O Dono Do Boreu

Noite "Feliz"

Alguns meses tinha passado, e desde de então evitei contato com Deco que pelo que soube estava deprimido, magro, eu não sei direito o que aconteceu com ele, mais eu não aceito traição, eu irei falar com vocês aqui em primeira pessoa, mais vocês ir ao defender ele, tá não foi uma traição, mais ela ficou com ele lá, cuidou dele quando a namorada era eu???? Porra. É traição sim. Yan esta se recuperando, estamos de férias e ah, desculpem esse monólogo é Natal, e hoje eu irei contar pra minha família que sou trasngenero. Pedirei que me levem ao devido médico, não posso contar com Deco, soube que ele esta dando festa á arregado, ou seja, comendo muitas novinhas. Inclusive aquela piranha da Flavia. "Ahhhh, eu não sei o que aconteceu com ele então não irei falar dele."
Vamos focar na história, que é o que interessa.

- Yan, você sabe, caso eles me expulsem de casa eu vou vir morar com você.
- De boa migo, inclusive to doido p tu me der logos teus untelisios e roupas masculinas tu tem cada camisa e jardineira linda.
- Af, tá, eu vou te dar antes do ano novo, já que eu vou entocar as roupas novas que eu irei comprar aqui, na vdd eu vou estourar meu cartão. To com receio dos meus pais bloquearem ele depois de eu contar.
- Tudo bem, eu te ajudo.
- Mais tarde eu venho aqui.
- Espero que sobreviva a sua família nazista, racista e transfobica agora.
O que Yan disse não era mentira, minha família sempre foi assim, principalmente racista, e olha que nem branca com pêra eu sou. Hoje eu pretendo fazer da ceia de Natal, um episódio de novela, objetivo é alcançar os grande picos de audiência com minha grande revelação.
Hahahahaha!

CASA DE DECO

- Porra PJ, CARALHO, eu te disse que era pra entregar a carga direito, tive prejuízo, e ainda foi em cana aquele burro.
- Chefe, eu disse tudo direitinho á ele, mais ele ficou nervoso sei lá.
- NERVOSO? CARALHO NERVOSO? NERVOSO TO EU AGORA PORRA, TEM NOÇÃO, TEU COMÉDIA, TU VAI P SACO
Nesse momento o indivíduo mija nas calças de medo, e Deco aponta a Glock pra ele.
- Abaixa esse arma, você não vai fazer nada com ele.
Aquela voz, caralho, que saudades daquela voz, daquela pele, daquele cheiro, era ela, o amor da minha vida, a minha droga, minha maior abstinência.
- Rala comédia, que eu vou falar com a minha princesa, tu teve sorte, e eu não quero ver tua cara nunca mais.
O cara vai embora.
- Por que veio atrás de mim?
- Não deveria?
- Não é isso, tu ta linda, olhas essas roupas, tu continua tomando aqueles remédios? Tu tá muito mudada.
- Sim, as vezes tento disfarçar usando roupas de meninos e uma faixa, mais não ta dando mais, tenho seios. Eu te procurei por que eu preciso te contar. Eu irei falar com a minha família abertamente hoje que eu sou uma menina, e que gostem ou não. Darei continuidade à isso.
- Eu te admiro, você é corajosa demais. Eu sinto a sua falta, você não quer mais saber de mim?
- Não é isso, eu estava tendo problemas demais, precisava de um tempo. Tu sabe, com os hormônios eu fico cheia de chilique não me toque.
- É, eu quis te dar esse tempo mais com o teu sumiço, poxa, eu fiquei desolado, sem chão.
- Tu voltou a usar drogas?
- Vou mentir pra tu não. Sim, eu não tinha a quem recorrer voltei pra rash, haha.
- Eu não acho graça.
- Desculpa, mais à que eu uso é natural feita a base da água, já te expliquei
- Mais é droga, tu ta magro, eu não gosto. Tu ta muito diferente.
- Fazer o que né, o crime muda. To recebendo várias paradas agora, bastante dinheiro, to juntando tudo e pretendo comprar um apartamento na zona sul, pra tu ter mais conforto comigo lá, sei que tu gosta das lojinhas de paty que tem lá. Se você quiser né ir comigo.
- Olha Deco, sempre foi bem confortável aqui, mais eu não vim aqui pra voltar com você, vim te ver, espera tudo passar, você pode esperar?
- Espero sim. To até hoje esperando pra fazer amor contigo, eu aguento.
Fico rindo e já estava do lado dele, o abraçando forte, aquele cheiro dele, era o que me deixava mais gamada, nele, ele descendo a mão sobre meu corpo, sempre fui apaixonada!!!!
- Vem ficar aqui, se te expulsarem de casa. Jae?
- Vou ver.
Em seguida vou me despedindo dele, que estava mais calmo e o beijo, o melhor beijo que eu já tive, em seguida ele diz.
- Eu estava com tantas saudades disso, tu quer sair comigo mais tarde?
- Depois que eu der a notícia, sim, é claro que eu quero. Em seguida digo. - Tenho que ir, to ajudando a minha mãe com as coisas lá.
- Eu te deixo em casa, pode ser?
- Tá bom. Ao me deixar na porta de casa, vou me despedindo dele, e entrando no elevador, ah, depois da denúncia, chegaram até Leon, esta preso, por agressão e tentativa de homicídio, foram comprovadas a agressão e os exames de corpo de delito no meu amigo e nele, não demoraram muito, eu denunciei e meu pai o prendeu em flagrante fazendo um curativo na perna.

- Yeda?
- Não me chame de Yeda, sou sua mãe.
- Que seja, que horas a família feliz vai se reunir?
- as 22h. Família feliz?
- Ué, assim que se chama falsidade e intrigas juntas, ou se esqueceu de tudo que aconteceu o ano todo?
Quase te mataram quando você passou as coisas da vovó pro seu nome, falaram que você estava acelerando a morte dela.
- É passado meu filho, natal e ano novo vida nova.
- Sim, vida nova, tenho um comunicado a fazer depois da 00h.
- É uma surpresa?
- Digamos sim.
- Obaaaaaaa, adoro surpresas, me surpreenda.
- Com toda certeza.
Aos poucos todos os familiares estavam chegando, em seguida a casa tava cheia, alguns primos que eu não via a tanto tempo.
Estava arrumada e na sala já, em seguida escuto alguns comentários.
- Nossa Ariel, você esta tão diferente, tipo, feminino demais, não deveria ser ao contrário?
- Sim, tenho até buceta tia, quer ver?
Em seguida ela se espanta e fica quieta. Reviro os olhos e bufo. Em seguida já era 00h, feliz natal pra cá, feliz natal pra lá. E eu balançava as taças para ter toda a atenção.
- Bom família que eu só vejo muito que felizmente apenas nessas datas, ou seja uma vez por ano, sei que ficarão aqui até o novo, e mais eu tenho algo muito importante para contar, não que eu precise, até por que vocês não tem o por que saberem disso, mais devido aos meus pais e minha nona que me criou desde de pequena, eu irei contar.
- Como assim Ariel? Pequena??? Dizia minha mãe.
- Eu sou transgenero, nasci menino, mais sou menina.
Os olhares de espanto de alguns, e de outros nem tantos, apenas sorriram e uma pequena parte que eu gosto que é minha prima Camila, e tia Janaína sorriram felizes com a notícia elas já sabiam e aceitaram totalmente.
- O QUE? MAIS COMO ASSIM ARIEL??? TU TA FICANDO MALUCO. Dizia meu pai visivelmente alterado e alguns tios meus contendo ele.
- Te atingir, por que eu iria fazer isso? Se todos esses anos nem me notar você notou. Apenas para a sua delegacia cuidando de menores infratores ou traficantes quando deveria cuidar e criar o seu filho dentro de casa.
Minha mãe extasiada chega perto de mim e fala. - Eu já sabia, já estava ciente, peguei alguns fracos de hormônios e notei o seu corpo. Isso não era momento de tu falar isso, chegava encima de mim e do teu pai e falava. Olha o que você criou.
- Poupei todos de saberem depois, afinal de contas muitas coisas irão mudar aqui, e é bom vocês saberem por agora, e não depois. Disse alto à todos. Bom, Merry Christimas.
Em seguida saí pela porta da frente com destino a casa de Deco.