C.1

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Draco pov

Bom, eu não tenho do que reclamar. Pelo menos não tinha.

Sou um Alfa, sendo mais específico, um Alfa lúpus. Não tenho muita coisa a contar sobre mim, apenas que meus pais são detetives e moram na Inglaterra, junto da minha tia Bellatrix, que é cantora em uma banda com seu marido Tom, e minha outra tia Andrômeda que é médica e casada com Tonks, um empresário.

– Eu exijo que levem esses pirralhos de volta para Inglaterra. – Meu avô berrava sentado na mesa do escritório da empresa. As famosas empresas Black. Ele era um Alfa bem rabugento, mas aceitou de boa criar eu e meus primos, Mattheo e Dora. Contudo, agora depois de doze anos, ele está nos expulsando.

– Pense bem! papai. Não é para tanto. – Minha mãe falou com seu tom de voz de sempre, calma mantendo sua pose. – Lúcius e eu estamos muito ocupados com o trabalho, mal paramos em casa, não é o melhor momento para Draco voltar para casa.

– Eu não ligo. Dei o meu suor para criar essas aberrações, fiz de tudo por eles, mas eles sempre foram uns irresponsáveis e inconsequentes. Não vou continuar perdendo meus bens por causa deles. – Meu avô foi interrompido pela minha tia Bella que acabará de chegar. Ela usava suas roupas extravagantes e brilhosas da qual fazia meu avô revirar os olhos.

– Demorei? – Ela sentou-se ao lado da minha mãe, com um sorriso animado. Pobre Bella, ainda não sabia o que havíamos aprontado. – Por que me chamaram aqui? Eu tenho shows a fazer.

Meu avô bateu forte na mesa assustando todos. – Vocês são umas mães totalmente irresponsáveis. Casam-se com aqueles merdas que vocês chamam de maridos, dão a luz a esses demônios destruidores, e colocam sobre a minha guarda.

– Calma papai. – Bella estava assustada.

– Calma? Bellatrix, Mattheo, Draco e Dora botaram fogo na mansão Black. – Os olhos de nossas mães se arregalaram. Era nesse momento que sabíamos estar encrencados.

– Em minha defesa, eu só coloquei o fogo, a casa queimou porque Deus permitiu. – Levantei as mãos insinuando inocência enquanto Dora sorria e Mattheo cobria o rosto.

– Porque Deus permitiu, é? Ora seu moleque. – Meu avô levantou-se puxando minha orelha. – Eu não os quero mais em minha casa. Cansei de toda a baderna que vocês fazem.

– Aí! Oh mãe, ele está me machucando. – Choraminguei.

– Pare, pai. – Ela nos separou. – Eu tenho plena consciência que Draco não é um anjo, mas sei que meu filho fez isso sem querer, diga-me querido, como colocaram fogo em casa?

– Pergunte a Mattheo. Ele quem deu a ideia. – Apontei para o moreno. Logo Bellatrix virou-se para o filho querendo também uma explicação.

Eu sabia que estavamos muito encrencados, não era a primeira vez que fazíamos nosso avô ficar louco assim, mas colocar fogo na mansão Black foi o estopim para ele. O que eu não achei nada de mais, tendo em vista que já colocamos fogo no carro dele.

– Dora, Dray e eu estávamos brincando de verdade ou consequência, então eu desafiei Draco a pegar um desodorante spray e aplicar contra o fogo do isqueiro, foi muito legal, igual aqueles do circo. – Bella deu um tapa na cabeça dele. – Desculpa, mãe. O fogo pegou na cortina, depois se espalhou por toda a casa. Foi sem querer, vovô.

Esse garoto me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora