O desaparecimento. Part - 1

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Ao chegar em casa, não encontrou Leon na recepção, por sorte.
Subindo para meu apartamento, escapo por um pouco, já que não encontro ninguém em casa, apenas Irene, minha empregada.

- Meu bebe?

- Oi nona. - Chamava ela assim, já que ela era italiana e cuidou de mim a vida toda. Das minhas lembranças de infância, só consigo lembrar dela, já que mamãe estava muito atarefada resolvendo problemas de outras famílias.

- Seus pais foram visitar um amigo. Disse que foram a trabalho.

- Á trabalho? Mais como assim?

- Dizem que estão preparando uma grande operação e irão reunir o batalhão. Sua mãe foi para papear com a amiga que não via há anos, mulher do amigo -também delegado - de seu pai.

- Hum, entendi. Eu vou tomar um banho e venho jantar.

- Tudo bem, preparei macarronada, do jeito que você gosta.

- Nona Te Amo!!!!!! - Sorri indo tirar o perfume do Deco, embora não quisesse, mas meu pai não poderia sequer notar o cheiro dele em mim.

Em seguida retiro meu -primeiro - sutiã, que usava por baixo do casaco que roubei de Deco. Estou virando uma menina e é algo surpreendente.

O toque do meu celular ecoou pelo quarto, fazendo-me correr até ele.

- Por que você não me ligou assim que chegou em casa, porra? - gritou enfurecido.

- Deco, pelo amor de Deus, vai começar? - revirei os olhos.

- Eu já te avisei! Sempre que chegar em casa, mande uma mensagem. Você andando assim, com a porra desse short curto é perigoso. Eu já pedi pra não andar. - bufou do outro lado da linha.

- Não vou deixar de usar a roupa que eu quero por que está perigoso, ninguém tem o direito de me tocar.

- REALMENTE!! Não tem o direito mesmo. Disse tudo. Só eu que tenho. - tive certeza que um riso safado nasceu em seus lábios.

- Tá bom amor, fica calmo. Estou preocupada.

- Com o que?

- Yan. Ele não entrou em contato desde de cedo, quando foi se encontrar com o carinha do tinder e a mãe dele já me ligou.

- Ah, que nada. Deve tá se divertindo a bess. - riu - A gente que devia estar aproveitando, do jeito que ele deve estar com o cara lá.

- Já conversei com você sobre isso.

- Eu sei, mas eu sou homem pô. É difícil ver você quando troca de roupa na minha frente, toda feminina com essa bundinha empinada e ficar quieto. Não avançamos nenhum passo. - reclamou.

- Não temos nem um mês de namoro, pra rolar algo. Se contente com isso. Não sou essas piranhas que tu tá acostumado a ficar não.

- Realmente, você está me fazendo um bem danado. Saiba disso.

- Hum... então pronto amor. Não vale a pena esperar?

- Vale, mas eu queria sentir sua boquinha, sabe? Queria te chupar todinha.

- Para, que eu tô saindo do banho.

- Ah é? Não vou parar não.

- É sério Deco.

- Tô brincando - gargalhou - Posso ficar de pau duro não, tô esperando chegar uma carga.

- Que carga?

- Nada, eu não quero você sabendo dessas coisas.

- Se vou ficar contigo, preciso saber. Eu sou tua namorada.

O Dono Do BoreuOnde histórias criam vida. Descubra agora