Capítulo 8

212 36 20
                                    

VINNIE HACKER

Estou quase em frente a hype quando quase atropelo alguém deitado no meio da rua. Quem seria louco de estar deitado no meio da rua com um frio de menos 5° graus às 3:00 AM?

Delph? desço do carro e é ela quem encontro esparramada pelo chão, com uma garrafa de bourbon na mão e lágrimas nos olhos. Me abaixo e pergunto:

—Ei, você tá bem?—faço a pergunta sabendo que obviamente não está.

—Sim, e por que você está aqui? quer meu dinheiro também?—pergunta com a voz lenta e suave. Ela estava definitivamente bêbada.

—Que? para de ser louca. E o que VOCÊ está fazendo AQUI?

—Eu estou apenas fazendo a mesma coisa que o Damon faz, ele se sente melhor depois.

—E você está se sentindo melhor agora?

—Bom, seguindo o roteiro, agora eu deveria morder seu pescoço com minhas presas e me alimentar do seu sangue até sua morte.—diz e me oferece um sorriso.

—Vou fingir que sei do que você está falando.

—Ah, fala sério. Nunca assistiu the vampire diaries?—pergunta incrédula.

—Não, eu deveria?—digo simples.

—Sim, na verdade sim.—responde com convicção.

—Mas, agora não vem ao caso. Está frio e você está bêbada, tem que entrar para casa.

—Ughh—resmunga—Você está sendo chato de novo, é legal ficar aqui—Ela vira de lado e me olha—Deita aqui comigo.

—Não, está frio. Se você não se importa de pegar um resfriado, eu sim.

—Deita logo.

Isso com certeza é uma péssima idéia, eu deveria estar levando ela pra dentro, e na verdade estou me juntando à ela.

—Viu, é legal. Olhar as estrelas é divertido, mas acho que se você estive com um pouco de álcool no sangue ficaria mais interessante.—ela diz quando me deito ao seu lado e me oferece a garrafa quase seca que está em sua mão.

—Obrigado, eu estou bem assim.

Ela não diz nada. Continuamos em um silêncio profundo por um tempo longo demais. Quando então ela o quebra, dizendo:

—Estou com frio, pode me levar para casa?

—P-pode ser.

Me levando e vou até meu carro, pego meu moletom que estava no banco de passageiro e coloco delph sentada no chão vestindo-a com o mesmo.

—Você é cheiroso.—ela diz quando termino de passar o moletom com meu cheiro por sua cabeça.

—Você está muito bêbada para estar me falando essas coisas. Eu espero que não se lembre amanhã, do contrário vai morrer de vergonha—digo rindo enquanto a pego no colo e me direciono até sua casa.

—Você mora sozinha?—pergunto ao passar pela porta.

—Sim, e meu quarto é o primeiro do corredor do segundo andar.—diz sonolenta.

Não respondo e apenas subo as enormes escadas encontrando o corredor. Entro em seu quarto—que por sinal é muito grande—e pergunto:

—Posso te colocar na cama?

—Depende, do que você está falando?—pergunta dando um sorriso de lado—Eu aceito qualquer uma das alternativas.

—Ah, meu Deus. Você bêbada é muito tarada. Eu espero que para seu próprio bem, não se lembre de nada disso amanhã mesmo.

Coloco Delph na cama e a cubro com seu edredom.

—Pode amarrar meu cabelo?—pergunta já se sentando na cama e colocando os longos fios para trás.

—É...pode ser—faço uma pausa—onde você tem uma xuxinha de cabelo?

—Em cima da penteadeira.

Pego uma preta e volto até delph. Junto sua cabelos macios em minha mão e tento pensar em como se amarra isso.

—Não sabe amarrar?—pergunta Delph rindo.

—Na verdade não.

—Por que não avisou?—se vira e me olha—Me dá aqui, pode deixar que eu faço.

—Está brava?—pergunto pelo modo como ela falou.

—Na verdade, sim. Mas, não com você.—responde quando termina de amarrar seu cabelo em um rabo de cavalo.

Ela se levanta rapidamente da cama e quase cai no chão.

—Ei, onde você vai?—pergunto a puxando pelo braço.

—Ligar o aquecedor.

—Deixa que eu faço isso para você na saída. Se deite e descanse. Amanhã vai acordar com enxaqueca provávelmente.

Ela se deixa e pergunta:

—Posso te pedir uma última coisa?

—Pode, só não prometo que vou fazer.

—Meus ursinhos, pegue eles no baú aqui no pé da cama.–diz apontando para o final da cama.

—Ursinhos? está bom né.

Me levanto e vou até seu baú incrívelmente grande repleto de bixos de pelúcia.

—Qual você vai querer?—pergunto me referindo as pelúcias.

—Todos ué.

Isso é estranho mas não vou questionar. Coloco todas as pelúcias ao seu lado e fecho o baú.

—Pronto, vou deixar um comprimido de dipirona em cima do balcão da cozinha, tome amanhã de manhã.

—Tá bom, obrigada.

Saio de seu quarto e logo deixo sua casa, pegando meu carro e indo em direção a hype. Isso foi muito estranho. Espero que ela não se lembre de hoje, foi constrangedor pra ela. Mas ao mesmo tempo, espero que se lembre de tudo o que disse sobre mim. Como já dizia meu pai "bêbado não mente".

Eu ainda não entendi aquele papo sobre eu querer seu dinheiro. Mas também não vou me esforçar pra entender essa garota, tudo que ela fez e falou hoje a noite foi completa loucura e ela jamais faria sobria.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 20, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

De Outro Mundo Onde histórias criam vida. Descubra agora