𝘼 𝙂𝘼𝙈𝙀 𝙊𝙁 𝘾𝙃𝙊𝙄𝘾𝙀𝙎, 𝘯𝘰𝘴𝘩

𝑑𝑒ᶻ

Atenção.

Era exatamente isso que você ganhava quando confirmava para todos que você estava noivo de alguém como Joshua Beauchamp. E bom, atenção era o que a gente queria para alcançar e capturar Marco. Mas quando me chamaram para essa barganha, esqueceram de comentar que eu não teria mais paz por onde eu fosse.

A porta ao lado de Joshua se abre e não demoramos para descer, sendo atacados pelos paparazzis. Estávamos prestes ao entrar onde Maya Beauchamp iria ser julgada. Ou seja, em um julgamento. Savannah, a irmã mais nova de Joshua, estava junto da gente. Bailey estava apresentando o seu papel como motorista e segurança do Beauchamp, afastando todos os paparazzis para nós três passarmos e entrarmos no lugar dito.

Nesses dois dias que haviam se passado, tínhamos descoberto que as cinzas eram do próprio Brandon. Então não tinha como ser ele. Agora eu tinha uma leve suspeita de ser alguém próximo a ele, querendo vingança e para isso, se aliando a Marco. Previsível.

— Sr. Beauchamp, quais são as chances da sua tia? — pergunta um dos paparazzis. Joshua junta nossas mãos e a outra com a Savannah, nos puxando cada vez mais para a entrada. — Estão tomando medidas contra suicídio?

— Seu noivo veio te apoiar?

— Você e seu noivo podem fazer algum comentário?

Bailey abre ainda mais espaço e enfim chegamos em frente a entrada, consigo ver a troca de olhares de Joshua com a tal de Taylor antes de entrarmos. Pelo o que o cacheado havia me dito, ela estava em frente ao caso de sua mãe junto com o outro promotor.

Começamos a subir as escadas de dentro, com o resto da empresa em nossa cola.

— Será que eu posso matar eles agora? — sussurro no ouvido de Joshua que estava em minha frente.

— Não — bufo. — Não me faça chamar um policial, Noah. Tem um monte deles aqui.

Reviro os olhos e junto dele e Savannah, entramos em um corredor onde os paparazzis ficam para trás. Logo estávamos na sala que iria ser o julgamento, sentados na primeira fila. Maya, junto de um policial, é trazida para o seu lugar. Eu não havia visto ela ainda, já que Joshua nunca tinha me convidado para a prisão e eu não fiz questão. Ela era loira e seus cabelos batiam nos seus ombros, as rugas nos cantos de seus olhos demonstravam que ela já tinha uma certa idade. Logo depois que o policial tira suas algemas, ela se senta ao lado de sua advogada, a nossa frente.

O tal do prometo vai para o centro e liga a televisão, logo mostrando um anúncio velho da Sra. Beauchamp.

— Eu fui cúmplice de um emprendimento com um propósito terrível... — ela dizia na televisão. — Mandar embora a metade da população do Flemingadon.

O promotor pausa a gravação.

— E funcionou — ele proclama. — Não só expulsou centenas de famílias, como executou. Lares e vidas perdidas. Tudo por causa da ações dela — aponta. — Verdade, ela repensou suas ações, remorso que compeliu ela a fazer essa declaração. Mas em nome das 503 vidas que se extinguiram naquele dia, eu digo: Maya Beauchamp, o seu remorso chegou tarde demais.