[Concluído]
Kira conheceu Nozel durante uma missão e se atraiu imediatamente pelo lindo capitão, porém Nozel não é um cara fácil e suas crenças podem prejudica-lo.
Será que em meio a tanto preconceito um amor irá nascer?
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Kira
- Kira. - O rei mago me abraça assim que entro em sua sala. - Como está? Como estão as pesquisas? Já descobriu algo? Conseguiu algum teste? Conseguiu amostras? Precisa de algo?
Minha cabeça começa a dar um nó com tantas perguntas, o mania de perguntar demais.
- Precisa parar de perguntar tanto, uma hora vou entrar em pane. - Digo rindo enquanto me sento em sua frente. - Estou bem, às pesquisas andam meio lentas, to querendo procurar umas plantas por aí que talvez ajudam, e na verdade vim te fazer um pedido.
Ele me encara com os olhos brilhado.
- No que posso te ajudar? Posso sair procurar pra você.
Acho que ele tem outras intenções por trás desse pedido.
- Na verdade, queria saber se posso usar a biblioteca que tem aqui. E se posso conversar com o curandeiro do Reino, talvez ele possa me ajudar com algumas coisas.
Sua expressão murcha um pouco.
- É claro. Vou te dar livre acesso a biblioteca. Sobre o curandeiro, pode entrar em contato com o Marx ele te ajuda. - Ele me responde sorrindo. - Espero que corra tudo bem.
- Obrigada Julius, está sendo de grande ajuda. Amanha é dia das minhas visitas em aldeias, estarei indo pra lá.
- É claro. - Seus olhos brilham outra vez. - Vou ver alguém para ir contigo.
- Não é preciso. Eu sei...
- É sim, você é importante para o nosso futuro, não pode correr nenhum risco.
Acabo rindo dele. Sempre exagerado.
- Tudo bem, já vou indo. Obrigada por tudo. E principalmente por acreditar em mim.
- Fez por merecer Kira. - Ele me acompanha até porta. - Venha sempre que precisar.
- Obrigada Julius. - Saio rapidamente pensando em tudo que tem acontecido.
- Pirralha! O que faz aqui? - Me viro vendo Yami chegar.
- Vim conversar com o Rei Mago e você?
- Ah eu estava sem ter o que fazer e vim dar uma volta. Mas, me conta como anda aqueles negócios que tem feito?
Acabo rindo do seu jeito. Yami é um cara meio estranho, de bom coração e um ótimo amigo. Gosto disso.
- Ta indo bem Yami, a capitã Charlotte tem me ajudado bastante.
Vejo que ele desvia os olhos quando falo dela... Interessante.
- Sei. Se precisar de mim pode me chamar também. - Ele olha ao redor. - Já conheceu a cidade?
Encaro o lugar e aceno que não.
- Na verdade eu nem tive tempo ainda.
Ele gargalha, como pode alguém estar sempre rindo?
- Vem. - Passa o braço pelos meus ombros. - Vou te apresentar a cidade.
Começos a caminhar pelo local e preciso confessar, foi divertido.
Yami é uma ótima companhia. Sempre fazendo piada e rindo de algo.
Me mostrou os principais bares, lojas e até o mercado negro. Acho que não vou mais me perder tão facilmente.
Passamos boa parte do dia nisso, conhecendo os locais e jogando conversa fora. Até que do nada o ar começa a ficar pesado e sinto como se algo estivesse me matando com o olhar.
Acho que Yami percebe também, já que ele se virá e começa a rir.
- O que está acontecendo aqui? - Uma voz grave fala as minhas costas, me causando arrepios.
- Nada demais. A pequena Kira não conhecia nada ainda e vim apresentar pra ela. Não que isso seja da sua conta.
- Por que não seria? - Nozel pergunta com raiva.
Fico sem entender a reação do platinado.
- Por que seria? - Encaro seus olhos decididamente. Quem ele pensa que é.
- Não devia sair pela rua com qualquer um. - Ele me encara bravo.
- Oh. Não estou com qualquer um. Estou com um amigo. - Respondo passando meu braço pelo do Yami e voltando a caminhar.
Se tivesse olhado para trás veria o platinado nos seguindo com sangue nos olhos.
- Não me ignore. - Ele praticamente grita. O que atrai vários olhares.
As pessoas ao redor começam a sussurrar sobre uma possível briga. Já que dois capitães que não se dão muito bem estão envolvidos.
Yami o encara e começa a rir outra vez.
- O trancinhas ta com ciúmes pirralha.
- Ciúmes? De quê? - Cada vez faz menos sentido.
- Quem você pensa que é? Jamais sentiria ciúmes de uma qualquer. - Não sei explicar os motivos, mas as palavras dele me ferem.
Baixo o olhar envergonhada e me desvencilho dos braços de Yami voltando a caminhar. Isso me magoou de uma forma que...
- Pirralha? - Yami me chama sem reação.
- Tudo bem Yami. Vou voltar, tenho muitas coisas para fazer. Obrigada pelo dia, foi divertido. - Saio dali rapidamente.
Caminho tão distraída que não sinto uma mão agarrando meu cotovelo e me puxando em direção a um beco escuro.
Quando iria gritar notei uma cabeleira muito conhecida.
Ele continua me puxando até um canto isolado, e então me solta.
- Não quero você perto do Yami. - Nozel praticamente rosna em minha direção.
- Por que não?
- Porque eu disse que não quero.
- Lamento mas isso não vai acontecer. - Me viro para sair dali e sinto meu corpo ser puxado com força.
Ele prensa meu corpo na parede, totalmente colado em mim. Seu rosto na altura do meu. Sua respiração bate em meu rosto.
- Tcs... - Ele me encara profundamente. - Eu já disse que não quero você perto dele.