1

123 13 5
                                    

P.O.V - Bae Minji

Acordo pela manhã, já ouvindo o cantar dos pássaros perto de minha janela. Abro meus olhos lentamente e vejo a claridade fraca do sol em todo o meu quarto.

Me levanto e logo sinto um frio me invadir e me trazer um certo arrepio. Vou para o banheiro, tomando um banho quente e me arrumo para ir a escola.

Desço as escadas que tinham em minha casa, que me levam a sala. Assim que chego no cômodo, vejo minha mãe que já se preparava para sair e ir ao seu trabalho.

- Bom Dia, Mãe! - Digo a abraçando e lhe dando um beijo na bochecha esquerda.

- Bom Dia minha, filha! - diz ela, fazendo o mesmo comigo

- Já irá sair para trabalhar? Poderia ficar um pouco e tomar café comigo? - seguro sua mão.

- Filha... Sabe muito bem que o horário do meu trabalho é rigoroso! -  acaricia meu rosto.

- Mãe, eu sei! Mas por favor...só dessa vez! A senhora quase não fica em casa... - minha voz sai um tanto triste e faço um leve bico nos lábios. Ela Respira fundo.

- Ok. Dessa vez eu fico... Mas não vamos demorar! - me leva até a cozinha. Um largo sorriso toma conta dos meus lábios, e sentindo satisfeita por convencê-la.

Já na cozinha, faço um café rápido e nos sentamos na mesa, logo iniciando a refeição. Uma coisa que quase não  fazíamos, era tomarmos café juntas. Minha mãe vive ocupada no trabalho e as vezes fico me perguntando como ela aguenta trabalhar praticamente o dia todo, chegando em casa exausta e cheia de cansaço.

Mas, por um lado, eu entendo o motivo dela de fazer isto. É tudo por preocupação de dar o melhor para a família. Ou seja, nós duas, somente.

- Pronto filha. agora tenho que ir, tá bom? -  se levanta, colocando o prato e xícara na pia.

- Tudo bem. - assenti. - Espere! Também já sairei para ir a escola. - me levanto.

- Ah, sim! Quer carona? Acho que dá tempo de te deixar na porta.

- Quero sim! - Pego minha mochila e saio juntamente com ela.

Já no quintal de nossa casa, ela tranca a porta, e depois entramos no carro.

No caminho para minha escola, não falávamos nada. Eu e minha mãe, com o tempo, perdemos um pouco o assunto entre nós, desde que meu pai faleceu.

Odiava quando imagens do que passamos sem ele passavam pela minha mente, me lembrando apenas da dor e sofrimento, da dificuldade que tivemos em superar tudo. Meu pai era um homem bom, justo e que fazia de tudo para agradar eu e minha mãe.

Infelizmente, meu pai morreu de câncer quando eu tinha 10 anos. Foi muito difícil para minha mãe, pois na época que ele se foi, ela não trabalhava. Meu pai, sustentava a casa sozinho, pois trabalhava em um local que lhe dava condições para isso.

Minha mãe para mim, é um grande exemplo de mulher. Mesmo com essa perda tão grande, ela continuou lutando contra as dificuldades, arrumou um emprego e me colocou na melhor escola da cidade, com todo o seu esforço. Atualmente também não passamos nenhum tipo de dificuldade financeira ou alimentar, não nos falta nada. Mesmo assim, me preocupava com ela.

Começa novamente a passar por minha mente, os momentos bons em família que tivemos juntamente com o meu pai. Eramos muito felizes. Hoje em dia? Ficamos apenas quietas tendo que engolir a todo momento o fato de agora, só existir nós duas. Ao menos tínhamos isso para não nos sentirmos totalmente sozinhas.

- Filha... Você está chorando? - diz minha mãe me desligando de meus pensamentos. Rapidamente percebo que eu realmente estava chorando.

- Mãe, eu... - com dificuldade, mal conisgo falar, sendo atrapalhada pelo meu próprio choro.

Obsessive Love // Pcy (Republicada) Onde histórias criam vida. Descubra agora