Quando se formou na faculdade de jornalismo, Osamu Dazai jurou a si mesmo que sempre daria o seu máximo por uma notícia que salvaria pessoas, independente de sua vida estar em jogo atrás da fonte verdadeira ou não. Nakahara Chuuya, seu namorado apre...
Vou deixar notas e agradecimentos pro final e mais alguns informativos sobre próximos projetos e afins 🤭 boa leitura
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Chuuya estava sem palavras. Seus ombros queriam se sacudir e sua mente trabalhava fervorosamente para lutar, ir contra, dizer que ele não devia amenizar aquela situação daquele jeito, mas aquilo era a mais pura verdade. Como ele censuraria alguém que está disposto a entender o que de verdade aconteceu consigo?
Ele engoliu em seco, procurando algo para escapar mas sem conseguir realmente achar uma válvula, sem ter ao que se agarrar.
— Você não deveria saber dessas coisas… — Ele sorriu amargamente, secando a bochecha e fungando, escondendo-se. — Eu não queria que você soubesse dessas coisas. — Chuuya falava da maneira mais suave que conseguia, se inclinando silenciosamente para Osamu, engolindo a saliva quando sua bochecha encostou o ombro dele. — Eu queria parecer forte para você, não alguém remendado… — murmurou, encolhendo-se cada vez mais, até que em certo momento, suas pernas estavam entre seus braços e ele se abraçava.
— Isso não faz de você alguém fraco… se fosse assim, eu também não seria alguém forte, não é? — Essa afirmação o fez apertar o nariz e engolir.
A verdade é que nenhum dos dois era firme o suficiente para o que estava por vir, nenhum dos dois conseguiria lidar emocionalmente com tamanha desgraça. Osamu não estava pronto para ver de frente Chuuya agir como um mafioso, e Chuuya não estava pronto para deixar que Dazai fosse embora. Nenhum deles servia para manter um relacionamento às mil maravilhas, mesmo que estivessem tentando desde o começo e conseguindo por meio de muito carinho e amor.
Eles ainda não estavam preparados para se encarar em um momento tão vulnerável de seus corações, mas o que mais eles podiam fazer?
— Cale a boca, idiota. — O muxoxo irritado veio do ruivo que escondia o rosto entre os joelhos, claro que Osamu era forte, Chuuya jamais iria contra essa ideia.
O Nakahara estava irritado, até a mão de Dazai escorregar para a sua e a apertar sutilmente, levando-a para perto da boca e deixando sobre a costa dela um leve beijo, ele até diria que foi casto. Mas foi o suficiente para fazer o ruivo rachar e quebrar, arrastando Dazai consigo.
— Eu queria tanto te contar… — A voz de Chuuya estava estilhaçada, fazendo o coração de Osamu bombear seu sangue com mais força, incitando-o a acalmá-lo. — Mas eu não queria acabar nessa situação com você…
Dazai o agarrou. Não era um abraço qualquer, muito menos algo simples, era um agarre firme. Mantendo Chuuya em seu colo, enquanto murmurava para que ele se acalmasse. Seu peito doía de tão rápido que seu coração estava batendo, ele parecia querer sair de sua caixa torácica, e ali ele reconhecia três coisas: raiva, culpa e compreensão. Ele entendia Chuuya, o medo de contar e ser censurado, de abrir a boca e receber insulto atrás de insulto como resposta, porque querendo ou não, foi apenas isso o que ele recebeu após a descoberta de Dazai. Por isso agora ele sentia raiva e culpa, raiva de si mesmo por não ter ao menos tentando ouvir o lado dele e a culpa constante por tê-lo deixado sozinho.
