Capítulo 7:

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•Charlotte:

—Charlotte...

(Mãe...)

—Charlotte...

Abri meus olhos assustada, me sentei e olhei ao redor.

—Oque?...
Max e Adimu estavam distantes, uma planta se movia próximo a minha cabeça.

—Não se preocupe, criei essa erva forte para te acordar e coloquei algumas folhas na sua ferida.
Disse Max atrás de uma árvore.

—Aí...
Eu disse passando a mão em minha cabeça, havia um pouco de sangue.

—Não fique mexendo no seu machucado, as folhas que coloquei aí vão ajudar na sua recuperação. Minha avó me ajudou bastante a como usar meus poderes, você sabe, avós sempre conhecem uma planta pra resolver o problema.

—Aconteceu de novo...
Eu disse.

—Mas isso não é um problema, só precisamos manter distância.
Disse Adimu.

Olhei para meu bracelete da qual estava desligado.

(Eu sou um perigo ambulante... Por isso fugi de casa, não queria que o mesmo acontecesse com meus pais...)

Demonstrei frustação apertando minha blusa, mas tive minha atenção voltada para uma outra planta que cresceu em minha frente.

—Coma essa pêra, vai te ajudar. Ou se quiser pode ser uma manga, maçã ou pêssego. Qual prefere?
Perguntou Max.

Olhei a pêra pendente em um único galho em minha frente.
—Pêssego...
Eu disse, em seguida a pêra se transformou em um pêssego e eu o peguei.

—Seus poderes possuem uma limitação de distância, se ficarmos longe não haverá perigo algum, não se preocupe.
Disse Adimu.

—Tem razão... Obrigada...
Eu disse e comecei a comer.

Max e Adimu conversavam ao longe e eu não conseguia ouvir.

(Só estou dando trabalho a elas... Por que eu tinha que ser amaldiçoada com esses poderes!?...)

Me assustei quando o braço de Adimu emergiu do chão com um copo de água.
—Beba e coma bastante fruta, você perdeu muito sangue.
Disse ela.

Peguei o copo.
—Obrigada...
Eu disse.

Adimu retirou seu braço de dentro da árvore e disse:
—Você é nossa amiga, não tem que agradecer.
Ela sorriu.

Me senti mal, pois me fez lembrar novamente de Zoe.

(No acampamento da escola... meus poderes...)

Comecei a chorar.

—Charlotte? Oque aconteceu? Está sentindo dores?
Perguntou Max.

—Não é nada...
Eu disse limpando minhas lágrimas.

—Pode se abrir conosco Charlotte, guardar oque você sente só te trará mais dor.
Disse Adimu.

—No acampamento da escola... Eu e minha amiga estavamos andando pelas colinas e eu senti uma dor de cabeça, pensei que não fosse nada, mas de repente surgiu uma cópia dela em nossa frente, começou a agredi-la... Ela caiu do penhasco e...
Não consegui conter minhas lágrimas.

—Não precisa dizer mais nada. Não foi culpa sua.
Disse Adimu.
—Vamos procurar pelos outros, será mais fácil para sobreviver nesse lugar.
Disse ela.

Elementares: Campus|✔(Livro 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora