Sabina Hidalgo
MalibuEm todo o quarto a única coisa que de é ouvida são os meus soluços. Estou a horas tentando dormir mesmo sabendo que terei pesadelos, eu prefiro eles a ter que ficar acordada aqui neste lugar.
O frio faz com que eu fique encolhida no canto da quarto, aqui não tem cobertas ou algum lugar para deitar, apenas o chão frio. A escuridão consome o lugar também, papai diz que os castigos são melhores quando usamos nossos medos contra nós.
Meus olhos estão fechados, não ouso abri-lós em hipótese alguma, sei que se abrir gritaria até que papai viesse aqui e não quero que ele venha porque as consequências seriam duras.
A uns meses atrás Bailey foi preso e para castigar ele papai me trouxe aqui e dessa vez o medo foi muito maior que das outras vezes, eu conseguia ver ela aqui.
Eu gritei em plenos pulmões, não conseguia parar, só queria que alguém me abrassace e me tirasse daqui. Meus gritos ecoaram por toda a casa, o que deixou papai possesso. Ele veio até aqui e me disse para parar, mas eu apenas não conseguia, eu sentia a presença dela ali, me lembrava de tudo. Eu não lembro o que papai fez mais eu apaguei e acordei no dia seguinte.
Quando saí do sótão naquele dia já era noite, Bailey me pediu desculpa pelo o que seu ato tinha me causado e eu apenas o desculpei como sempre faço. Eu sou o elo mais fraco, sou a mais fraca e sensível dos meus irmãos e sou a fraqueza deles, então papai usa isso contra eles.
— Sabina você está aqui? — escuto a voz de Bailey.
— estou, me tire daqui por favor! — meu choro se torna mais alto, eu só quero que me tirem daqui.
— papai não está em casa agora, você pode sair um pouco mas terá que voltar, Any preparou um pouco de comida pra você. — diz e sinto algo tocar meu ombro e grito — Ei, calma é apenas eu, não tem nada aqui.
— tenho mesmo que voltar? Eu tenho muito medo desse lugar Bailey! — digo e ele surpira pesadamente.
— vamos comer primeiro, depois pensamos nisso. — diz e eu apenas concordo já sabendo que esse lugar me espera novamente.
— fiz um pouco de sopa para você. — Any diz quando entramos na cozinha e eu forço um sorriso.
Ela pegou a comida e colocou na bancada para que eu comesse, mesmo não tendo comido direito ontem não estou com fome.
— que horas são? — pergunto, hoje infelizmente é sábado então não tem aula e nem escapatória do sótão, ficarei lá até a segunda de manhã.
— são 4:30 PM, o dia já está quase no fim. — Bailey diz tentando ser positivo.
— ainda falta um dia inteiro naquele lugar. — murmuro me encolhendo.
— papai vai trabalhar amanhã, então você pode sair. Agora coma antes que esfrie. — Any diz tocando meu rosto, ela de todos nós é a que mais lembra mamãe em tudo. Mesmo sendo como é Any me ama acima de tudo.
Quando terminei de comer fui até o banheiro e escovei os dentes para voltar ao sótão, só que dessa vez eu estava mais tranquila, Bailey havia me dado um comprimido para dormir então seria mais fácil.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The pilot 7 Urridalgo/ Sabinoah
FanfictionCorridas ilegais, drogas e tudo o que a de errado é o que define a vida do jovem Noah Urrea, ele tinha tudo para ser um jovem normal, mas, ele se sente atraído pelo perigo. Sabina Hidalgo é quieta e meiga, não costuma quebrar regras porque foi educa...