Harry pov
Muita coisa foi tirada de mim quando eu era pequeno, ou melhor, quando meus pais se separaram.
Uma delas foi minha saúde mental, nem faz tanta falta assim...
Mas se tem uma coisa que ninguém vai tirar de mim, é o complexo de deus, eu sou um puta gostoso, e com essa saia fiquei ainda melhor.
Me olhava sorridente no espelho, imensamente encantado com como estava lindo e gostoso. Nunca usei roupas assim, mas já tive certa curiosidade, óbvio.
Uma vez minha mãe tentou me fazer usá-las, mas acho que era novo, ou então não ligava muito para roupas quando não dei muita atenção e ela pensou que eu não tinha gostado.
Eu sei muito bem porque Draco me mandou provar isso, ficou gamado na minha bunda e só quer realça-la para melhor visão.
Saí do provador, absurdamente confiante e vendo o loiro desmanchar-se em admiração e devoção, como se presenciasse uma obra-prima cara.
Uma das almofadas, que estavam ao seu lado no sofá, foi parar em seu colo rapidamente.
– O que achou? – Dei uma voltinha para ele.
– Uau! Quer dizer, não ficou nada mal – Seus olhos não saíam por um minuto sequer da minha saia. – Você gostou?
– Sim, deixa minha bunda ainda maior, não acha? – Virei de costas para ele, empinando um pouco o quadril.
Eu sou um filho da puta mesmo, mas ele não queria realçar sua visão, então aqui está.
– Acho... com certeza acho – Parecia estar em um transe. Seus olhos brilharam em travessura e ele levantou rapidamente, em um gesto bruto me empurrou para dentro do provador vindo junto.
Quando senti o espelho em minhas costas, vi que não tinha para onde fugir. Malfoy estava perto demais, muito perto. Seus olhos acinzentados brilhavam em luxúria e eu acho que acordei um certo lobo.
Sua respiração indo de encontro com a minha me deixava nervoso, e quando ele tocou minha cintura, senti minhas pernas virarem gelatinas. Nunca senti isso com ninguém, para ser mais realista, nunca estive assim com alguém, e poderia jurar que Malfoy me tomaria, e não seria um problema tendo em vista que eu me senti perdido naquela imensidão azul.
Seu rosto perto o suficiente, senti a ponta de seu nariz ir de encontro com o meu em um carinho, e me segurei para não ronronar ali mesmo.
Não gosto de Malfoy, não o quero assim, mas o tendo dessa forma tão perto, poderia considerar esse momento como uma exceção.
Eu queria o beijar.
– Não vou beijar você até que me implore para que te toque. – Saiu de perto com um sorriso travesso, e uma frustração tomando conta de mim. – Até porque, você disse que eu não faço o seu tipo.
Tem razão, ele não faz o meu tipo, por que deveria ficar frustrado, não é mesmo?
Assenti, tentando não transparecer minha irritação, mas acho que não funcionou, já que ele sorriu largo saindo do provador.
Após tirar a saia, esperei que ele pagasse e assim poderíamos sair da loja. Por incrível que pareça, aquela pequena situação entre nós, não mudou muito nosso comportamento, acho que o fato de ter Malfoy sempre me paquerando já era algo a me acostumar.
– Bom, temos o resto do dia ainda, quer ir em algum lugar ou prefere ir para casa? – Questionou, estávamos no carro dando algumas voltas na cidade. Seria bom passar em mais algum lugar, já que hoje está sendo o dia mais radical da minha vida.

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Esse garoto me pertence
Fiksi PenggemarQuando se está no terceiro ano do ensino médio tudo o que se quer é aproveitar, pelos menos era isso que Harry queria, porém, festas, bebidas e pegação estavam fora de seu alcance. Ele era um menino exemplar, assim como Lilian o criou. Isso não dura...