Capítulo 5

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Sabina Hidalgo
Malibu

Papai foi viajar hoje e deixou todas as recomendações como de costume, é raro que ele viaje a trabalho, mas, como ele foi um bom general as vezes ele é convidado para participar de missões ou ir para campos de treinamento. Uma das características dele é que papai não tem piedade do inimigo e por isso ele recebeu tantos prêmios de honra e mérito.

Como de costume Bailey já desapareceu pedindo que eu me cuidasse e não fizesse algo imprudente, o que é patético eu sei! Any vai ir para uma festa e como a boa irmã que é vai me levar junto.

Eu raramente saio de casa quando papai viaja, pois sei que ele consegue descobrir as coisas com extrema facilidade, porém como ainda sou menor de idade Any acha melhor me levar a uma festa cheia de drogas ilícitas e bebidas alcoólica a me deixar sozinha em casa.

Ela e Joalin não se vêem a alguns dias porque Any dedicou os dias dessa semana a mim e me sinto um pouco culpada por atrapalhar ela. Então resolvi que ir nessa festa seria a única escolha que eu podia fazer.

— Saby não aceite nenhuma bebida que te oferecem ok? As pessoas aqui não oferecem nada a ninguém sem segundas intenções. — Any diz pela milésima vez.

Estamos entrando numa mansão enorme onde é a festa, o lugar exala cheiro de álcool e drogas. Imagino o que aconteceria se a polícia viesse aqui.

— eu já entendi Any, não beber nada que me oferecerem. — repito o que ela disse e ela sorri.

— trazer você aqui não foi uma boa ideia — diz alto por causa da música alta — acho melhor irmos embora, tenho medo que algo aconteça a você. — diz preocupada.

— não vai acontecer nada, fica tranquila. — falo confiante, não vai acontecer nada não é?

— tudo bem, então, nós vamos sentar ali no bar, e quando quiser ir ao banheiro me chame não vá sozinha e se quiser dançar faça por perto. — diz me guiando até um banco.

— eu já entendi tudo Any, agora relaxe vai dar tudo certo. — falo me sentado e balanço os pés, o banco é bem alto.

— o que as moças vão querer para beber? — o barman pergunta com um grande sorriso.

— eu posso beber o que eu quiser? — pergunto me virando para a minha irmã.

— pode, só não exagera por favor. — diz e eu assinto sorrindo, faz tempo desde a última vez que eu ingeri qualquer tipo de álcool.

A primeira vez que eu bebi fiz coisas que não faria em sã consciência, a primeira delas foi acordar nua na cama do meu ex namorado, não me arrependo disso porém, queria que tivesse sido diferente.

— eu não sei o que escolher então me surpreenda, a propósito sou Sabina. — digo lhe oferecendo um sorriso gentil e ele retribui.

— sou Léo. E você o que quer beber?

— a bebida mais forte que tiver. — Any diz sorrindo forçada e Léo sai. — fique esperta com ele.

— ele pareceu gentil. — falo dando de ombros.

— Fernando também parece um bom pai! — retruca. — eu sei o que estou falando Sabina, não confie em ninguém aqui, nem mesmo em mulheres, a maioria aqui pode ser pior que homens. — talvez eu esteja me arrependo de ter vindo aqui.

— Não vou conversar com ninguém, ficarei aqui. — digo e ela assente.

A alguns minutos ou horas atrás Any desapareceu com Joalin, a mesma disse que ia ao banheiro mas ainda não voltou. E eu estou apenas me divertindo, essa é uma das melhores festa que eu já fui, Léo é um ótimo barman, até agora tem me servido as melhores bebidas.

— quantos anos você tem? — Léo pergunta colocando outro copo na minha frente.

— tenho 17 anos, mas vou fazer 18 eu acho. — falo um pouco confusa.

— não acredito que você é menor de idade e está bêbada. — diz e eu gargalho.

— pode ficar tranquilo que eu não estou bêbada! — afirmo — vou dançar um pouco você vem?

— não posso sair daqui, mas vou tentar ficar de olho em você. — diz como se algo fosse acontecer, bobo.

Vou para o meio da pista de dança e me movimento de acordo com as batidas da música. Não sei que música é mais é muito boa. Fecho os olhos e deixo que as batidas da música guie meu corpo, até que grandes mãos tocam minha cintura.

— eu te observei a noite toda, seu corpo é uma perdição! — diz me puxando para ele e eu tento me afastar.

— será que você pode me largar? Não me lembro de ter te dado autorização para tocar meu corpo! — digo furiosa.

— se fazendo de difícil é uma vadia mesmo! — diz grosseiro.

— me solte antes que eu faça um escândalo aqui. — falo já irritada.

— está tudo bem por aqui Sabina? — escuto a voz de Léo e sorrio.

— está tudo ótimo! — exclamo ao ver o cara tirar suas mãos de mim.

— não se preocupe que teremos outras oportunidades! — diz ao passar ao meu lado.

— não quero nem imaginar o que teria acontecido se eu não chegasse lá. — diz me puxando para o bar novamente. — sente-se aqui e não saia mais, este lugar está muito cheio e eu te perderia de vista com extrema facilidade.

— eu quero outro drink! — falo e ele nega.

— sua cota de álcool se encerrou para você! — afirma me trazendo um refrigerante e eu choramingo.

— você é muito ruim sabia? — ele sorri.

— e você já bebeu o suficiente, agora se quiser beber algo vai ser refrigerante, suco ou água. — e Any pensado que ele faria algo comigo.

— sem álcool para mim então, você é quem manda! — afirmo rindo, me sinto feliz agora.

— eu vou estar por aqui de olho em você e não aceite nada que te oferecem.— diz virando o líquido num copo e me estendendo.

Me viro para observar o que acontece a minha volta e todos parecem se divertir tanto, será que eles são como eu? Vivendo um momento de felicidade extrema que vai acabar mais rápido de que possa contar? Ou são sempre assim? Felizes ao extremo?

Me questiono isso sempre que vejo alguém feliz. Eu não consigo mais imaginar que exista alguem no mundo que seja realmente feliz. Pra mim as pessoas sempre usam uma máscara para esconder o que sentem de verdade.

— posso me sentar ao seu lado? — pergunta um homem e eu assinto. — sou Jordan e você? — pergunta me analisando.

— Sabina. — digo curta.

— está gostando da festa? — pergunta me encarando.

— estou me divertindo. — falo o olhando, ele é um homem bonito, porém eu passo, acho que não estou em condições para nada.

— nunca te vi por aqui.

— é a primeira vez que venho. - falo.

— devia vir mais vezes, o que não vai faltar nunca aqui e diversão para você! — diz sorrindo malicioso.

— Sabina eu vou buscar algumas bebidas e volto logo, não se esqueça do que eu disse! — assinto mesmo não lembrando do que ele disse.

— seu namorado? — indaga curioso.

— não, apenas um amigo. — falo e ele me estende seu copo. — o que tem aqui?

— nada demais. — diz e eu assinto, bebericando um pouco do líquido.

— isso é bom. — digo bebendo um pouco mais.

— sim, é ótimo! — diz com um sorriso nos lábios.

Jordan parece uma pessoa legal, conversamos por um tempo e ele me serviu mais alguns drinks. Léo tinha sumido, devia estar ocupado. Já eu estava nas nuvens, leve feito uma pena. Não sabia nem onde estava mais, tudo estava girando e confuso.

The pilot 7 Urridalgo/ Sabinoah Onde histórias criam vida. Descubra agora