Vampire- Hyunlix

Fire in my heart

"Bem, esta noite vou levá-la direto para o céu
E eu vou lhe mostrar coisas que você nunca viu"
𝑽𝒂𝒎𝒑𝒊𝒓𝒆

Com o Vampiro ainda segurando o seu braço, Hyunjin caminhava pelos corredores pouco iluminado — por conta do horário — quando finalmente chegou em seus aposentos, guiando o menor até uma porta ali dentro.
- Você deve se banhar, está bagunçado demais para se parecer um nobre.- novamente a mão do príncipe vai parar na face do Vampiro.- use uma de minhas vestes até que amanheça, e não demore muito lá dentro, não gosto de esperar - Hyunjin estava caminhando para deixar o cômodo - voltarei em breve e espero que já esteja banhado até lá.
- Sim alteza. Farei como ordenado!- respondeu para o mais alto.
O vampiro estava impressionado, o castelo dos mundanos era muito bonito e luxuoso, por mais que achasse que o do seu mundo fosse ainda melhor. Depois que foi deixado sozinho, seguiu direto pro banheiro e tomou um belo banho — em uma velocidade mais acelerada — pegou uma das peças de roupas e se arrumou da forma que os criados de seu pai o arrumava, olhou para o grande espelho e viu que realmente estava belo.
Mesmo que estivesse usando apenas peças base — em outras palavras, roupas brancas para dormir — todos que o vissem iriam achar que era de fato um nobre humano e por enquanto ninguém ficaria sabendo disso, nem o príncipe Hwang. Percebeu que tomou banho rápido de mais e o príncipe não havia retornado então começou a olhar em volta e assim que ouviu passos no corredor — fruto de sua ótima audição — se sentou rapidamente em uma cadeira que tinha ali.
Com um sorriso satisfeito nos lábios, Hyunjin adentra o cômodo por completo, olhando o Lee de cima a baixo. Ele de fato estava belo usando suas vestes, ao se aproximar, o Príncipe nota que os lábios do Vampiro não estavam mais tão vermelhos quanto antes, agora semente rosados, mesmo assim ele não hesitou em passar seu polegar sobre eles, arrancando um suspiro surpreso do menor.
- Não está nada mal Lee Felix.- o príncipe se afasta, deixando a brincadeira com os lábios alheios de lado e indo se sentar na cama - venha até aqui e sente-se de modo confortável - sem hesitação, o Vampiro assim fez, colando suas costas na cabeceira daquela grande cama e se acomodando ali ao esticar as suas pernas. Segundos depois, o Hwang deitar a cabeça em seu colo, atraindo a total surpresa do outro - provavelmente gente como você não precise descansar como humanos, porém eu o deixarei zelar o meu sono enquanto eu durmo. Sei que não tentará nada, caso mude de ideia... saiba que eu tenho um sono bem leve.
Felix estava surpreso com a ousadia do príncipe, ele é realmente louco, pensou consigo mesmo. Que humano em sã consciência dormiria no colo de um vampiro? Somente um que tem alguns parafusos a solta, o Lee sabia que poderia sumir dali em questão de segundos, sabia que poderia quebrar o pescoço do outro sem nem ao menos acordá-lo, mas não queria fazer nada disso, por mais que gostasse da ideia de estar livre daquela situação em que se encontrava, sabia que sua vida estava na mão do príncipe e que se não fizesse o que queria iria ser morto.
"Você só precisa matá-lo", uma voz ecoava dentro de si, mas não tinha coragem de cometer o ato, o príncipe Hwang era jovem, conhecia poucas coisas da vida não era justo para com ele. Perdido em seus pensamentos, Felix levou o olhar para o rosto sereno do príncipe que dormia calmamente, como se ele não estivesse ali. Sentiu uma sensação estranha e gostosa, que desejou sentir sempre, a sensação de admirar todos os detalhes dele calmamente, sua beleza parecia incontáveis vezes mais bonita, a perfeição que o príncipe exalava era algo absurdo e o admirava com devoção.
Passou tanto tempo hipnotizado pela beleza daquele que estava adormecido, que acabou não notando que já amanhecia. Tendo um pouco de coragem, Felix ergue a mão a frente da face do príncipe, levando as mesmas até os fios longos e castanhos. Desde que o mesmo "apagou" em seu colo, o Vampiro estava criando coragem para tocá-lo, mas temia que o mesmo despertasse. Provando que ele de fato tinha um sono bem leve, poucos segundo depois de ter os dedos entre seus fios, Hyunjin abre os olhos encarando os do Lee.
