Capítulo X

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Ficar olhando os olhos vibrantes de Bulma, fez Vegeta perder momentaneamente a coordenação das pernas. Pela primeira vez após ter se tornando padre não sabia como agir diante de alguém na igreja quer dizer na frente daquela mulher da qual pensou que nunca mais veria na vida, e o que lhe preocupou foi não ter conseguido controlar seus instintos ao vislumbrar por milésimos de segundos o vale perfeito entre os seios pela blusa meio transparente que ela estava usando, antes de voltar para a realidade e notar o olhar dela sob os cílios de boneca o encarando a espera da hóstia.

ㅡ O corpo de Cristo... ㅡ conseguiu dizer depositando a hóstia devagar dentro da boca dela.

Depois disso Vegeta a viu simplesmente curvar os lábios em um sorriso discreto e virar lhe as costas caminhando elegantemente sobre os saltos, até sentar em um dos primeiros bancos da frente. Foi impossível não sentir sua estrutura inteira se abalar depois de ter olhado aquela boca proeminente se abrindo para ele. Aquilo foi capaz de confundir suas ações, despertando a atenção do velho bispo que foi ao encontro dele retirar a taça com o restante das hóstias de sua mão.

ㅡ Filho? O que você tem? Parece perdido...

ㅡ Eu, eu...estou bem senhor, já vou encerrar a missa.

Daishinkan arqueou as sobrancelhas grossas ao rastrear o olhar de seu pupilo, em direção a moça vestida de azul marinho sentada de pernas cruzadas no primeiro banco, e logo em seguida voltar para ele de cenho franzido.

Sem querer despertar a desconfiança do velho homem, Vegeta pigarreou limpando a garganta retomando as rédeas da missa dando a vez ao grupo de jovens se juntar ao coral para cantar. Em meio aos cânticos dos fiéis louvando em sincronia perfeita, ele mantinha se meio cabisbaixo sendo vencido pela vontade de encarar a bela mulher novamente, olhando para ela agora secretamente estando próximo do púlpito. (...)

Os fiéis se dispersavam devagar após a missa caminhando entre os bancos da igreja, exceto algumas frequentadoras interesseiras que faziam questão de serem as últimas a saírem dali antes de darem uma boa olhada no jovem padre que as observava calmamente estando ao lado de Daishinkan. As vozes dentro da igreja foram diminuindo consideravelmente a medida em que as pessoas iam saindo, e assim que Bulma viu a última pessoa por os pés para fora dali, levantou se do seu lugar e começou a caminhar em passos lentos até Vegeta que já a olhava de longe.

Ela percebeu que sua aproximação o fez realinhar a postura e formar uma linha rígida nos lábios, seria surpresa em tê-la visto permanecer até o final da missa, ou era nervosismo? Esse foi um pensamento que passou rápido pela mente dela antes de parar de frente para ele, segurando a alça fina da bolsa entre as mãos e voltar a encara-lo sustentando um sorriso contido entre os lábios. Os olhos curiosos do bispo Daishinkan pareciam se abrir mais para ela, talvez ele não tivesse notado a beleza vistosa da mulher de primeiro momento.

ㅡ Oi, bom dia padre... ㅡ cumprimentou Bulma com a voz melodiosa para ambos.

ㅡ Bom dia. Posso ajudá-la em alguma coisa? ㅡ respondeu Vegeta fingindo inutilmente não se lembrar dela.

ㅡ Bom dia filha. ㅡ disse Daishinkan observando o rosto da mulher com atenção.

ㅡ Meu nome é Bulma. Bulma Briefs, Prazer. ㅡ ela disse se apresentando de maneira formal estendendo as mãos para Vegeta e em seguida para o velho bispo.

Vegeta aspirou profundamente o perfume atraente que vinha dela, o mesmo que sentiu no dia em que a viu pela primeira vez. O doce aroma o fez fechar brevemente os olhos e se concentrar no que iria dizer posteriormente.

ㅡ Prazer em conhecê-la Bulma, me chamo Vegeta. Padre Vegeta. ㅡ as mãos deles entrelaçaram se em um aperto de mãos sem desviarem o contato visual.

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