O meu grande nada.

cap1

"Estou tentando causar uma boa impressão."

Dois anos antes.

Eu estava em uma festa, usando um vestido preto colado, um tênis all star, e uma jaqueta, você sabe, nunca fui de usar saltos.

Eu não tinha te visto ainda, eu estava em uns dos sofás que tinha lá, segurando uma garrafa bohmian, entediada.

Eu queria ir embora, harde.

Eu deveria ter ido.

- Tristan, vamos dançar! - Isabel, diz.

Isabel, era uma linda garota de cabelos dourados. Eu a conheci através de Alysson, sua irmã. Ela ainda não tinha escolhido o que fazer na faculdade, esta sempre sendo oprimida pela mãe, que quer que a filha seja médica, e não vai aceitar ela ser outra coisa, além de doutora.

- Não sei não, Isabel - eu disse dando um gole na minha cerveja. - Estou cansada, acho que já vou ir pra casa.

- Você não irá há lugar nenhum, Tristan! A festa acabou de começar, você sabe, que a gente precisa de um pouco de diversão. - alysson disse.... Animada? Não, bebada claro.

- Só mais um pouco então, tudo bem? Você sabe que eu não gosto de festas.

Elas insistiram pra mim dançar, mas só fiquei em pé ao lado das escadas daquela casa. Afinal eu não iria ir embora sem a alysson.

Taças e corpos suados por todo lado, mãos pro altos, gritos e beijos. A porta do lugar se abriu, e os garotos entraram, fazendo muita bagunça. Você estava lá também. Você se sentou, como se estivesse na sua casa, pegou uma cerveja que estava na mesinha, assim que você levou ela até a boca, você me olhou, e eu senti minhas pernas bambas por um momento, como se eu fosse cair ali mesmo. Você era tão hipnotizante, estava usando uma jaqueta preta e um tênis, com seu jeans folgado, seu cabelo estava levemente bagunçado, e aquilo te deu um ar de relaxado.

Maldito Harde Evans!

- Olá. - um cara disse interrompendo o meu transe, tampando a minha visão.

- Eu sei que você pode me ouvir. - o cara disse dando um sorriso de lado, aparentemente bebado.

- Olha, eu não tô interessada, okay? - eu disse

- Você é sempre assim? - o tal cara disse chegando mais perto, e pegando no meu braço.

- Cara, me deixa em paz, eu não tô afim! - eu disse já desconfortável e brava.

- Adoro as bravinhas. - ele disse tentando me beijar.

Eu senti uma mão forte me pegando, e apertando sobre o peito.

Era você.

- Cai fora! Não vê que ela está acompanhada?! - voce disse dando um olhar intimidador para o estranho.

Ele se assustou, ficou olhando a gente por alguns minutos, mas se afastou aos poucos indo embora.

- Eu estava me virando sozinha, não precisava disso. - eu disse se soltando do seu corpo, e por Deus harde, foi difícil eu me afastar de você.