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P.O.V - Bae Minji

Acordo, abrindo meus olhos lentamente e ainda sentindo fraqueza sobre meu corpo. Tento levantar minha cabeça do travesseiro, mas precisei insistir para conseguir devido as dores que eu sentia.


Quando foco meus olhos para o lugar onde estava, vejo que era um local desconhecido por mim. O que estou fazendo aqui?


Me sento na cama e estava tudo praticamente escuro. A única luz que tinha ali vinha de uma pequena janela mais acima.


Fiquei confusa, sem saber o que fazer, portanto... começei a me lembrar do que acontecera outrora.


Eu estava voltando para casa embaixo de uma chuva forte. Estava andando devagar pela trilha, com medo de escorregar e cair na lama.

Sentia também uma sensação de ser observada, mesmo durante a chuva eu sentia que alguém estava a me seguir.

Depois de um tempo, notei esse alguém andar atrás de mim... E foi aí que parei, ficando paralisada pelo pavor.

Algo foi dito a mim em meud ouvidos  que agora não me recordo bem o que era, porém a única coisa que me lembro é de sua voz e sua profundidade. Após isso, eu desmaio.

Eu... Fui sequestrada?!

Começo a me apavorar e tremer com tudo isso se passando pela minha cabeça. Sentia que poderia surtar a qualquer momento, estava sem chão. Um local desconhecido, sendo trazida por alguém desconhecido... Como isso chegou a esse nível?


Antes que eu pudesse prosseguir com meus pensamentos embaralhados, ouço o som de algo destrancando a porta. Imediatamente volto para trás e me encolho, sentindo a mesms sensação medonha que costumava sentir. Era aquela presença... Aquela que me observava.


Assim que foi aberta, fez um barulho um tanto incomodo. Com muito receio, olhei para lá, me asustado com o que via. Era um homem alto, bem alto. Ele vestia um sobretudo preto. Não conseguia reparar bem nos detalhes pq alguma clarodade vinha de fora e trazia fragilidade a minha visão, mas ele começou a se aproximar e eu me apavorei.


- Olá, Minji. Bom Dia. - ouço o indivíduo me chamar. Obtinha uma voz forte e profunda.


Essa voz... É a mesma que eu ouvi ontem!


-  Quem é você?! - exclamo, tremendo. - O que vai fazer comigo?! - me encolhi ainda mais.


- Calma, não irei fazer nada de ruim com você. - chega perto da cama, me encarando e falando tranquilamente. Ali percebi que ele usava uma máscara que tampava o nariz e boca. Seus olhos eram grandes e negros, me fitavam incessantemente.


- Quem é você? - indaguei novamente, já sentido as lágrimas em meus olhos. Ele me dava arrepios.


- Bom... Eu não vou dizer exatamente o meu nome... Mas... Pode me chamar de Pcy. - respondeu, se sentando na cama.


- Por que você me sequestrou? Por que quer me manter aqui? -  pergunto sem parar, com meus lábios tremendo em nervosismo. Inevitavelmente começo a chorar.


- Não chore, Minji... As lágrimas não combinam com você. - diz, aproximando sua mão de meu rosto.


Tentei me afastar, mas era inútil. A parefe estava logo atrás de mim, não tinha saída.  Sem que eu percebesse, sinto as mãos de Pcy tocarem meu rosto, fazendo um carinho e secando minhas lágrimas. Viro meu rosto para o lado, fechando os olhos com força por não saber o que fazer. Por incrível que pareça, suas mãos eram quentes, macias e grandes.


Mesmo assim, meu medo permanecia.

Não sei se ele está dando uma de "bonzinho" para tentar me fazer de boba e depois ter a possibilidade de acontecer o pior. Minha mãe sempre me ensinou que não devemos confiar em estranhos.

- Não irá me responder? Por que você me sequestrou? - insisto na pergunta.


- Isso não importa... o que importa é que agora você é minha! - me olha parecendo abrir um sorriso por trás de sua máscara.


- Você é louco? - ararregalei meus olhos ao ouvir tal coisa absurda.


- Por você, sim...-  afasta sua mão de meu rosto.


Assustei-me ainda mais. Ele era tolamente maluco. Tudo isso também me deixava maluca. Essa situação atual era impensável. Não consegui dizer mais nada, pois o mesmo se levantou e foi em direção a porta.


- E eu? Vou ficar aqui por quanto tempo? - questiono antes que ele pudesse sair.


Ele solta umas risadas, me deixando comfusa. Se virou para mim, me olhando fixamente.


- Bem-vinda ao seu novo lar. - por fim, saiu, me deixando sozinha novamente.


Ele vai me manter aqui para sempre? Meu Deus, o que eu fiz pra isso acontecer comigo?


Ao ele sair, fiquei minutos paralisada, olhando para o nada e sem saber o que pensar primeiro. E a minha vida? E a minha mãe? O que será de mim?


Logo agora que eu e minha mãe resolvemos dar uma chance para seguirmos nossas vidas juntas e felizes como mãe e filha, isso simplesmente acontece e destrói minhas esperanças.

Minha vida está ficando cada vez pior e eu nem sei o porquê.

Me deitei na cama novamente, estando jogada nela e só conseguindo pensar que minha mãe nesse momento estaria com certeza desesperada, me procurando ou até achando que eu morri.

Inevitavelmente, começo a chorar de novo. Era uma dor em meu peito que eu só conseguia derramar lágrimas e soluçar, com a cabeça doendo de tanto estar presa aos pensamentos. Eu nem sabia por quanto tempo ficaria viva.


Tudo que eu quero, é voltar para casa.

[...]


Após um tempo que não fui capaz de contar se passar, me sinto cada vez mais fraca. Molhei o tecido da cama com as lágrimas e ainda permanecia do mesmo jeito. Já tinha parado de chorar, mas a dor permanecia em meu interior.


Meus lábios estavam ressecados. Eu sentia cede. Meu estômago começou a roncar e eu sabia que isso estava piorando,  afinal, a última refeição que tive foi o almoço com a minha mãe anteriormente.


Calmamente, me apoio com as mãos no colchão e me levanto. Não havia quase nada naquele lugar. Apenas a cama,uma cômoda com gavetas vazias e uma porta que levava a um banheiro. Respirei fundo. Eu precisava comer alguma coisa, precisava sair dali.


Caminho até a porta, vendo se tinha alguma precha. Assim que encostei as minhas mãos, levei um susto ao vê-la fazer um barulho. Coloquei a mão na maçaneta e a virei, me surpreendendo ao ver que estava... Aberta.


Se ele queria me manter aqui, por que deixou a porta aberta? Que idiota...


Parecia que algo finalmente estava ao meu favor. Sem exitar, fui saindo aos poucos. Minha vista doeu um poucom com a claridade que vinha de fora. Quando meus olhos se adaptaram, percebi que a claridade vinha de grandes jabelas de vidro que estavam num corredor. Elas tinham um ar antigo e o corredor era enorme.

Quando vi que não havia ninguém ali, comecei a seguir para o lado esquerdo. Tinha um grande risco de alguém me ver, mas eu não tinha opções. Essa era a minha chance. Estava fraca devido as horas sem comer e precisava comer algo, mas o mais importante: sair dali.

Obsessive Love // Pcy (Republicada) Onde histórias criam vida. Descubra agora