- B-Bom dia alteza...- um tanto constrangido por ter sido pego no ato, Felix tenta parecer um pouco mais sério e confiante diante do príncipe - teve um bom sono?
Hyunjin ficou encarando o Vampiro por vários segundos em silêncio, consequentemente deixando o maior sem jeito e quebrando o contato visual. O príncipe ergueu um pouco de seu corpo, ficando com o rosto na altura do de Felix, que foi obrigado a olha-lo já que o outro estava bem a sua frente.
- Graças a você, tive um bom descanso. Há tempos que isso não acontecia - por conta do sono, a blusa branca larga de mangas compridas tinha dois de seus botões abertos e por conta da posição que estava, o não humano acabou fitando a pelo do príncipe - diga-me Felix, poderia eu fazer algo por você? - uma das mãos do Hwang vai até a sua coxa, a massageando levemente - com certeza suas pernas estão dormentes não é? - sorriu satisfeito com a própria fala - fui muito maldoso Lee?
- Não se preocupe alteza, minhas pernas não dormem e estão ótimas - Felix achou que as intenções do príncipe estavam claras o suficiente, por isso levantou rapidamente se pondo de pé ao lado da cama - creio que o príncipe seja muito ocupado, não lhe causará problemas se atrasar em quanto perde tempo comigo? - disse um pouco nervoso pelos olhares do maior.
Rindo da atitude do menor, Hyunjin também se levanta, passando a tirar a blusa que vestia lentamente, deixando o Vampiro completamente desnorteado. Confuso sobre o que fazer dali em diante, Felix não sabia mais para onde olhar e se assustou completamente quando teve a mão do maior em seu pescoço.
- Lee Felix - o aperto não estava forte, mas havia o assutado bastante - acho que não entendeu o que eu quis dizer... então explicarei - sua mão agora agarrava o maxilar do Vampiro - quando eu disse o que poderia fazer, me referi a isso - em um ato rápido, o príncipe pega algo pontiagudo e se refe na região do ombro, bem próximo ao pescoço. Hyunjin se aproxima um pouco mais - a julgar pelo que vi ontem, creio que tenha muito tempo sem beber sangue humano, consequentemente isso não o deixa forte o bastante - o menor estava hipnotizado pelo sangue que escorria lentamente do príncipe - Felix, eu preciso de você forte o bastante pra mim - puxou o corpo pequeno para colar no seu - faça.
Felix apenas obedeceu as ordens e se aproximou mais ainda do príncipe, assim que lambeu a gota de sangue que havia escorrido e foi subindo a língua pela pele alheia fazendo o maior se arrepiar, sentiu suas pupilas dilatadas. Quando achou o ferimento feito pelo próprio príncipe começou a chupar o sangue do mesmo e tinha que confessar que aquele sangue era diferente de todos que já havia provado.
Automaticamente as presas saltaram querendo perfurar a pele bonita, mas em nenhum momento o Vampiro deixou se levar pelos seus desejos, além de poder matá-lo, também correria o risco de transforma-lo. Lambendo e chupando cada vez mais o sangue daquela ferida, Felix se contorcia para sair dali. Quando finalmente conseguiu, passou a distribuir selares pela pescoço e até mesmo acima de onde chupava.
- Felix...- sussurrou o nome do vampiro que se assustou, voltando a si e agora tendo a noção do que fazia.
- A-alteza...- respondeu em surpresa com os lábios avermelhados pelo ato recente - e-eu o machuquei? - o Hwang negou - está tudo bem? - ele assentiu, o príncipe era de fato alguém incomum - é necessário que se alimente bem para repor as energias e... - Felix estava claramente nervoso enquanto falava desenfreadamente, mas se calou, quando o polegar do maior passou por seus lábios.
- Não se preocupe, sou mais forte do que imagina - segredou, antes de se afastar.
Recebendo um olhar misto em preocupação e surpresa do menor, o príncipe não deixa de sorrir. Depois de alguns segundos sustentando um pesado contato visual, o Hwang recebe alguém na porta de seus aposentos. Essa pessoa havia trazido as vestes que o Lee usaria naquele dia.
