#16

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Chloe não via Lucifer e Maze há pelo menos 3 dias. Depois de toda história de proteção e do inferno, Chloe sofreu vários colapsos. Saber a verdade e ainda a ver em sonhos/memórias não estava a ajudar. Ela sabia mais a cada noite, ela podia ver como Lucifer a protegeu. Sobre abrigar um demónio Chloe não tinha tanta a certeza... ela quase podia sentir a dor das suas visões, sentir onde eles marcaram a sua alma. A tortura e dor de todo o processo estava a mexer com ela. Mesmo assim podia dizer que estava a levar a situação bastante bem.

Ela sabia que Lucifer ou Maze se escondiam nas sombras, mesmo que ela não os visse. Olhando tudo o que se passava na sua vida para a manter segura como Deus queria. Ela era de facto um milagre e esse era o pensamento mais louco com que ela tinha de lidar, ela não se sente um milagre. Era mais fácil acreditar no diabo e no demónio, do que em Chloe Jane Decker, uma humana muito chata, ser de alguma maneira especial. Ela deveria ser o quê?

Nessa tarde quando ela saiu do trabalho desviou o seu caminho para Lux. Lucifer falou-lhe que estaria pronto em breve e ele estaria por lá de certeza. Afinal onde mais ele podia estar já que não estava bem ao seu lado?

Ela entrou no prédio sem grande dificuldade. O espaço era de facto incrível e vários trabalhadores ocupavam o local. De alguma maneira um flash de demónios no arquivo do inferno surgiu na sua mente. Ela afastou a sua mente que tendia a divagar nessas memórias e olhou atentamente pelo espaço. Vários homens pavimentando o que seria uma pista de dança, alguns cuidavam da parte elétrica e iluminação. Nenhum Lucifer por perto. Alguns trabalhadores passaram por ela a caminho de uma pausa para fumar no exterior. Numa intervenção rápida e precisa ela ficou a saber que tinha de usar o elevador para o último andar.

Ela pressionou o botão e em pouco mais de 30 segundos as portas abriram. Revelando o interior luxuoso de tons dourados e acastanhados. Ela entrou e pressionou o último botão. Sem um sistema de segurança seria fácil para qualquer um entrar... mas quem se atreveria a encarar o diabo? As portas fecharam e ela sentiu-se num ambiente completamente diferente. A sua ansiedade tomando conta dela para o que seria uma conversa interessante. As portas abriram com o som característico e lá estava ele. De olhos nela de robe aberto e calças de seda arrumava livros numa estante.

"Detetive!" Ele diz animado, mas ainda reticente.

"Lucifer!" Ela dá um pequeno sorriso apenas educado.

"Uma bebida?" Ele caminha bem na frente dela para o bar que ela ainda não tinha reparado. Cheio de garrafas e copos de cristal caros.

"Eu estou bem, obrigado." Ela estava prestes a avançar quando vê uma mulher vindo de outra área. Ela parecia realmente bonita e sexy. Do nada uma onda de ciúme deixou-a calada, apenas observando a cena se desenrolar à sua frente. A mulher não podia ser mais clara... só faltava uma placa ao pescoço a dizer que teve a melhor tarde de sexo da sua vida. Isso irritou a loira ainda mais, ela apenas revirou os olhos enquanto a morena se despediu do Lucifer e entrou no elevador que ela deixou. "Afinal não estavas sozinho..."

"A Jane? Nada significante, mas foi agradável."

Chloe não se incomodou com o nome familiar. "Então foi só sexo?"

Ele riu. "Apenas um desejo que podia satisfazer detetive. Porquê?" Ele olhou nos olhos dela. Não parecia significar nada.

"Só pensei que estavas sozinho então... bem eu... pensei que me poderias ajudar num caso." Ela muda de assunto.

"Um caso?" Ele olhou para ela com estranheza. "De certeza que está tudo bem Chloe?"

Quando ele usava o seu nome mexe com os seus sentimentos. "Uhum... um caso." Na verdade, ela sentia falta da sua parvoíce e falta de noção da realidade terrestre. Ela gosta dele... mesmo sem saber o que isso implica.

A RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora