Cap 7: Annie.

1.6K 93 0
                                    

O bar estava vazio; o lugar em si não estava... Na verdade estava lotado, mas as pessoas estavam espalhadas, alguns nos sofás sendo servidos pelas garçonetes, outros estavam se acabando na pista de dança do outro lado da boate, então o bar não tinha mais niguém além dos barmans do outro lado do balcão. 
O barman que me atendeu, bem, esse não poderia ser mais lindo... Ual! Na verdade ele era lindo demais:

-E então? - Ele me olhou, e apesar da baixa iluminação do lugar, eu pude ver seus olhos azuis, naquele rosto lindo, ele era alto, forte na medida certa, estava com uma camisa jeans com as mangas dobradas, achei estranho, os outros barmans e as garçonetes estavam com uma pólo preta com o nome Touch bordado do lado esquerdo e o balcão impedia ver a calça e os sapatos. 
- O que você sugere? - Perguntei.
- Pra uma mulher deslumbrante igual a você? A suite presidencial de um hotel cinco estrelas! 
- Isso seria maravilhoso - Eu sorri. Sim, eu estava flertando - Mas eu quis dizer pra beber.
- Ah sim, claro! Meu mal... Então, uma marguerita, talvez?
- Ótimo! - Sorri novamente.
- Sabe o que seria realmente ótimo? - Ele perguntou, pegando a coqueteleira e colocando gelo nela.
- O que?
- Se você me dissesse seu nome. - Ele me olhou e sorriu, e que sorriso.
- Anahí... Anahí Giovanna! 
- Prazer Anahí, sou o José Ron... Agora vou preparar seu drink. 

Ele começou a preparar, e fez com uma habilidade incrivel. Nunca tinha visto um barman tão habilidoso. Ele não ficava tentando impressionar fazendo aqueles marabarismos com a coqueteleira e nem precisava, o simples impressionava mais, o que impressiovana era a elegancia dele ao preparar o drink:

- Pronto! - Ele disse colocando o drink na taça e me passando em seguida - Veja se esta do seu gosto.
- Vejamos.. - Dei um pequeno gole na bebida - Perfeito! 
- É porque você ainda não provou meu mojito.
- Posso provar?
- Agora não! Você não terminou sua marguerita e não é bom misturar bebida, ainda mais uma mulher tão linda quanto você. 
- Então - Abri minha bolsa e peguei um cartão - Por quê você não me liga? Assim eu posso provar o seu melhor drink, e com mais calma. - Passei meu cartão pra ele, que aceitou sorrindo. 
- Eu vou fazer isso, pode ter certeza - Ele disse, apoiando os cotovelos no balcão e se aproximando. Sem conseguir me controlar, e totalmente tomada por aquele olhos azuis, fiz o mesmo que ele. Estavamos a milimetros um do outro, quando ele depositou um beijo na minha buchecha direita. Eu amei aquilo e fiquei o olhando nos olhos por alguns segundos, mas o encanto do momento foi quebrado por um outro barman que chamou por ele. 
- Zé? Estão procurando por você lá embaixo. - Foi o que o infeliz disse.  Ele olhou feio pro tal barman e depois voltou a me encarar. 
- Preciso descer. - Ele disse. 
- Pode ir... E me liga! 
- Sem duvida! - Ele disse e se foi. Eu que estava amando nosso flerte me senti estranhamente sozinha. 

Depois que o José se foi fiquei pensando no que fazer. Me virei de costas para o balcão do bar e encostei nele olhando para todo o lugar. Pensei em dar mais uma volta pelo segundo andar, mas na realidade agora eu já estava a fim de encarar a loucura do terceiro. 
Me virei de volta para o balcão apenas para pegar minha taça que eu tinha depositado ali; foi quando pude ouvir um "Oi" no meu ouvido. Resolvi não dar a menor atenção; afinal, deveria ser algum playboy sem graça e eu não ia mesmo conseguir me sentir mais atraida por alguem do que já estava pelo tal José.
Eu permaneci calada pelos pelo menos proximos 10 segundos, e o tal que falou comigo não disse mais nada além daquele oi, eu não olhei pra ele, mas senti seu olhar sobre mim, então já incomadada resolvi virar, olhar pra ele, pedir licença e subir para o terceiro andar. E assim que me virei, surpresa:

- Nossa... - Eu disse num sussuro, sentindo as pernas ficarem bambas. 

Eu Que Não Amo Você.Onde histórias criam vida. Descubra agora