Por algumas semanas, em meados de agosto, foi assim que aconteceu. E em algum lugar no meio de aventuras de fim de semana com Draco e Teddy, almoços um a um, pilhas de cartas e mais algumas entregas surpresa de comida, Harry se apaixonou completamente e loucamente.
O que era brilhante.
Mas também era assustador. Talvez até um pouco terrível
O final de agosto estava se aproximando rapidamente, e mesmo que ele tivesse encontrado uma felicidade brilhante e incrível neste novo relacionamento com Draco, ainda a dor sombria e crescente da partida de Teddy lascou-se nas partes esfarrapadas e quebradas dentro dele. Todos os dias, ele pensava nisso. Todos os dias, ele se preocupava. A presença de Draco em sua vida não tornava a partida de Teddy mais fácil de suportar. Ainda assim, Harry temia, no fundo, que quando Teddy fosse embora, ele escorregaria. Ele perderia seu senso de propósito, perderia a pessoa que mais amava e, com isso, perderia a si mesmo. A cada dia, a menos que estivesse com Draco ou Teddy ou seus amigos, ele lutava para se lembrar de comer. A cada dia, nos momentos em que estava sozinho, sentia a dor do vazio oco dentro de si. A cada dia, ele sabia que pioraria no dia primeiro de setembro. As partes escurar dele iriam se esgueirar. As partes indesejáveis. As partes quebradas.
Draco era incrível, mas ele não conseguia afastar essas partes e bani-las completamente. Ninguém conseguia.
Então, embora cada momento que Harry passou com Draco fosse perfeito e feliz, ele sabia que não iria durar. Assim não. Não sem intervenção e honestidade.
Harry queria que durasse.
E mais do que isso, Draco lhe deu esperança. Ele sabia que Draco não podia consertar o que havia de errado com ele, não podia consertar os pedaços quebrados e apodrecidos que a floresta tirou dele. Mas ele fazia Harry querer ser melhor, se esforçar mais, cuidar de si mesmo. A esperança de um futuro com Draco o fazia sentir que talvez ele realmente tivesse um futuro. Como se talvez ele escorregasse e desabasse quando Teddy fosse embora, mas o amor de Draco o faria querer lutar mais para se segurar.
Eles precisavam conversar. Se eles fossem durar, se isso fosse real e profundo, se esse relacionamente sobreviveria ao tempo sombrio que inevitavelmente se aproximava, então Draco precisava saber. Para que ele pudesse se preparar.
E então ele poderia ir embora, antes que ficasse muito intenso, se isso fosse o que ele queria.
Deus, Harry esperava que não fosse o que ele queria. Ele esperava que Draco pudesse lidar com a escuridão nele. Mas era tanta, uma escuridão profunda e cegante, e Harry nunca foi capaz de compartilhá-la por medo de afastar as pessoas. Frequentemente, a ponta aguda disso afastava as pessoas. Outros amantes vislumbraram a superfície disso e pensaram que até isso o tornava desagradável, não valia e pena.
Draco era mais forte. Draco o amava.
Ele só esperava que ainda o amasse depois de saber de tudo. E Harry queria dizer tudo. Porque se esse relacionamente iria sobreviver, se Harry iria sobreviver, ele não poderia ser dar ao luxo de ser emocionalmente fechado. Ele tinha que contar a Draco sobre a floresta.
***
Sexta-feira à noite depois do trabalho, Draco entrou na casa de Harry através do Flú com um poço de ansiedade em seu estômago. Algo estava errado. Seus instintos veela podiam sentir que algo estava incomodando Harry, perturbando-o, assustando-o. Mesmo sem isso, quando Harry pediu que ele viesse conversar, ele parecia nervoso e mal-humorado. Milhares de possibilidades passaram pela mente de Draco.
Quando ele viu o rosto pálido de Harry, as olheiras sob seus olhos assombrados, ele temeu o pior. "O que há de errado?"
"Nada. Está tudo bem. Eu só preciso falar com você."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sopa-pocalipse e o Grande Cataclismo de Curry
FanfictionOnze anos após a guerra, Draco Malfoy leva uma vida tranquila, entediante e perfeitamente respeitável, muito obrigado. Ou, pelo menos ele levava, até um repentino e inesperado veela fazer ele jogar sopa em cima de Harry Potter no meio do refeitório...