Four

209 16 45
                                    

🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸

(Seguimento do capítulo Three...)

...

Brian sabia que haviam pegado no sono deitados no sofá. Sabia também, que sua cabeça doia de uma forma estratosférica, e que existia um peso quente e aconchegante sobre seu peito. Algo lhe fazia coçegas sobre o rosto também, mas o cacheado sentia seus olhos tão pesados que preferiu não conferir o que lhe incomodava.

Aos poucos, de acordo com o despertar lento de seu subconsciente; Brian May começava a recordar do que havia ocorrido durante à noite anterior. Jesus Cristo! Pensou ele. Roger havia mesmo lhe... Bom, isso era um fato inegável, pois May conseguia com precisão, lembrar dos lábios quentes e ágeis do loiro sobre seu corpo. Então, aquilo significava o quê? Que agora eram algo? Que teriam algo? Que... Ah, Brian estava realmente confuso, mas ao mesmo tempo, incrivelmente feliz. Porque veja bem, o moreno ansiava por isso ao longo de todos os anos em que conhecia o loiro; de alguma forma sempre lhe desejou, e a confirmação de que Roger Taylor também sentia isso, era satisfatório e empolgante, para dizer o mínimo.

Ainda em seus devaneios, Brian ouve uma batida na porta. Roger tinha lhe trancado na noite anterior, o que May se viu obrigado à agradecer em silêncio; pois com certeza, quem quer que estivesse do outro lado, já teria adentrado naquela sala, e então lhes pego naquela situação, um tanto quanto reveladora.

-Ei amados? Vocês estão aí? -A voz de Freddie Mercury se fez presente, abafada por estar à uma camada de tijolos e madeira de distância. E aquilo fora o suficiente para que Bri abrisse os olhos assustado, então podendo enfim ver, o motivo do que lhe causava coçegas no rosto.

Roger dormia sobre seu peito, parecendo um anjo caído. Seus cabelos loiros jogados feito uma cascata dourada sobre seu rosto miúdo, tendo algumas mechas sobre a face de Brian. O moreno lhe observou do alto por alguns segundos; adorando a forma que o amigo se encolhia sobre si, com o rosto enterrado em sua camisa branca que estava com três botões abertos.
Bri levou sua mão até os cabelos de Taylor, afastando alguns fios daquelas madeixas douradas que agora reluziam com a réstia do sol que entrava pela persiana entreaberta da grande janela na extremidade oposta da sala.

Mais algumas batidas na porta foram ouvidas.

-Se estiverem aí, falem logo... Mas que merda... Meu Deus se vocês estiverem mortos, terei de arrombar essa porta. -Freddie falava do outro lado. -Terei de encontrar um baterista e um guitarrista novo... Cacete, ei Darlings... Deem sinal de vida...

Brian teria com certeza rido do drama de seu amigo, no entanto estava ocupado demais olhando Roger ressonar como um bebê.
Precisava acordar o loiro, para que eles pudessem pensar em algo para dizer a Mercury.

-Rog... -Brian sussurra próximo do ouvido de Taylor. E pode ver a pele do menor se arrepiar. -Acorda, Rog. -O loiro resmunga, e se aninha mais sobre seu peito, agarrando com força seu abdômen; Brian até teria achado muito fofo, se Freddie não estivesse forçando a maçaneta. -Ei... Acorda, Roger... Precisamos levantar.

-Não fode, Bri. -O menor fala manhoso, da sua forma doce de sempre. May ri nasalado. -Tá quentinho aqui...

-Freddie está na porta, Rog, precisamos pensar em algo. -O moreno fala não conseguindo mover seu corpo, pois Taylor lhe apertava mais.

-Hmm... Mande ele se foder. -A voz de Roger estava abafada, e era engraçado, pois parecia uma criança de 8 anos fazendo birra.

-Eu até mandaria, se ele não estivesse planejando arrombar a porta. -Ainda alisando os cabelos dourados de Roger, Brian enfim suspira aliviado ao ver o rosto amassado de sono do menor se erguer alguns centímetros em seu peito, conectando seus olhos azuis safiras nos de May.

Driven By YouOnde histórias criam vida. Descubra agora