Capítulo 3

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Suavemente, eu deixo minha cabeça recostar contra o braço da cadeira.

Lentamente adormeço.

A poltrona de veludo envolve totalmente meu corpo. O livro, ainda no meu como está ficando mais leve. E de repente sinto uma presença estranha no quarto... Não estou mais sozinha!

Abro meus olhos instintivamente.

Através de meus cílios vejo a silhueta de um homem a poucos passos de mim. Alto e esbelto, sua aparência é imponente. No entanto ele não me inspira medo.

O quarto está com tão pouca luz que não consigo ver seu rosto, mas sinto que ele não tem nada a ver com o homem do meu pesadelo.

Eu engulo minha saliva e me preparo para dizer alguma coisa, mas som nenhum sai da minha boca.

Quero virar para trás e vê-lo melhor mas meu corpo não parece não querer me obedecer. Como quando eu queria falar e nenhum som saiu da minha boca.

Sinto as mãos do homem descansando suavemente nos meus ombros. Elas são mãos fortes, firmes... Seu contato é calmante e eu relaxo.

Eu nem mesmo tento resistir a esse toque suave e deixo-me levar pela doçura do momento.

As mãos do homem deslizam sobre meus ombros e os massageia levemente, o que é uma delícia.

Um leve golpe de ar frio passa por mim e percebo que está surpreendentemente frio desde que ele entrou no quarto.

Como se o homem atrás de mim adivinhasse, sinto o cobertor sendo puxado para cima de mim

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Como se o homem atrás de mim adivinhasse, sinto o cobertor sendo puxado para cima de mim.

Macio e fofo ele cobre o meu corpo me aquecendo. Eu posso vagarosamente sentir o calor voltando.

Não quero admitir, mas eu gostaria que esse estranho continuasse cuidando de mim.

Ele passa as mãos pelo meu cabelo antes de voltar para os meus ombros. E continuo relaxando em sua presença.

Sua mão volta para o meu cabelo e é como se todo o meu corpo começasse a tremer e vibrar. Eu posso sentir o poder do seu toque, até mesmo nas minhas pernas. Essa massagem hipnótica continua e mergulho em um torpor contra o qual não posso lutar.

Normalmente sou sensível. Eu dificilmente me deixo levar assim... Especialmente sem saber com quem estou lidando.

Penso em me virar para ver seu rosto mas prefiro manter o mistério.

Me pergunto se não estou tendo outro sonho. Desde quando as pessoas aparecem no meio da noite e massageiam seus ombros? É loucura!

Eu estou perdida em meus pensamentos, quando um barulho repentino me faz dar um pulo e voltar a realidade.

Enquanto examino o quarto não vejo ninguém. Estou sozinha no quarto como se nada tivesse acontecido.

O que isso significa? Foi apenas um sonho?

Pensando em tudo novamente me faz estremecer, antes de perceber que estou com um cobertor nos meus ombros.

Não foi um sonho mas onde está o homem que me cobriu? Ele estava aqui, eu sei disso.

Eu coloco o cobertor de volta na poltrona ao lado do livro sobre lobisomens, antes de me levantar para voltar ao meu quarto.

Não posso mais ficar aqui. Não quero que ninguém saiba que passei a noite no quarto do Nicolae.

Mas quando chego mais perto da porta, ouço de novo o barulho, muito rápido, mas é real, logo atrás. Desta vez, eu tenho certeza, tem alguém aqui.

— Quem está aí?— minha voz falha quando pergunto.

ninguém responde. Talvez eu não tenha falado alto o suficiente. Eu tento de novo tentando me convencer de que isso é normal.

Ainda sem resposta. Eu posso sentir o medo crescendo em mim.

Não tenha medo Jade, está tudo bem!

novamente ouço um barulho, logo atrás da porta e quase pulo.

— Quem... Quem está aí?

Eu vejo a maçaneta se mover e tremo.

A porta se abre devagar e fico quase segura quando reconheço a silhueta do Drogo vindo em minha direção.

Eu observo com certa apreensão. O olhar que ele me lança me deixa desconfortável.

E não desvio o olhar do seu, eu não estou com medo, é só o Drogo, o irmão da Lorie. Nada que me preocupar.

— Então, coitadinha, você está brincando de detetive quando todo mundo está dormindo? Você sabe o que dizem certo? "A curiosidade matou o gato".

Ele entra no quarto de Nicolae e se aproxima de mim. Neste momento, ele quase me assusta.

— Não é nada disso que você está pensando... Eu só vim aqui porque ouvi diversos barulhos.

— Ah, certo, e então a coitadinha pensou em vir e ver por conta própria... Como eu disse, curiosa.

Eu não gosto do seu tom presunçoso e acusador, decido falar umas verdades para ele.

— Acredite ou não, eu ouvi ruídos que me acordaram, eu os ouvi do meu quarto.

— Enquanto isso, você me acordou.

Eu ergo minhas sobrancelhas. Agora ele está exagerando. Tenho certeza de que foi silenciosa como um rato.

— Na verdade, eu acho que você não estava dormindo, acho que estava me espionando.

Eu mal terminei de falar e drogo começa rir histericamente.

É o cruze os braços vagamente irritada. eu sinceramente não vejo o que é tão engraçado.

Olhar que ele me dar é tão presunçoso que sinto a necessidade dizer alguma coisa.

— Ninguém nunca te disse o quanto isso é feio?

— Alguém já te disse o quanto é rude entrar no quarto das pessoas sem ser convidada?

Eu estou preste a dizer alguma coisa, mas consigo ver em seus olhos que é melhor eu ficar quieto.

— Eu não estou nem aí para o que você diz! Eu não sou surdo, eu ouvi um ratinho bisbilhotando por aí.

Ele olha pra mim de novo, mas seu olhar é provocativo. Isso me deixa desconfortável. O que ele está pensando?

— O que exatamente você está insinuando?

— Insinuando? Ah não, coitadinha, estou apenas tomando nota.

— Chega! Sai desse quarto, Drogo, e parece de brincadeiras sem graças. Eu já estava saindo de qualquer forma.

Por mais que eu tenha praticamente gritado, ele não parece ouvir ou se importar com o que eu digo. Ele chega mais perto e fico imediatamente mais tensa.

Ele está agora a apenas alguns centímetros de mim. Seus olhos brilham por alguma razão.

Não tenho tempo para reagir... O Drogo está na minha frente, sem uma palavra ele pega o cobertor que estava nos meus ombros e se vira, bem desconcertado, e sai sem falar uma palavra.

It Is Love - NicolaeOnde histórias criam vida. Descubra agora