O Dono Do Boreu

Problemas e mais problemas

Deco acordava cedo e tratava de por o café, na verdade ele não dormiu nada a noite anterior, o telefone dele não parava de encher de mensagens, e era a outra perturbando ele sobre a gravidez, notei que ele desligou o celular e levantou durante a noite mas não o incomodei.

- Bom dia, e aí como você está? O abraçava na cintura e o olhava na ponta dos pés.
- Bom dia princesinha, eu tô melhorando. Fiz seu suco que você gosta, sei que não bebe café durante a manhã. Me sentava sobre a mesinha e ele vinha trazendo dois pães pequenos com queijo coalho e o suco de maracujá e ele se sentava sobre a minha frente e tomava o café dele, e eu para quebrar o gelo falava.
- Deixou o Bento tomando conta do morro?
- É, pedi pra ele tomar conta até amanhã enquanto a gente tá por aqui.
- Sim, o que você precisa agora é espairecer a sua mente e ficar tranquilo mediante a tudo que vem acontecendo.
- Deco sorria e dizia. - As vezes eu nem sei o que tu faz perro de mim, você é um ser humano de luz, um anjo na minha vida.
- Talvez seja pra isso, pra dar luz a sua vida né
- É concordo, por que minha vida quando eu tô com você tudo dá certo, e você se afastar que tudo vem dando errado.
- Não fala assim.
- É a mais pura verdade, vou ter uma filha e eu nem sei como eu vou criar, por que nem eu sei me cuidar direito.
- Calma, parece tudo tão medonho agora mas você irá se fortalecer! E eu vou tá aqui pra te ajudar.
- Mas não deveria né Ariel, você tem que seguir sua vida, eu te magoei demais e o que você tem que fazer é se afastar
- Como eu vou te deixar se no momento que eu mais precisei você esteve por mim? Jamais.
- Mas eu errei com você e você não tem que perdoar
- Deco, não quero me estressar com você é melhor a gente mudar de assunto.
- Tá bom, não quero te ver nervosinha não.
- Come esse pão e fica quieto, parece que você fala pra me irritar, tu é o cara que eu gosto, eu quero estar do seu lado e esquece o que aconteceu de ruim, já passou, foi a três meses atrás.
- Deco segurava a minha mão, e escutava ele dizer.
- Eu ainda te amo! Muito! Eu não fiquei com ela e nem quero, por você sabe, só existe uma única mulher que eu sou doido, e é você.
- Eu sei disso.
- Então, me dá essa chance?
- Eu quero te dá mas ainda não sei se é o momento certo, espera essa criança nascer, e vamos ver as coisas como irão ficar.
- Ok, você está certa, tudo bem!
- Deco beijava minha mão e ia até a geladeira, notávamos que sua tia tinha acordado e íamos conversar com ela, que malograva pra gente alguns álbuns de fotos que continham foto de Deco criança, a todo momento Deco se mostrava forte, e eu tinha medo disso, ele não chorou em nenhum momento. A tarde ia chegando e Deco decidia voltar pra casa, ajudava ele com as malas e íamos se despedindo e tomando o rumo no carro.
A viagem de volta já era mais rápida que a de ida por conta do caminho, eu dormi a metade do caminho, estava enjoada, e decidia tomar um remédio pra dormir, Deco ficava em silêncio o caminho todo.
E logo ao chegarmos eu despertava e íamos entrando na garagem da sua casa e subíamos para a porta de entrada, ele ia pegando a mochila da minha mão e pondo sobre o sofá e dizia: - Eu vou tomar um banho, você vai querer ficar aqui?
- Se você quiser eu fico, mas se quiser ficar sozinho eu te respeito.
- Ok, mas você que sabe. Você precisava adiantar suas coisas, vai pra casa, eu vou ficar bem. Espera só eu tomar banho e eu te levo.
- Ok.
Nisso eu ia observando como a estética do ambiente ainda continuava a mesma, minhas cartinha que eu escrevia pra ele continuava a mesma na cama, ia sorrindo e em seguida eu ia observando a típica bagunça de Deco sobre o quarto, e nisso ele já vinha vestido e colocando o chinelo e dizia. - Vamos, eu vou te deixar lá e resolver algumas paradas.
- Que parada?
- É que.. Dizia Deco coçando a cabeça. A mãe da minha filha tá passando mal.
- Ah e por isso que você tava querendo que eu fosse embora né? Dizia já me alterando.
- Não é isso Ariel, eu queria evitar justamente isso, eu sei que isso tudo te machuca e eu não quero te envolver po
- Precisa mais me levar pra casa não, eu tenho perna e vou sozinha. Poupa teu tempo, e vai lá acudir a mãe da sua filha que eu nunca vi isso, é você chegar e ela dizer que tá passando mal, ela sabe que eu estava com você, tá fazendo isso de propósito.
- Deixa eu te levar em casa Ariel, deixa de ser marrenta cara
- Cara o caralho, você não tá falando com teus brothers não.
Deco ia me olhando com as mãos na cintura e com a cara desconcertada, ia pegando a minha bolsa e não deixava ele vir atrás de mim e ia descendo as escadas, tratava de pegar o primeiro mototáxi que tinha e ia sem olhar pra trás.
Sei que ele estava me observando e irritado e em questões de minutos chegava em casa.