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Dor

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Dor.

Ela só é um sentimento se for dor sentimental? Faria muito sentido. Talvez seja por isso que eu goste da dor física, não tem nada de sentimental nela. Apenas e exclusivamente... a dor.

Estou aprisionado há 264 dias. Não tenho nada além da grande solidão que me cerca, e eu já aprendi a conviver com ela. Eu até teria a ousadia de falar que ficamos amigos todos esses dias. Ela sempre foi a minha única companhia. Irônico eu ainda não ter a matado como os outros.

Estou em uma sala pequena. Quatro paredes. Espaço de 1,48m². Não consegui nem o direito de ter janela em minha sela. Depois eu sou o "sem coração". Bobagem. Fazem seis mil, trezentas e trinta e seis horas desde que eu toquei outro ser humano. Pelo menos, é o que todos aqui acham.

Waverly Hills é o sanatório em que eu estou. Ele é muito famoso em todos os Estados Unidos, sério, procura na internet. Teve mais de 63 mil mortes aqui e não posso negar que eu não tive culpa em algumas. Eu ainda sou humano, erros são apenas detalhes que vem junto, certo?

Acabei entrando em uma ala isolada dos outros idiotas daqui e agora muitos mais seguranças me acompanham, sendo eles grandes e fortes. Eles tem medo de mim, não sabem o que se passa pela a minha cabeça e por isso morrem de medo do meu próximo passo. Isso me faz sorrir de canto enquanto estou sentado no chão sozinho no escuro, eu gosto. O medo nos olhos de todos por onde passo me excita demais. Talvez eu mereça estar aqui, afinal.

O barulho de gritos e luta invade a porta a minha frente e por mais de estar curioso para saber o que estava acontecendo, eu continuo no mesmo lugar sentado. A porta a minha frente é arrombada e por ela passam homens de preto com armas enormes e no meio deles, um homem diferenciado dos outros. Ele parecia ser o chefe daquilo. Não ergo os meus olhos o suficiente para estudar o rostos de todos e continuo a olhar para a frente, para a parede.

— Tem certeza que é ele? — ouço uma voz perguntar e não ouço a resposta.

— Noah Urrea — o meu nome sai de força rouca da voz do homem.

Sem nenhuma pressa, levo os meus olhos para o dele. O sorriso de lado nos meus lábios não saindo do meu rosto nunca.

Ele era alto, não tão alto quanto eu, mas alto. Sua pele era branca feito a neve e o seu corpo estava coberto todo de preto com um terno terrivelmente perfeito em seu corpo. Seus cabelos eram loiros e caiam em um cacheado em sua testa, seus olhos eram um azul que eu realmente nunca havia visto em minha vida. Eles eram intensos, não gostava de coisas intensas. O anjo de olhos azuis, estava a minha frente. Mais precisamente, Joshua Beauchamp.

Basicamente não era para ninguém conhecer ele, ele era como um ninja e um mistério para todos. Não tinha nenhuma gota de sangue em suas mãos, ele nunca matou em toda a sua carreira. Mas mesmo assim é famoso pelo o que faz: salvar pessoas. Eu não precisava testar para saber que os guardas ali fora estavam apenas desacordados.

𝘼 𝙂𝘼𝙈𝙀 𝙊𝙁 𝘾𝙃𝙊𝙄𝘾𝙀𝙎, 𝘯𝘰𝘴𝘩Onde histórias criam vida. Descubra agora