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■𝙹𝚘𝚘𝚑𝚎𝚘𝚗■

Observo-a atravessar a rua. Jane era...Uma mulher e tanto,ninguém podia negar. Nos primeiros dias de sua chegada,seu nome era o assunto mais falado da casa. Tinha cabelos ruivos,olhos perspicazes e lindos lábios. Apesar disso,ela conseguia ser incrivelmente estressante e possuia um vocabulário cheio de ofensas e insultos.

Seu gênio forte e suas jogadas me impressionavam,mas é claro que ela não deveria saber de nada disso. A verdade era que nunca tinha pensado em demiti-la ou coisa assim,apenas queria testar até onde sua geniosidade podia ir. Como pensei,ao contrário de parecer com medo,ela se mostrava cada vez menos despreocupada,como não tivesse nada a perder.

Poucos depois de levá-la para conhecer a casa,chequei seus documentos. Tudo parecia nos conformes. Em seu primeiro dia,observei cada passo dela pelas câmeras de segurança. Cuidadosa e segura. Brincava com Jisoo e dava toda a atenção que a menina precisava. John também não tinha notado nada de mais. Mas algo me intrigava. Algo que fazia com que meus olhos sempre fossem diretamente para ela quando a mesma estava por perto ou entrava nos lugares.

— Ela é só uma mulher impertinente e cheia de si.— falo,sozinho.— Maluca.

Já era de madrugada. Eu tinha concordado em passar esses dias em casa para cuidar melhor de Chung-ja e estar de prontidão caso houvesse alguma emergência,já que o perigo agora rondava nossas vidas. Todos estavam em alerta depois da morte de Eun Go.

Jeon Jungkook tinha se declarado nosso inimigo abertamente depois que encerramos os negócios com ele. Era por isso que nunca tínhamos nos envolvido pessoalmente com pessoas ricas. Eles sempre eram nossos clientes,todos na mesma posição. Meu pai tinha conquistado tudo que tínhamos através dessas grandes trocas de favores. Era a primeira vez que algum deles tentava a sorte.

Compro algumas cervejas antes de voltar. Estaciono a moto na garagem e subo. Eu não era o único acordado. A porta do quarto de Chung-ha estava entreaberta. Espreito e vejo meu pai em sua varada. Entro com cuidado,mas ainda sim,ele percebe o movimento. Sorri e bate em meu ombro quando chego ao seu lado.

— Comprei cerveja.

— Talvez seja um pouco desrespeitoso com sua irmã mencionar qualquer tipo de bebida alcoólica neste recinto.— diz,olhando para o nada.

— Você tem razão.— observo o céu,deixando a sacola no chão e enfiando as mãos nos bolsos.— O que poderia ter acontecido se Jane não estivesse aqui naquele momento?

Ficamos em silêncio porque a resposta poderia ser difícil de falar. Esse havia sido um dos motivos pelos quais Jeong Ho tinha sido colocado em um internato nos Estados Unidos. Suspiro. Ele faz o mesmo ao meu lado.

— Aquela garota tem alguma coisa de especial. Não a deixe-a escapar. Tenho a impressão de que ela pode ser muito útil para nós.

— Ela não parece ser do tipo que se deixa controlar.— rio.

— Isso se encaixa bem com a nossa família.

— Isso é algum tipo de insinuação?

— Seria legal da sua parte me dar um neto.— dá de ombros.

— É ridículo.— reviro os olhos.— Não tenha esse tipo de pensamento. Nós não nos gostamos.

— Eu posso morrer agora mesmo ou daqui a um ano,sinceramente,esse é um dos meus poucos desejos,sabe,ver a família que sua mãe sempre sonhou dando frutos.

𝚆𝙰𝙽𝚃𝙴𝙳 | 𝐋𝐞𝐞 𝐉𝐨𝐨𝐡𝐞𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora