𝑉𝐼𝑁𝑇𝐸 𝐸 𝐶𝐼𝑁𝐶𝑂

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                                                                                        [23:00]

A noite caiu lentamente sob nós,com um manto suave. Jooheon e eu havíamos montado um pequeno abrigo,e quando a escuridão chegou,tínhamos até uma fogueira e vários olhares furtivos,denunciando como a tarde havia passado. 

— A essa altura eles já devem estar a caminho.— ouço sua voz acima da minha cabeça. Eu estava com a cabeça recostada em sua perna não machucada enquanto sinto-o passar os dedos entre as mechas do meu cabelo.

— Acho que sim.

— O que vai acontecer a partir de agora?— seu repentino tom sério me desperta.

— Vamos continuar como era antes.— minha resposta parece magoá-lo,mas era inevitável.— Isso foi apenas um...Momento. Não espere que possamos levar isso adiante. Não é o melhor para nós dois.

— Isso não passou de um momento para você,Jane?

— Eu não quero te magoar com falsas esperanças.— me levanto para que ele veja a sinceridade em meus olhos. Para que eu mesma pudesse acreditar em minhas palavras.— Não importa o quanto me sinta atraída por você,seria um desastre. Eu te fa-...

Jooheon pega meu rosto em suas mãos e se aproxima a ponto de nossas testas se encostarem. A proximidade repentina faz com que meu coração vá a loucura em um piscar de olhos e minha respiração se torne irregular. O ar a nossa volta parece mais quente,como se estivesse refletindo a tensão ali presente. Falho em tentar manter a calma.

— Tenho algo a dizer,senhorita Wade.— sorri,como se não tivesse me escutado.— Vai ser difícil se desvencilhar de mim. Tenho o péssimo hábito de ser persistente.— então nos beijamos.

Era uma sensação de puro êxtase. No momento,não haviam crimes ou perseguição,apenas o toque de seus lábios nos meus. Quando o Lee aprofunda as coisas,sinto como se o mundo ao nosso redor sequer existisse. Mas então há o leve barulho ao longe que insiste em chegar até meus ouvidos. Claro,uma hora isso teria que terminar. Em seguida,os faróis podem ser percebidos.

— São eles.— me desvencilho de seus braços contra minha vontade e corro até o caminho que o clã passaria. Jooheon se levanta com dificuldade,mas quando começo a acenar para os carros ele está firme,como uma rocha.

— Ei! Aqui!— aceno os braços  histericamente.— Aqui!

Os automóveis que se aproximam e piscam as luzes em sinal de que a mensagem tinha chegado e já haviam me reconhecido. Um suspiro de alívio escapa de mim quando eles estacionam e pulam do carro armados até os dentes. Até Min-Ho estava junto,e é o primeiro a chegar até nós.

— Jooheon-ah e Jane-ah,está tudo bem? Estão feridos?— a preocupação em suas palavras era algo novo. Seus olhos estão alertas e fogem para a floresta ao nosso redor,como se pudesse achar alguém escondido entre as árvores.

— Ele tem um ferimento na perna.— aponto para Honey a alguns metros de mim,e assisto o pai correr até ele. Eles conversam por segundos,e em seguida,Min-Ho ordena que voltemos imediatamente.— É perigoso de mais aqui,vamos.

A frota começa a se organizar de novo,os meninos voltam rapidamente para dentro das caminhonetes e esperam o sinal.Por mais absurdo que fosse,John vem até mim e me ajuda a subir em um dos veículos,sem dizer absolutamente palavra alguma. Jooheon embarca em outro carro,mas em uma fração de segundos antes,com um gesto mínimo,ele sorri para mim através da janela.

                                                                                       *

𝚆𝙰𝙽𝚃𝙴𝙳 | 𝐋𝐞𝐞 𝐉𝐨𝐨𝐡𝐞𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora