C.5

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Draco pov

Eu pensei que seria um máximo quando chegasse na casa de Zabini. Parkinson estaria lá e nós poderíamos transar novamente. Mas não foi bem isso.

Ela estava lá, muito bonita com seu vestido preto curto, mas não me chamou atenção, não me deixou com vontade e antes mesmo de deixar que ela me conduzisse a um quarto para me ver broxar miseravelmente, eu a parei dizendo que me senti mal e voltaria para casa.

Dora estava muito ocupada com Fleur, estavam se pegando na varanda e não pareceu muito interessada quanto avisei estar indo embora. Mattheo estava deitado na escada bêbado, não lembrava do próprio nome ou de quem era.

Eu não ficaria aqui para ajudá-lo, ele que se dê seu jeito.

Isso aqui não era para ter se tornado uma festa com quinze pessoas, bebidas e pegação. Era para ser apenas uma visita à casa de um colega. E pela primeira vez em toda a minha vida, não gostei de estar em um lugar assim.

Caminhava calmo pela estradinha de pedras e duendes de porcelana que me levariam até a casa dos fundos, quando ouvi o ranger do balanço aumentar de acordo com minha aproximação.

Potter estava sentado no mesmo, balançando-se feito um louco às 2h da madrugada com seu cachorro feioso correndo atrás do balanço que não parava. Usava um moletom preto, largo demais para seu pequeno corpo, mas grande o suficiente para cobrir até o meio de suas coxas.

Ele é tão lindo que me dá um pouco de raiva.

– Se passasse uma estrela-cadente, eu desejaria que você caísse e fosse de cara no chão. – Vi ele levantar o dedo do meio e abrir um sorriso. Tentou parar o balanço, mas suas pernas curtas não ajudava.

Bufei revirando os olhos seguindo até ele ajudando a parar, quando os pequenos pés alcançaram o chão, ele levantou meio tonto quase caindo se eu não tivesse o segurado. Minha mão em sua cintura foi como um choque elétrico que me fez ficar vermelho e ele também.

O soltei rapidamente dando alguns passos para trás. Maldito cheiro de cereja, isso me deixava louco.

– O que faz acordado uma hora dessas? – Questionei.

– Minha mãe e minha tia não estão em casa. Vim aqui pensando que talvez Drue estivesse para batermos um papo, mas parece que ela foi para a prefeitura junto de minha mãe. – Retirou os fios de cabelo que caiam sobre sua vista.

– Bom, eu estou aqui, não sirvo muito para bater papo, mas olhando para você eu posso bater pun-

Fui interrompido quando seu dedo indicador parou em meus lábios me fazendo calar.

– Por favor, não seja idiota. – Revirou os olhos e tirou o dedo dos meus lábios quando pensou que talvez eu não fosse continuar.

– Punheta. – Continuei e ele me deu um soco no estômago. – Aí!

– Aceito bater um papo com você, mas só se continuar calado. – Seguiu até a casa da minha avó, deixando seu cachorro para trás.

– Mas... como vamos bater um papo se você me quer calado?

– É só não falar idiotices, babaquices, putarias, cantadas e por aí vai. – Esperou que eu abrisse a porta. Assim fiz, mas não o deixei entrar.

– Lhe convidaria para entrar se você não fosse tão rude comigo. – Sorri de lado vendo ele cruzar os braços zangado. – Pode entrar, Potter querido.

Assim que o moreno entrou, correu seus olhos esmeraldas por toda a casa, talvez estivesse um pouco diferente porque nesses últimos dias, meus primos e eu demos uma reformada, mas nada de mais.

Esse garoto me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora