Capítulo 8

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Anahi havia ficado branca e não me respondia nada, comecei a ficar preocupado no momento em que segurei suas mãos e percebi que estavam extremamente geladas, era só o que me faltava, pensei comigo mesmo.

Alfonso: Anahi, você está bem? - perguntei conseguindo sua atenção 

Anahi: sim, desculpa! - falou balançando a cabeça - eu só não contava com isso, com esse pedido - falou 

Alfonso: tudo bem, eu entendo se não quiser! - falei abaixando o olhar, mas ela apertou a minha mão e me ofereceu um sorriso 

Anahi: como fica Blair nisso tudo? - perguntou

Alfonso: não fica. Nós não temos nada sério, eu já coloquei um ponto final em tudo! - menti e Anahi me surpreendeu com um abraço e falou baixo o que eu precisava ouvir naquele momento

Anahi: então eu aceito!

Segurei o rosto de Anahi entre as minhas mãos e selei nossos lábios, a boca dela era macia e tinha um gostinho delicioso de melancia, tentei iniciar um beijo calmo, mas Anahi ficou parada, não fazia nada e percebi que algo estava errado

Alfonso: o que foi? - perguntei acariciando seu rosto que estava vermelho

Anahi: bem, talvez seja um tanto estranho, afinal eu já tenho 17 anos, mas eu nunca beijei - abaixou a cabeça e caramba, ela é mais inocente do que eu podia imaginar

Alfonso: tudo bem, não tem nada de estranho nisso, fico feliz em ser o primeiro - sorri pra ela - eu te ensino, se você quiser. 

Anahi balançou a cabeça fazendo sinal positivo para mim e eu novamente me aproximei dos seus lábios rosados, lhe dei um selinho demorado e lentamente comecei a abrir a boca e movimentar a mesma, ela repetia os meus movimentos, até que forcei minha língua contra a sua boca, recebendo passagem para a mesma, Anahi não demorou a pegar o ritmo e nossas bocas se encaixavam muito bem, logo ela estava beijando como se soubesse fazer isso há anos e confesso que me perdi em seus lábios até que o ar nos faltasse

Alfonso: parece que temos por aqui uma beijoqueira - falei puxando Anahi para que pudesse se recostar nos meus braços

Anahi: e um ótimo professor!

.

Semanas se passaram e eu conseguia avançar cada vez mais com Anahi. Inicialmente achei que me envolver com ela fosse ser um tédio, mas ela é uma garota interessante e sua boca é maravilhosa, nessa altura do campeonato tudo que eu precisava era conseguir transar com ela e chegar a formatura com tudo pronto para apenas pegar minha grana, mas eu sempre sentia um nó na garganta só de pensar nesse dia. 

Ucker: você ouviu o que eu disse? - perguntou jogando uma almofada em mim 

Alfonso: não, o que você disse? - perguntei vestindo a camisa que estava em minhas mãos

Ucker: que você está indo muito bem nessa aposta, agora que todo mundo já sabe que estão juntos, basta apenas tirar a virgindade dela e pronto, porque se ela nunca tinha beijado com certeza nunca deve ter dado aquela boc... - voeei em cima de Ucker e segurei o mesmo pela camisa

Alfonso: não ouse terminar! - eu era mais forte que ele, eu me garantiria em uma briga sem problema e ele sabia, por isso apenas concordou e eu o soltei

Ucker: não sabia que você tinha virado defensor dela - falou ajeitando a camisa 

Alfonso: eu não virei - falei alto

Ucker: não é o que parece.

DOIS MESES DEPOIS...

Dois meses haviam se passado, eu estava ficando paranoico com tudo isso de aposta, tinha pesadelos a noite e em todos eles Anahi aparecia chorando, eu acordava desesperado e tudo estava sempre em ordem, mas dentro da minha cabeça o medo era constante e eu sabia exatamente o porque. 

Namorar com Anahi ia muito além de beijar sua boca gostosa, fazíamos coisas que todo casal normal faz e eu nunca tinha parado pra apreciar isso tudo, sempre estava ocupado demais enfiando meu pau em alguma menina por ai em busca de um alivio que com Anahi vem da forma mais natural possível.

Tudo com ela era tão bom e simples, sem complicações. Em diversos momentos eu até me esqueci de que estava namorando-a por conta de uma aposta, porque eu realmente estava gostando de todos os momentos que passavamos juntos

Anahi: no que você está pensando? - perguntou enquanto acariciava os meus cabelos. Eu estava deitado em seu colo no lugar que encontramos para chamar de nosso refúgio, o salão desativado.

Alfonso: falta pouco para a formatura agora, semana que vem apresentaremos o projeto, logo vem as provas, o baile e junto disso, o fim - falei  perdido em pensamentos

Anahi: o fim? - perguntou me encarando - você acha que não conseguiremos manter um relacionamento depois de estarmos na universidade? 

Alfonso: não, não é isso, meu anjo. É besteira minha, mas não foi isso que eu quis dizer! - suspirei - bem, você sabe que minha vida fora desse colégio não é nada fácil e se eu não conseguir a bolsa pra medicina, não sei o que vou fazer - respondi sincero, esse era outro medo que me aterrorizava

Anahi: nós estamos trabalhando pra isso enquanto passamos horas estudando, você vai conseguir, nós vamos! - falou e depositou um beijo em minha testa

Alfonso: Anahi... - chamei para que ela pudesse me olhar

Anahi: sim - me encarou com aquele oceano que ela carregava em seus olhos

Alfonso: eu amo você! - confessei porque eu sentia uma necessidade enorme de dizer aquelas palavras 

Anahi: eu também amo você, muito mesmo! - me abraçou apertado e ficamos ali trocando carinhos.

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QUATRO MESES E MEIO DEPOIS...

Eu vivia feliz e com medo, o que começou como brincadeira, havia deixado de ser há tempos. Eu realmente amo, Anahi e todo dia sentia medo de perde-la, principalmente porque nas últimas semanas, Blair havia começado a me ameaçar sobre contar tudo 

Blair: Alfonso, eu não estou brincando - falou acariciando meu peitoral 

Alfonso: Blair, melhor conversarmos lá fora, aqui não é o melhor local, estou sem camisa - tentei negociar

Blair: eu sempre te vi pelado, Alfonso e eu não vou sair daqui - se aproximou e colocou a mão no meu pau 

Alfonso: Blair... - suspirei - 

Blair: quanto tempo, Alfonso? Quanto tempo você não goza gostoso? Me diz - Blair me masturbava e sussurrava em meu ouvido, por um mísero momento eu desfrutei daquele prazer, mas assim que o Anahi apareceu em minha mente chorando como sempre fazia nos pesadelos, eu empurrei Blair

Alfonso: eu não quero, Blair. - falei me afastando - é melhor você dar o fora daqui!

Blair: então não diga que eu não te avisei. 





De volta ao Lar - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora