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P.O.V - Bae Minji

Após horas que não me dei conta de quantas eram, ouço a porta bater, mas eu não poderia abrir, então pensei que poderia ser apenas um aviso de que ela iria se abrir. Me encolhi, não dizendo nada e esperando seja lá o que fosse.

- Minji, sou eu. Eu irei entrar. - a voz ao outro lado disse, abrindo a porta. Reconheci ser Baekhyun.

Assim que o vi adentrar, o mesmo estava segurando uma bandeja com algo em cima. Permaneci em meu canto, o observando.

- Com licença. - educadamente se aproximou. - Eu trouxe seu almoço. - mostrou que na bandeja havia um prato com a comida e hashis.

- Estou sem fome. Obrigada. - respondi, sem muita animação.

- Precisa comer alguma coisa...- ele disse, deixando a bandeija numa cómoda que havia ao lado da cama.

- Como ter apetite numa situação como essa? - cruzei os braços. - Estou num lugar desconhecido, com um maluco que me sequestrou e mais oito pessoas que também não comheço e longe de tudo que eu mais amo. - minhas palavras saiam disparadas.

Baekhyun permaneceu em silêncio. Pelo visto, tinha consciência de que meu desespero era verídico.

- Eu não sei o que ele quer comigo... Só me diga que ele não vai me fazer nada de ruim...- sentia que iria chorar.

- Não vai...- ele respondeu. - Olha, eu não sei bem o que dizer no momento, mas ele não vai machucar você. Não seria capaz disso...- apesar de parecer ser um assunto desagradável, suas últimas palavras saiam com convicção.

- Você sabe pelo menos o motivo dele ter me trazido para cá? Pode me responder ao menos isso? - o encarei com os olhos marejados.

- Não sei... - me olhava com pena, mas parecia não poder fazer nada por mim. - Eu já sabia que ele ia te ver, até tentei impedir várias vezes... Mas não imaginei que chegaria a esse ponto. - declarou, se afastando um pouco.

- Eu só quero sair daqui...- sussurei, juntando os meus joelhos e os abraçando.

O mais velho me olhava, como se quisesse me dizer algo, mas alguma força maior o impedia. Por fim, ele respirou fundo e virou-se para o lado oposto.

- Minji, não deixe de comer, por favor. - me olhou de relance e se retirou, fechando a porta e me deixando ali.

Voltei a estar sozinha e sentido aquele aperto no peito. Era um pesadelo sem fim. Lugar desconhecido, pessoas desconhecidas. Longe de quem eu mais amava.

Não conseguia parar de pensar no quanto minha mãe poderia estar desesperada. O quanto poderia estar numa tristeza tão profunda quanto estou agora. Tudo parecia estar dando certo, até toda essa loucura acontecer.

Mas, apesar de todas as lágrimas, eu estava convicta de que iria arrumar uma maneira de escapar.

[...]

Depois que me acalmei, tomei coragem e comi um pouco da refeição que Baekhyun me trouxera. Não sabia quem havia cozinhado, mas era inevitável que o gosto estava ótimo. De início, eu não iria comer, mas estava com fome e não vi escolha.

Obsessive Love // Pcy (Republicada) Onde histórias criam vida. Descubra agora