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Oii amores, tudo certo??
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São apenas sete horas da manhã (lê-se madrugada) e eu e meu amigo estamos arrastando para fora do hospital, em direção a mini van de Yaser

Ele já tinha pego alguns de nossos pertences e colocado no carro, agora eu e Zayn estamos tentando nos manter em pé. Olho para Z, que está com duas sacolas nas mãos e uma parece estar muito pesada. Penso em ignorar esse fato, mas não consigo. Sua costela ainda está trincada, ele tem que fazer o mínimo de esforço possível, então pego a sacola pesada e me estremeço ao encostar no gesso em volta de sua mão.

Eu sinceramente não sei porque, mas não consigo encostar nesses gessos de fraturas, tenho agonia até que me encostem. Uma vez um amigo meu muito próximo tinha quebrado o pulso, ele estava com gesso e passou os braços em volta dos meus ombros e quando eu senti o peso e a espessura daquilo, simplesmente me esquivei do seu toque.

Não, eu não conseguia, para mim é como encostar na própria fratura que está se recuperando.

- Por Alá, meninos, aquela lesma já passou de vocês umas cinco vezes! – Yaser bate o pé, em frente a porta da mini van.

É verdade. Não pense que eu só reclamo, mas, porra, são sete horas! Isso significa que eu tive que levantar para arrumar as coisas e as papeladas às seis, mesmo que Zayn já tivesse adiantado algumas coisas, o pagamento das despesas teria que ser feito hoje, junto com a alta.

Só de pensar em arrumar minha nova casa, montar os móveis e tudo mais, dá vontade de me jogar nesse chão e ficar por aqui mesmo.

Isso foi estranhamente aleatório da parte dos meus pais. Estranho porque aleatório é uma coisa de eles definitivamente não são. Eles são do tipo de pessoas que, enquanto guardam os enfeites de natal, estão planejando como vão passar o próximo. Tipo de pessoas que quando eu apenas tinha cinco anos, já estavam planejando onde eu faria minha faculdade. Então, eu realmente não sei a necessidade de eu sair de casa.

Mas apesar de tudo, confesso que estou bem animado para um novo estilo de vida.

Zayn e eu entramos na mini van e Yaser dá partida. Agora pela manhã ficarei na casa dos meus pais para pegar minhas coisas e depois vou para a minha nova casa.

Quando meu amigo chega em casa ele me liga na hora, emocionado pelo presente que eu resolvi dar a ele. Eu tinha deixado o toca disco em cima de sua cama, com uma carta curta, apenas dizendo o necessário para ele saber que aquele presente era para ele e o quanto eu o amava. Ele agradeceu e disse que ficou muito feliz. Nos despedimos e desliguei. O dia seria longo.

***
Harry chega próximo da uma da tarde. Ele sai do carro terminando de comer um sanduíche, o que acredito ser seu almoço. Pensei que tinha desistido de vim.

Além da minha mudança, há um novo morador na casa da frente que também está com um caminhão cheio de móveis, mas a empresa de transporte não parece ser da cidade.

Ainda não conheço a pessoa, mas eu teria tempo para isso logo mais.

Assino comprovante de entrega com um dos funcionários e pago o valor do frete que, cá entre nós, é um absurdo eles cobrarem, pois os móveis vem da mesma empresa e ainda tenho que pagar impostos.

Harry caminha até a porta da frente, onde eu estava, olhando para a casa do outro lado da rua.

Ele parece animado, está vestindo peças coloridas debaixo de um sobretudo preto e um óculos de sol simples, além de suas costumeiras botas.

- Hey, Lou! – ele cumprimenta. – Vizinhos novos? – levanta as sobrancelhas.

- Harry, achei que não vinha mais – sorrio aliviado, o abraçando em seguida. – Acho que sim. Aos poucos as casas tomam vida por aqui.

- Como está o andamento das coisas? – pergunta enquanto entramos na casa.

Aliás, é uma casa muito bonita, o chão amadeirado dá um ar de conforto e as paredes claras ajudam para a decoração. Nada muito grande, apenas o suficiente para que eu viva bem.

- Só tem um quarto, mas não vejo problema, sou só eu mesmo – comento balançando os braços.

Harry sorri e seu olhar desce para meus lábios. Ele respira fundo e sinto meu rosto esquentar com a atenção. Coloco a mão fechada sobre minha boca, fingindo uma tosse, ele parece se recompor, corando logo após.

- Ér, ãh, temos, temos algumas coisas pra fazer, então, por onde podemos começar? – pergunta meio sem jeito.

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