Quando se formou na faculdade de jornalismo, Osamu Dazai jurou a si mesmo que sempre daria o seu máximo por uma notícia que salvaria pessoas, independente de sua vida estar em jogo atrás da fonte verdadeira ou não. Nakahara Chuuya, seu namorado apre...
Penúltimo capítulo minha gente, aí tenho nem palavras 😔👉👈
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Era uma sensação morna, nostálgica, Dazai sentia falta, ele realmente sentia.
Mas não era os lábios macios de quem queria, não eram as mãos lhe puxando sedento, não havia carinho e amor, não era burro para saber que era um beijo com segundas intenções e apesar de não se importar de talvez se afundar com outro alguém apenas por mágoa, ainda sim, sentia que era trair a si mesmo.
Foram palmas em batidas suaves no peitoral do platinado, o afastando com necessidade, um fio de saliva conectando seus ambos lábios ainda. Seus olhos arregalados e trêmulos mirando os amarelados do russo.
— Desculpa, é muito cedo pra mim ainda… — falou virando o rosto pro lado, as mãos de Nikolai saindo da sua cabeça e cintura, em sinal de respeito ao que sentia.
— Perdão Dazai-kun… — Gogol falou suave, sorrindo de canto e pondo uma mecha atrás da orelha do moreno.
Um nó se formou na garganta de Osamu, era um ato que Chuuya amava fazer em si seguido de um beijo em sua testa e bochecha.
— Quer eu vá embora? — o russo volta a falar, tirando suas mãos do contato do corpo que tinha com o moreno, imaginando só agora que isso o deixava desconcertado.
Dazai engoliu em seco, ficar sozinho era se afundar no próprio poço depressivo, os pensamentos obsessivos lhe dominando cada vez mais, a presença de qualquer um ali lhe aliviava dessa sensação, mas sabia que mais uma doses de álcool acabaria indo para a cama com aquele homem de brilhantes olhos dourados e cabelos brancos, por isso, balançou timidamente a cabeça em concordância.
O sorriso era forçado, o moreno percebeu isso, mas a essa altura da sua rotina, magoar ou não outro alguém era sua última preocupação. A porta se fechou com um único baque e Osamu a mirou por um tempo, estando de costas na sacada, não fazendo ideia que estava na mira perfeita de Chuuya que não tinha intenção alguma de atirar.
O ruivo mentiria se não dissesse que se sentiu um pouco melhor quando viu o outro se afastar de Gogol e ir embora logo em seguida.
Significava que estava pensando em si ainda?
Dazai mirou a porta por longos minutos, estático, a cidade já era tomada pelo luar e as luzes públicas já eram acesas, o pôr do sol lindo que gostava de apreciar com Nakahara não foi sequer um segundo visto, se dando conta da realidade com uma buzina logo abaixo.
Não precisou pensar duas vezes, não queria pensar, pegou apenas um casaco em mãos e o que o ruivo deduziu ser sua carteira e saiu pela mesma porta.
Assim como ele, Chuuya não pensou duas vezes antes de repetir o ato e ir atrás dele com seu carro preto do qual o próprio não fazia ideia da existência.
(...)
O mafioso foi discreto em seguir Osamu, não que precisasse de um enorme esforço para isso pois o moreno estava disperso e talvez seu único foco fosse a estrada à sua frente e não um ex namorado lhe perseguindo. Bom, si próprio deixou que escorresse entre os dedos qualquer sentimento de que estava sendo invasivo e obsessivo quando se deu conta da área que o moreno havia se metido, não o leve a mal, Chuuya o defenderia com unhas e dentes, mas o seu estômago se revirou com ele estacionando em um bar em meio a território da máfia.
