False comfort;

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[Voltando com o angst soukoku neah?😌 Boa leitura!! ]

A porta atrás do Nakahara bateu com um zumbido alto, estava tão cansado e esgotado que tinha certeza que assim que se jogasse na cama dormiria por longas horas

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A porta atrás do Nakahara bateu com um zumbido alto, estava tão cansado e esgotado que tinha certeza que assim que se jogasse na cama dormiria por longas horas.

Não, antes disso, tinha que fazer o que costumava relaxar seus músculos tensionados, um banho quente na sua banheira enorme com muitos sais e óleos de banhos, e oh Deus, até o cheiro de rosas (muitas vezes enjoativo) lhe faria bem.

Mas o sentimento de conforto abaixo daquele teto esvaiu-se assim que abriu a porta do seu quarto e havia malas jogadas por cima da cama e um Dazai jogando tudo que fosse seu ali dentro.

— Desculpa, eu já vou sair. — É a única coisa que Osamu diz, sem sequer virar-se para olhar o ruivo.

Aquilo doeu, mas dentre todos os acontecimentos que estavam acontecendo naquelas curtas horas, Chuuya nem se importava mais.

Não havia mais lágrima alguma pra derramar e, mesmo que houvesse, choraria sozinho.

— Não tem pressa… — O menor responde com um sussurro, olhando algumas malas já fechadas e outras ainda abertas.

Dazai nunca teve tantas roupas, então com certeza ele estava arrumando tudo para não ter mais que pôr os pés ali. Havia tantos livros, tantos quadros das suas matérias importantes para o jornal… Até mesmo presentes seus estavam ali o que lhe fez sentir menos pior, mas fôra um sentimento mínimo se comparado com o resto.

— Eu saio amanhã de manhã eu… Estou cansado, mas eu durmo na sala de novo, não tem problema. — Ele diz, fechando o que aparentemente era a única mala com roupas, parecia tentado a puxar qualquer assunto, mas era nítido o quanto se segurava a não se render a isso.

Chuuya não o culpava, qualquer um teria todo o direito de se sentir imensamente traído.

— O que nós… — Nakahara engoliu em seco, dizer o que ele queria perguntar era como engolir uma bola de espinhos. — Vamos dizer sobre a separação? Eu não quero que…

— É eu sei… Você não quer que as pessoas saibam que na noite é um assassino. — Osamu debochou, sorrindo sarcástico enquanto jogava uma mala no chão, puxando a alça para que usasse as rodas dela. O ruivo murchou com a fala do outro que não pareceu dar a mínima com o comportamento dele. — Eu não sei, eu não tive cabeça pra pensar nisso ainda.

E então deu de ombros, pegando uma mala de mão e passando pelo ex, mais uma vez sem encarar os profundos e escuros olhos azuis.

Nakahara se sentia tão perdido, seu cerne tinha vontade de gritar e sair quebrando tudo que visse pela frente, tinha uma imensa vontade de obrigar Dazai a lhe ouvir cada palavra até que o mesmo lhe perdoasse, mas não podia.

Era tóxico e egoísta da sua parte e mesmo nessa situação caótica Chuuya jamais machucaria o homem que ainda ama.

Ou será que machucaria?

Dangerous Love;Onde histórias criam vida. Descubra agora