Capítulo 12

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    Aos poucos os soluços foram cessando e o restava era um vestindo com a saia amassada,olhos vermelhos e inchados e um rosto manchado pelas lágrimas,já fazia algum tempo quando a criada havia partido com intuito de chamar lady Roger e seu tio,se levantando do chão e indo em direção a porta foi rapidamente surpreendida por jhon que acompanhado de dois criados que começaram imediatamente a carregar para fora a bagagem,quando ambos ficaram a sós ele lhe disse sem pressas.

         - Se ainda está a espera da criada e melhor desistir,eu a proibi que chamasse lady Roger e seu tio,agora e uma mulher casada,e não compartilhara nossas desavenças como uma criança mimada,milady está proibida de agir de tal modo.- lhe disse com os olhos queimando em fogo azul.- antes que diga algo,isto é uma ordem e não aceitarei a ser questionado,quando a aprender a ser mas civilizada conversaremos.

         - Te odeio!te odeio com todas as minhas forças.- disse ao fuzi-lo com o olhar.

           - Parabéns para nós!- disse ele com um sorriso sinico ao se aproximar dela com apenas alguns passos.- neste momento também não morro de amores por milady.- com isso seguro o queixo da esposa levantando-o de modo a fazê-la encara-lo.- a propósito a gravidez lhe fez muito bem,está muito mas voluposa que antes,sem dúvida será um prazer tê-la a meu lado ainda por muitos invernos.- a viu corar e se afastar do marido dizendo.

       - Não porá as mãos em mim nunca mas!- Sorrindo ele caminhou até a porta dizendo.

           - É o que veremos!- enquanto uma criada passava pelo corredor disse.- ajude lady Griffths a se trocar.

        
           A despedida foi mas dolorosa que podia imaginar,a dor era tão grande que parecia que seu coração iria explodir,se agarrou ao tio e se recusou a partir,mas o inevitável já havia acontecido,não era dona de si mesma,era casada e agora pertencia ao seu odioso marido,tudo o que viveram havia evaporado,só o que restava era o ódio entre eles,pedia a Deus que a ajudasse a suporta-lo pelo bem do filho que unia a ambos,massageou o ventre agora confortável no elegante vestido de cintura alta,essa pessoinha que crescia dentro de si para ela era seu porto seguro,seria seu sol em dias de intenso inverno,traria sorriso aos seus lábios em tempos de crise,como agora,sorriu ao sentir um movimento repentino no ventre,se assustou quando jhon pos uma mão delicadamente em sua barriga.

       - Está agitado não?acalme-se ele sente o que você sente.- massageou com os dedos no exato local onde o bebê mexeu.

        - pode ser uma menina!-disse quebrando o silêncio que se estendeu.

        - A amaremos mesmo assim!- disse ele,foi a primeira vez em muitos meses que ele demonstrou afeto e interesse por algo,e continuou acariciando a barriga da esposa,talvez a convivência não fosse tão insuportável como imaginava.

             A viagem se seguiu por longas horas,e o vento frio do início do inverno era cortante de mas,mesmo bem agasalhada o sentia nos ossos cada lufada de vento frio a cada parada para troca de cavalos,ela mesma havia insistido para não pararem em uma instalagem,agora se arrependia pos suas costas e o constante sacolejar pela estrada esburacada faziam com que tudo piorasse ainda mas.

       - Deviamos ter parado para repousar na primeira instalagem que passamos!- reclamou jhon,era a milésima vez que dizia isto.- no seu atual estado não e bom que se exponha a muito esforço.

       - Estou bem jhon!estou grávida e não aleijada!

        - Mas é do meu filho que estamos falando!não seja irresponsável.- disse ele revidando.- passaremos a noite na próxima instalagem,está decidido.

          - Nosso filho!- disse em tom sarcástico,quase esquecendo a rivalidade entre eles.- não e irresponsabilidade,quero apenas que cheguemos o mas depressa possível.

           - faremos uma parada para o jantar e passaremos a noite,amanhã de manhã sairemos bem cedo e dentro de algumas horas chegaremos em casa.- disse ele ao olhar pela janela da carruagem o dia que se findava.

            Ó lugar onde pararam para passar a noite,não era o mas luxuoso,no mínimo tinha uma refeição descente e lençóis de cama desbotados mas limpos que cheiravam a lavanda.

      - A pousada está lotada!não se tem mas quartos disponíveis!- disse jhon ao voltar.- teremos que dividir este ou um de nós pode dormir nos estábulos.

         - Tudo bem!A cama e espaçosa o suficiente para nós dois.- disse nervosa ao lembrar que essa poderia ser a lua de mel deles,e poderiam voltar ao risco de voltarem a fazer amor como da primeira vez,um arrepio correu por seu corpo no momento em que ele retirou a gravata e desatou alguns botões da camisa muito branca,no canto do pequeno quarto uma banheira de madeira parecia convida-la a um banho.

       - Pedi que trouxessem água para seu banho!- disse ele no exato momento que as criadas traziam a água.

       - Obrigado!foi só o que conseguiu dizer,logo que as criadas saíram.

         - descerei para pedir o jantar!voltarei daqui a alguns minutos,tempo suficiente para que se refresque.- ela olhou nos olhos do marido que parecia inquieto de mas.- baterei na porta quando voltar.- imediatamente ele saiu fechando a porta.

Narrado por Jhon Griffths

Não poderia dar o braço a torcer,tinha de resusti-la,havia tentado de todas as formas feri-la,pós o ódio da esposa seria mas fácil de suportar do que seus encantos que o faziam perder a cabeça,fazia das tripas coração,pós o desejo que sentia ao imagina-la tirando cada peça de roupa e mergulhando na banheira,fazia seu corpo excitado doer pela insatisfação,havia planejado tanta coisa que duvidava muito que no exato momento Copeland devia estar se revirando no túmulo,não havia feito nada para vingar a morte do amigo,tinha conseguido mas problemas para si ao desflorar a jovem e ser pego no ato,agora havia se casado com ela e se encontrava em complicada situação ao não poder conter o desejo por ela,como um jovem tolo se viu imaginando mil coisas que para o jhon Griffths de antes soaria como tolisses.
          Seria pai,sorriu desconfortável quando sentiu uma onde de um sentimento nunca antes sentido brotar em seu coração,como poderia fazer mal a mulher que carregava seu filho no ventre,seria um monstro se a usasse para seus propósitos maléficos,talvez quisesse pensar que ela nada tinha haver com a morte de Copeland,seria uma bênção se não tivesse,mas não era o que a investigação dizia,a alguns meses atrás ouvira falar que o barão de Rothesay embarcaria juntamente com o professor no dia anterior,makenze quase reunira todas as provas para que mandasse o tal professor para a cadeia,mesmo tendo se aparentado com o mesmo,pagaria uma boa quantia para que tudo fosse feito em total sigilo,Abigail não precisava saber,afinal logo estaria com preocupações com o filho deles e não teria tempo de procurar o velho professor.

     

         

       

Um convite ao pecado ( livro 2 ) Série os GriffithsOnde histórias criam vida. Descubra agora