- Troque-se e me espere aqui, em breve virei te buscar - acaricia os fios acinzentados do Vampiro antes de deixá-lo sozinho, causando um leve arrepio no mesmo.
Assim que o príncipe deixou o quarto, o Lee correu até o banheiro e começou se limpar, tomou um belo banho, escovou seus dentes e colocou a roupa que foi deixada pra si. Olhou o seu reflexo no espelho para conferir sua aparência e gostou do que viu, desejava agradar Hyunjin enquanto se pegou pensando se ele iria gostar de como as vestes lhe serviram bem. Quando voltou ao quarto esperou o outro ansiosamente.
Em outro cômodo, Hyunjin mirava a própria imagem no espelho, o machucado que havia feito não deixaria nenhuma cicatrize. Por um breve momento ele desejou sentir as presas do Vampiro cravados em seu pescoço, uma onda de excitação lhe atingiu quando sentiu a língua morna do pequeno em sua pele, recolhendo o sangue e o chupando diretamente da ferida recente. Felix tinha deixado uma pequena marca avermelhada em seu pescoço e isso o fez sorrir.
Depois de se vestir e pentear seus cabelos castanhos — um tanto abaixo do ombro — o príncipe seguiu de volta até o próprio quarto, onde o Lee o aguardava. Ao adentrar o cômodo, Hyunjin admirou o quão parecido com um nobre o outro estava, além disso não negaria que o achou magnífico vestido daquele jeito. Sentindo o olhar do menor sobre si, o Hwang decide se aproximar.
- Lee Felix - o Vampiro já havia assumido pra si que aquele era um hábito do príncipe, quando a mão do mesmo foi até o seu maxilar - você irá se comportar bem não é? - o menor assentiu - não fale muito, principalmente com o meu pai. Quando perguntarem sobre você, direi que é um amigo de longe que veio me visitar, diga o mesmo - mais uma vez ele concordou, piscando os olhos lentamente, ainda sentindo aquela mão morna em seu rosto - vamos - igual a noite anterior, o Vampiro segura o braço do Hwang e segue ao seu lado.
Felix deixou ser guiado pelo príncipe quando saíram do quarto, ainda com os braços enlaçados que fazia o vampiro ficar mais envergonhado a cada funcionário que passavam por eles os encarando — mesmo sendo discretos, ele conseguia notar por ser um Vampiro — no dia anterior quando chegaram ao palácio já era tarde da noite, praticamente todos estavam dormindo ou apenas em seus quartos prontos para adormecerem, mas agora era diferentes, haviam muitas pessoas pelo castelo, incontáveis servas e guardas que andavam pra lá e pra cá a mando de seus soberanos.
Todos que passavam por eles se curvavam em respeito e lhes desejavam um bom dia, e todos encaravam o vampiro, uns com um ar de curiosidade, outros em admiração e outros apenas não mostravam interesse, mas queriam saber quem era, o Lee apenas respondia quem o saudava e dava um sorriso pequeno e envergonhado. Em nenhum momento do percurso o príncipe soltou o seu braço, nem mesmo quando entraram na grande sala de refeições onde estavam o rei, a rainha e outras duas pessoas que reconheceu ser o governador e o outro um lorde que era o sobrinho do rei.
Se o pequeno Lee havia achado o castelo muito lindo a noite, naquele momento tinha achado esplendido, a luz do sol parecia ter dado mais vida ao lugar, diferente do castelo de seu pai, que ficava magnífico quando a lua aparecia e o breu da noite se instalava, tudo em seu reino ficava mais bonito a noite, ao contrário do reino mundano. O pequeno Lee sentiu o toque em seu braço ser desfeito e então reparou o príncipe puxar a cadeira pra si e mesmo envergonhado, se sentou e o príncipe copiou sua atitude ao se sentar também do seu lado.
- Quero lhes apresentar Lee Felix, um amigo que passará uns tempos sobre meus cuidados - Hyunjin mata curiosidade dos ali presentes que nem precisam questionar para demonstrar o interesse no rosto novo daquele garoto - por favor não façam perguntas desnecessárias, Felix é muito tímido.
- Não há problemas em trazer um amigo seu pra cá querido - a rainha fala amigavelmente.
- A única coisa que tenho interesse em saber é sobre a religião desse garoto - o rei se pronúncia de modo sério, como o habitual - você sabe muito bem que tem uma reputação, é um príncipe exemplar e o futuro rei. Não quero que fique mal visto por andar com um qualquer, pessoas sem religiões são aquelas quem apoiam aqueles demônios - se referiu aos vampiros e Felix acabou se sentindo ferido por aquelas palavras.
- Achei que soubesse muito bem que eu não andaria com alguém sem religião papai - com certeza aquele Hwang Hyunjin não é o mesmo que conheceu na noite passada, até mesmo a sua voz estava diferente, Felix notava absolutamente tudo.
- Ele tem razão amor, como poderia pensar isso de nosso filho? - a rainha o defendeu.
- Perdoe-me - depois de ser repreendido, o rei pediu as devidas desculpas e ordenou para que a refeição fosse servida.
Por sorte, a comida dos nobres eram em uma pequena porção, não seria difícil engolir aquela quantidade por um momento, pelo menos esse era o pensamento do Vampiro. De qualquer forma, ainda temia cada movimento que deveria fazer, estava com medo de que algo o denunciasse. Hyunjin notando o nervosismo do Lee, colocou uma das mãos por baixo da mesa em sua coxa, acariciando e apertado levemente para que o menor relaxasse, felizmente estava funcionando. Estava tudo bem até o lorde virar para si.
- De onde vem, Felix?- questionou o jovem para a surpresa do não humano.
- Australia!- respondeu a primeira coisa que veio em mente, um tanto alto e assustado.
- Oh sério? Eu morei lá a muito tempo, creio que tenha conheceu Hyunjin em uma das vezes que ele foi me visitar! - falou animado.
- Acredito que sim - Felix comentou sem jeito.
- Christopher, você adquiriu algum problema auditivo? - Hyunjin cortou a conversa - creio que deixei claro algo sobre perguntas desnecessárias assim que entrei.
- Deixe de ser chato Hyunjin, apenas queria saber da onde ele vinha, e me chame de Hyung, eu ainda sou o mais velho! - o príncipe apenas ignorou.
- Filho precisamos terminar os preparativos para o seu aniversário, ainda não disse as cores que quer para a decoração, os convites já foram entregues a vários reinos e parentes! - evitando um possível desentendimento entre ambos primos, a Rainha coloca outro assunto por cima.
- Mamãe, já disse que não gosto de grandes celebrações, não poderia fazer algo mais simples e discreto? - Hyunjin questiona e a sua voz falha um pouco, era como se o seu lado verdadeiro estivesse um tanto amostra. Felix notava aquilo e o observava.
- É claro que não querido, você é o filho único do rei, como poderíamos deixar de fazer uma grande celebração em seu aniversário? - a rainha questionada de modo dramático.
- Apenas concorde Hyunjin, sabe que ninguém consegue mudar as decisões de sua mãe - o rei comenta e o príncipe apenas concorda.
- Use cores neutras, não gosto de cores chamativas - respondeu de uma vez por todas - agora que já acabamos, iremos nos retirar - o Hwang mais novo se levantou e Lee fez o mesmo.
- Foi bom conhecer você Felix - Christopher fala e o menor faz uma reverência pra todos ali na mesa - espero lhe ver mais vezes - deu um sorriso o deixando constrangido.
- Christopher, não ultrapasse os limites.- Hyunjin ditou sério, estendendo seu braço para que o outro o segurasse. Ali na frente dos seus pais e de seu primo, o vampiro acabou ficando envergonhado, mas não deixou de segura-lo.
- Já disse que eu sou o seu Hyung! - exclamou Christopher, sendo ignorado de novo pelo príncipe que já se retirava.
- Vamos! - caminhando com o menor ao seu lado, Hyunjin segue até um outro lado do castelo.
As nuvens passavam rapidamente pelo céu, e o sol que brilhava se escondia entre elas. Os corredores largos tinham grandes janelas, estas que transpassavam a claridade do lado de fora, agora coberto por nuvens, o clima ficava ainda melhor. Felix tinha a sua atenção para onde estava indo e Hyunjin apenas sentia o toque do menor em si, não demoraram para chegar a um cômodo com uma varanda aberta e com vista do alto, dava pra enxergar claramente a floresta onde estavam na noite passada.
- Diga-me Felix... O que normalmente faz durante o dia? - demonstrou curiosidade ao menor que se surpreendeu com a pergunta - sei que nas madrugadas você sai a procurar de alimento, mas e durante o resto do dia?
- Durante o dia eu trabalho em uma floricultura, quando cheguei no vilarejo um senhor me ajudou - Felix disse dando um sorriso pequeno ao se lembrar do Sr. Kim - ele me achou na floresta, fraco por causa da longa caminhada e sem ter me alimentado, o Sr. Kim primeiramente me deu o seu sangue e depois matou um servo pra mim, então fizemos um trato, ele me deixava morar junto consigo em sua casa e em troca trabalhava com ele na floricultura também o ajudando com os remédios caseiros.
Felix se lembrava claramente da sua situação quando o jovem Kim — que na época tinha apenas 31 anos — o achou na floresta, sempre foi grato ao senhor de agora 89 anos, ele foi o primeiro humano que simpatizou com o Vampiro e o ensinou a como viver no reino sem ser descoberto. Graças a ele, Felix sabia tudo sobre as plantas e remédios naturais, mesmo que nunca precisasse tomar um já que se machucasse, se curaria no mesmo segundo e o mais importante: tinha ensinado o pequeno vampiro a comer a comida dos humanos sem repugnar e viver como tal.
Se lembrava claramente quando começou essa loucura do rei de matar os vampiros, o Sr. Kim não o deixava sair muito e sempre fazia de tudo para mudar o pensamento dos outros do lugar onde morava, muitas vezes quase correndo risco de perder a vida, sendo chamado de bruxo — por causa de seus remédios caseiros / milagrosos ou de apoiador dos demônios — o Lee o considerava seu pai humano.
- Então o tal... Sr.Kim lhe deu o próprio sangue hm? - chegava a ser engraçado pois a única coisa que o Hwang parecia ter escutado foi essa frase - diga-me Felix, existe alguma diferença entre os sangues humanos que você já provou? - questiona curioso, mas o real ponto que estava interessado em saber era se o seu sangue era diferente dos outros.
- Alguns são alteza, por causa do tipo sanguíneo, os do tipo A são os mais doces e com a cor mais viva, os tipo B são mais escuros e um pouco amargo e tem o melhor de todos, os do tipo O que são raros, tive poucas chances de prova-lo mas eu tenho certeza que o sangue do príncipe é O - respondeu de modo resumido.
A verdade era que existia algo no mundo dos vampiros puro sangue — quem já nascia vampiro — uma lenda dizia que os não humanos eram criaturas amaldiçoadas incapazes de amar e por isso, para cada vampiro existia um humano específico, eles eram chamados de soulmates. Ao provar o sangue desse humano específico, o não humano entra em uma espécie de transe, o sabor do sangue é diferente de qualquer outro — mas para sentir qualquer saber, as presas do Vampiro teriam que estar em contato com a pele do humano — as sensações causadas também eram fora do normal. Felix escolheu guardar aquilo pra si.
- Interessante - Hyunjin respondeu, um tanto curioso com o que se passava na mente do outro - irei me ocupar por um tempo, o que acha de dar um passeio pela floresta enquanto isso? - o Vampiro se mostra surpreso.
- Eu posso sair? - o Príncipe solta o riso.
- Você não está preso aqui Felix, está apenas me ajudando com algo - aquilo deixava o vampiro ansioso, mas ainda assim não temia o maior.
- Então eu realmente posso ir?
- Pode sim - antes do Lee se afastar, o mão de Hyunjin capturou o seu queixo - só lhe peço que retorne para mim - sem ter o que dizer, Felix apenas assentiu, sentindo uma sensação estranha em seu corpo.- agora vá.

𝑽𝒂𝒎𝒑𝒊𝒓𝒆

Han Jisung era o melhor amigo de Felix, sempre apoiou o amigo em suas decisões — principalmente a de deixar o reino de seu pai — por mais que achasse loucura demais. Por muito tempo, sempre que podia visitava seu amigo, e em uma dessas visitas não encontrou o amigo, o que deixou o moreno apreensivo.
Voltando a floresta para caçar e procurar saber algo sobre o amigo, Han avista alguém de longe caminhando por entre as árvores. Aquela pessoa tinha traços muitos parecidos com os do Lee, mas aparentemente aquele rapaz tinha acabado de sair do castelo, suas roupas também transpareciam nobreza então Jisung ficou indeciso. Por horas ficou observando o provável desconhecido de longe até o entardecer — momento que o mesmo volta ao castelo.
- Será que é você Felix?!- perguntou para si mesmo assim que o outro saiu de seu campo de visão.