𝑐𝑖𝑛𝑐ᵒ

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Memórias

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Memórias.

Elas são importante. Não importa se é para o bem ou para o mal, você precisa tê-las. Afinal, foi elas que trouxe você até aqui, não? Eu sim. Se eu não tivesse uma memória tão boa, eu não estaria tão confuso e pensativo nos últimos dias.

O negócio é, eu sei quem era cada pessoa que eu matei. Eu os estudava por meses e meses, fazia uma varrida em toda a sua vida. Desde o primeiro dia de vida até os atuais, eu sabia exatamente tudo. Eu os seguia para saber o que eles estavam comendo, bebendo, fazendo, sorrindo. Eu via cada brilho no olhar. Eu via cada passo. Eu via cada investida com os amigos ou namorado ou família. Eu conhecia cada detalhe. Eu conhecia os nomes.

Emílio não era, nem de longe, um nome que eu lembrava. Talvez eu estivesse me perdido nas trezentas e noventa e oito vítimas, mas minha memória não falha. Eu nunca matei um Emílio. É até um nome legal, eu queria ter matado. Parece ser nome de britânico... Seria legal ter matado um britânico.

— Por que está tão quieto? — questiona Any a minha frente.

Estávamos na sala de jantar da mansão escondida de Joshua, todos tinham em sua frente um prato com comida e debustavam com vontade. Menos eu. Meu prato estava intocado, minhas mãos estavam entrelaçadas em cima da mesa e minha mente estava fora dali. Eu nem queria estar ali, pra falar a verdade. Mas tínhamos que falar sobre o próximo passo e bom, as gêmeas estavam com fome.

— O que você quer que eu fale, amor? — tento mascarar a minha expressão de quem estava perdido nos pensamentos.

— Geralmente não queremos nem ouvir sua voz, Urrea — diz Joalin ao lado de Sabina e eu finjo estar emocionado com a suas palavras. — Mas se você vai ajudar a gente, precisa ajudar a gente.

— E com isso vocês querem dizer que precisam da minha inteligência?

— Não se gabe — ataca Sofya levando o vinho tinto até seus lábios.

O próximo passo era o seguinte: confirmar para toda a mídia o que eles já sabem ou suspeitam, o meu noivado — falso — com Joshua Beauchamp, o queridinho de St. Albert.

Sabina e Any estavam com a ideia de fazer uma festa para anunciar, afinal, Joshua Beauchamp era uma pessoa importante na cidade e um anúncio desse nível precisava ter uma coletiva de imprensa. Mesmo a maioria — tirando Any e Sabina — não gostando da ideia, não tinha mais o que fazer realmente. As garotas estavam certas, se queríamos chamar a atenção de Marco, precisamos ter muita coletiva de imprensa em nossa cola.

Apenas tem um problema nesse plano.

— Vocês estão enganados se acham que Marco vai aparecer.

— E por que não? — questiona Bailey e eu reviro os olhos.

— Porque ele não é um idiota. Ele não vai dar as caras na primeira oportunidade que tiver.

— Então vamos ter que esperar ele vir até nós?

𝘼 𝙂𝘼𝙈𝙀 𝙊𝙁 𝘾𝙃𝙊𝙄𝘾𝙀𝙎, 𝘯𝘰𝘴𝘩Onde histórias criam vida. Descubra agora