Capítulo XXI

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No dia seguinte Juliette contou aos filhos logo no café da manhã, que a família toda iria passar o fim de semana do feriado de 12 de Outubro na outra casa que tinham. As crianças como não podia deixar de ser adoraram a notícia, pois já fazia um tempinho que não iam a outra casa, a qual ambos gostam tanto.

Bia pediu a mãe se poderia convidar Penélope para ir com elas também. A professora pensou em negar o pedido, pois a intenção ali era que fossem só elas da família. Porém, como andava sensível pela gravidez rendeu-se com facilidade ao olhar suplicante da filha e acabou aceitando que a adolescente convidasse sua amiga inseparável. Entretanto, Juliette avisou que ainda não era para Bia dizer a outra garota sobre o convite que lhe faria, porque antes ela primeiro falaria com os pais de Penélope para perguntar se eles autorizavam-na a ir com a família de vizinhas. Caso eles concordassem, tudo bem, e aí sim, Beatriz poderia então dizer a Penélope sobre a viagem. A adolescente concordou com a mãe e depois agradeceu por ela ter deixado sua melhor amiga ir nessa viagem com elas.

- A van já chegou pra buscar vocês. - Juliette avisou ao escutar uma buzina e se levantou da cadeira que estava.

Bia que já havia terminado de tomar seu café naquele instante, levantou-se imediatamente da cadeira e pegou sua mochila e a do irmão que estavam ambas sobre a bancada da cozinha.

- Bora, astronauta, hora de pegarmos a nave e partimos para o planeta escola!

A garota chamou em tom de brincadeira ao irmão menor.

O pequeno com a ajuda da mãe desceu de sua cadeira e em uma de suas mãozinhas trazia seguro seu boneco do Buzz Lightyear que ganhou de Sarah. Hoje na escola era dia de levar algum brinquedo para o lazer e sendo assim, o pequeno Tom decidiu levar aquele.

- Todo dia tenho que ir para esse planeta! - o menino deu um pequeno suspiro e revirou os olhos.

Tanto Bia quanto Juliette não se aguentaram e começaram a rir.

Aquele pingo de gente era sem dúvida alguma, a graça daquela casa com aquele seu jeito de ser e as pérolas que soltava!

- Sem reclamações, meu astronauta favorito.

Juliette acompanhou os filhos até à porta de casa. Despediu-se deles com um beijo em cada um e dali de onde estava, ficou vendo os dois irem em direção ao veículo escolar onde Gina, a motorista da van, já os esperava na porta do veículo.

A moça simpática e de cabelos vermelhos acenou com um sorriso para Juliette e a morena retribuiu o gesto. As crianças entrarem na van após um último aceno para à mãe e assim que o veículo partiu, a morena fechou a porta de casa. Ao se virar avistou Sarah descendo as escadas.

- Bom dia! - saudou a mulher se afastando da porta e indo na direção da esposa.

- Bom dia! As crianças já foram?

- Nesse instante.

Juliette percebeu uma expressão estranha no rosto da esposa.

- Algum problema, Sarah?

- Acordei sentindo aquela dorzinha chata na cabeça, de novo. - respondeu a mulher esfregando a testa com a mão direita.

Aquelas dores vire-mexe apareciam e cada vez mais frequentes agora. Elas eram ora leves como a que a economista relatava sentir naquele instante, ora eram mais intensas como a que já teve em outros dias.

- Não quer tomar o remédio que a Camilla te receitou? - sugeriu  preocupada.

Sempre que sua mulher mencionava que sentia essas dores na cabeça, um sinal de alerta e preocupação acendia na cabeça de Juliette.

Memórias Perdidas - Versão SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora