Capítulo 3

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𝑷𝑶𝑽 𝑯𝑨𝑹𝑹𝒀

Não demora muito para estarmos no andar de baixo chamando por um táxi.

Me sento ao lado de Louis no sofá enquanto espero, coloquei uma de minhas melhores roupas para poder sair e tirar muitas fotos.

Minha mãe vai adorar.

Retiro meu celular do bolso e envio uma mensagem pra ela.

Eu
Vou conhecer a cidade hoje, quando chegar eu te conto tudo sobre andar em um ônibus de dois andares, ou sobre o chá sem graça deles.
Te amo.

Um aperto se instala no meu peito e já sinto a saudade de casa me consumir, o ano mal começou e já sinto falta das provocações de Gemma, do carinho da minha mãe, dos meus amigos e do sol de Los Angeles.

- Vamos esperar lá na calçada, o taxi tá chegando. - Louis diz pegando sua mochila e indo até a porta.

Percebo que não é a porta da frente, pela a qual entrei ontem. Caminho atrás dele, é uma porta secundária que sai na garagem.

- Por que estamos passando por aqui? - Pergunto curioso.

- É mais perto sair por aqui do que pela frente. - da de ombros. - Fora que eu odeio ter que trancar a porta da frente, é muita senha.

Assinto e acabo esbarrando em uma caixa no chão. O que acaba fazendo um barulho agudo, reclamo baixinho pela dor e pela vergonha.

Louis se vira com o barulho e vem até mim.

- Deixa eu tirar isso daqui. - Ele diz e pega a caixa a guardando em um armário no canto da garagem.

É então que vejo fotos de carros e motos na parede, uma coleção de capacetes em uma estante de vidro. E acima de tudo isso, fotos do Louis com um carro preto super esportivo.

Reparo que este carro está estacionado no fundo da garagem, escondido e acumulando poeira.

Apaixonado pelo carro ando na direção dele e o analiso.

- É seu carro? - Pergunto apontando.

Louis olha para o carro e aperta tão forte a mochila que a junta de seus dedos fica branca. Continuo olhando para o carro enquanto espero uma resposta, não é todo dia que se vê um Audi r8 na sua frente.

Mas a resposta não vem.

- Louis? - pergunto e o olho, seus olhos estão fixos no carro e ele engole em seco várias vezes.

- Foi um presente.

- É um carro muito bonito, deve ser incrível andar nele. - Digo.

- Tá estragado, sinto muito. - Louis passa por mim e sai da garagem.

Lanço um último olhar ao carro e vou atrás dele.

Ao chegar na calçada o taxi ainda não chegou. Louis está de cabeça baixa, os olhos fixos no chão. Sua mão segura um cigarro.

- Tá tudo bem? - Pergunto me distanciando um pouco da fumaça.

Ele traga e encara a rua e se passa um longo minuto desconfortável por nós antes que ele responda:

Two hearts in one homeOnde histórias criam vida. Descubra agora