𝑠𝑒𝑡ᵉ

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Um cego em um tiroteio

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Um cego em um tiroteio.

É exatamente assim que eu me sinto nesse momento. Marco havia feito outras duas vítimas, uma dona de casa dessa vez. Uma mãe, de dois filhos e com um ex marido que pela polícia, tinha uma álibi perfeito para a hora da morte. Mas eu não precisava confirmar isso, eu sabia quem havia sido. Como? Eu simplesmente conhecia o trabalho de Marco. O outro era um motorista de táxis que apenas estava abastecendo o seu carro quando foi atacado.

No fim, Joshua conseguiu salvar o dia e impedir as vendas das SCAR 16, impediu o Prefeito e ainda conseguiu uma amizade com o Vereador. Outra peça que não se encaixa no meu quebra-cabeça, eu não confiava nem um pouco em Daniel R. Fraser. Eu confiava em meus instintos e eles me diziam para colocar uma bala na cabeça desse cara o quanto antes. Mas Joshua e toda a sua turminha estava aqui para me atrapalhar. Como sempre.

Enfim, Joshua estava na cena do crime do taxista, tentando achar alguma coisa.

Any e Krystian acharam uma boa ter uma amostra da arma do crime — que era uma lâmina — e para isso, eles precisavam de um criminoso para invadir a delegacia. E adivinha quem era o criminoso? Mas tudo bem, esse não é o problema. O problema é: quem é que invade a delegacia para passar desapercebido? Exatamente. Ninguém. Então eu, que já virei uma figura meio conhecida — graças ao riquinho de Joshua —, vou entrar na delegacia e dar os meus pulos. Não literalmente.

Ao passar pelas portas duplas da delegacia, eu me vi em um lugar lotado de policiais andando pra lá e pra cá. Uou, isso me dá enjôo. Passo meus olhos rapidamente pelo lugar, afim de avaliar tudo antes que alguém perceba ainha presença.

Ali tinha janelas, para o último caso. Muitos polícias estavam em suas cadeiras, fazendo o seu trabalho em seu computador. Tinha um corredor mais a frente, onde provavelmente tinha as salas de interrogatório e escritório do chefe de polícia.

Krystian não havia conseguido descobrir a tempo quem era o detetive que estava na frente dessa missão, mas eu presumi ser a mulher que estava com uma amostra de lâmina afiada cheia de sangue na mão, conversando com outro policial.

Antes que eu pudesse dar o segundo passo em sua direção, um corpo se colide com o meu.

— Oh, me desculpe.

— Temos que parar de se trombar assim, baby — sorrio malicioso e coloco minhas mãos dentro do meu sobretudo.

Alex cora violentamente ao ver que era eu ali.

— Eu sou um desastre em massa, o que eu posso fazer? — tenta sorrir para esconder a vergonha.

Ele estava com as suas típicas roupas do dia a dia, o que me fazia se perguntar o que ele estava fazendo ali. Meus olhos correm para um frasco em sua mão, com um líquido amarelo.

— Você trabalha aqui?

— O quê?

Me controlo para não revirar os olhos.

𝘼 𝙂𝘼𝙈𝙀 𝙊𝙁 𝘾𝙃𝙊𝙄𝘾𝙀𝙎, 𝘯𝘰𝘴𝘩Onde histórias criam vida. Descubra agora