[15:59]
— O quê? Não,você sabe que não podemos ir a hospitais.— diz Jooheon depois de o ter encurralado no escritório.
— Aquela menina foi espancada,precisa passar por exames. Jooheon,se houver algum ferimento interno,não vai demorar pra que ela morra.
Ele parece pensar a respeito,sentado na poltrona. Reparo nos documentos em cima da mesa. Não conseguia ler. Espraguejo.
— Tenho experiência com esse tipo de coisa,me escute.— aponto.— Não dá pra tratar em casa.
— Digamos que a levemos...Quem vai ficar lá? Escuta,Jane.— Jooheon me encara,seriamente.— Essa mulher foi castigada.
— C-castigada?
— Sim,por delação. Socorrê-la era quase irracional,mas mesmo assim,nós o fizemos.
— Quem fez isso?— minha voz some.
— Não sei.— responde.
— Está mentindo.
— Ah é? Por que diabos eu estaria?
Me aproximo da mesa,apoiando os braços nela e olhando-o nos olhos. Suas orelhas estavam vermelhas,mesmo que sustentasse o olhar. Era sim,um mentiroso.
— Porque não teriam resgatado uma mulher qualquer,sem razão ou motivo aparente. Todos os dias,homens e mulheres são agredidos em boates e becos por aí e, bem,eles não tem a mesma sorte dela,não é mesmo?
— Eu não tenho que ficar me justificando pra você,Jane.— ri.
— Acontece que vou precisar de uma história pra contar quando chegarmos lá.
— Você o que?— ele também se ergue.
— Ela precisa de atendimento e eu vou levá-la.
— Não estava no seu currículo esses serviços adicionais.— provoca.
Vai se foder.
— Meu currículo nunca passou pelas suas mãos.
— Não se engane,Jane. Eu dedico bastante tempo em conhecê-la melhor.
Uma gota de suor solitária escorre pelo vão das minhas costas,me mantendo ainda mais alerta sobre a condição que eu me encontrava no momento. Não dava pra ceder agora,voltar atrás não era uma opção.
— Isso aqui não é sobre eu e você,entendeu? Enquanto estamos trocando farpas neste escritório,alguém pode estar enfrentando sérios problemas lá embaixo. O que vai ser,Lee?
— Ainda sim,não é uma boa ideia.
Quando entramos no hospital,Hyejin ainda estava desacordada. Os enfermeiros a levam para dentro em uma maca enquanto a registramos na recepção. Era um hospital particular que se localizava a trinta minutos da minha casa. Jooheon havia posto uma máscara e um boné,além da usual jaqueta de couro.
— Qual o nome da paciente,senhora?— a atendente,uma moça alta e bonita,pergunta.
— Nós não temos nenhum documento,ela foi resgatada e...
— Sem documentação,não é possível cadastrar a paciente.
— Nós somos amigos do dono deste hospital.— de súbito,Jooheon aparece ao meu lado. Ele arrasta várias notas de dinheiro à recepcionista,quem olha para os lados antes de pegá-las.
— Podem esperar na segunda sala à esquerda.— orienta.
Saio de lá sem dizer absolutamente nada. Amigos do dono ou apenas mais algum tipo de negócio feito sob os panos? Eu tinha a sensação de que todos ao meu redor eram suspeitos.
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𝚆𝙰𝙽𝚃𝙴𝙳 | 𝐋𝐞𝐞 𝐉𝐨𝐨𝐡𝐞𝐨𝐧
FanfictionA única missão de Jooheon era eliminar aqueles que atrapalhassem a vida de sua família. Filho de um dos maiores traficantes internacionais de drogas,foi criado para substituir seu pai no ramo. Por um problemas familiares,é obrigado a procurar algué...