença grave? Sua crise de ansiedade a fazia ficar com a respiração pesada, seu olhar aflito alcançou o teto da casa como se pedisse socorro a Deus.

ㅡ Deus eu sou tua serva fiel, o senhor por acaso me abandonou? Meu filho está saindo dos seus propósitos e anda cego para um caminho que não foi designado a ele! Eu prometi dá-lo ao senhor, ele é seu!! E será seu sacerdote! Agora me vem essa notícia de que ele terá um filho!!! Não, isso não pode ser verdade.

Depois de remoer a notícia por um tempo em sua mente, a beata levantou se do sofá de olhos arregalados como se tivesse acabado de ter uma ideia brilhante, ela olhou para o quarto dela e seguiu para lá rapidamente como se fosse seu único lugar de refúgio.

(...)

ㅡ Amor, você vai voltar logo? ㅡ perguntou Lazuli envolvendo os braços em volta do pescoço de Vegeta.

ㅡ Mas é claro que volto, eu só vou em casa buscar as minhas coisas, gostando a minha mãe ou não... Também preciso conversar com ela a respeito do nosso filho... ㅡ respondeu ele palpitando um beijo contra os lábios dela.

A jovem afastou se por um momento do namorado e lembrou se da última vez em que esteve na casa dele. A voz altiva de dona Nara ainda ecoava claramente em suas lembranças " ㅡ Afaste-se agora mesmo do meu filho!!"

Ela sacudiu a cabeça tentando tirar aquilo rápido da mente, desviando os olhos para o cômodo da casa cedido a eles pela irmã do padre em troca de serviços. A casa era modesta, mas tinha um espaço amplo e confortável, já haviam alguns móveis no quarto e na cozinha dos quais poderiam aproveita-los.

ㅡ Eu não disse que daria um jeito? Agora tenho que arranjar logo um emprego, até conseguir juntar alguma coisa pra sairmos de uma vez desta cidade...

ㅡ Sim, mais do que nunca também desejo sair daqui, depois da humilhação que meu pai nos fez passar, agora toda a cidade já deve estar sabendo...

Vegeta a olhou pensativo e sentiu o coração bater acelerado em pensar que a essa altura, sua mãe poderia estar sabendo e deveria ser preparar para o que estava por vir. (...)

O dia já havia escurecido, e as primeiras estrelas começaram a despontar no céu quando Vegeta se pôs a caminhar de volta para a casa de sua mãe. Durante os passos apressados pela rua de paralelepípedo, ele começou a notar os olhares indiscretos de alguns moradores em sua direção, resolvendo ignora-los virando rapidamente uma esquina de acesso a uma viela. De mãos no bolso e com olhar fixo no caminho, avistou ao longe um grupo de mulheres visivelmente embriagadas vindo em sentido contrário.

ㅡ Olha mais vejam só meninas este não morre mais, não é mesmo uma "coisa" esse garoto!? ㅡ disse a mulher sugando o ar entre os lábios como se fosse provar algo delicioso ao olhar para Vegeta .

ㅡ Eu queria ser dele nem que fosse só por uma noite... ㅡ dizia a outra mordendo os lábios... Será que ele gosta de mulheres mais velhas?

Vegeta passou entre elas e as olhou timidamente pelo canto dos olhos.

Desejo ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora