o Céu é o limite #Wattys2015 #SimplesmenteEscreva

capitulo 3

3 de junho de 2014

Acordei com alguém a entrar com força no meu quarto, olhei com alguma dificuldade para a porta e vi o meu “pai”, ele pegou-me pelos cabelos com força e começou a bater-me, eu sentia o cheiro a álcool a inundar o quarto, de certeza que ele devia ter bebido outra vez. Ele atira-me para o chão com força, senti a minha cabeça a bater contra o chão gelado do meu quarto, neste momento começo a ouvir o choro da becky, detesto que ela tenha de crescer neste ambiente, não é de certeza o ambiente perfeito para um bebé. Vejo o meu “pai” a tirar o cinto das calças e ele começou-me a chicotear com o mesmo, eu só gritava de dor no chão e encolhia-me para ver se a dor não era tanta, mas em vão, eu sentia como se me tivessem a esfaquear ate á morte, será este o tal fim que sempre senti que ia acontecer? Será assim o meu fim? Senti que já tinha acabado, eu ainda ouvi o meu “pai” a dizer ao sair do meu quarto:

-“Morre, não te quero perto da concorrência, aproximas-te dele mais uma vez e vais desta para pior”

Depois disto ele saiu do quarto fechando com força a porta do meu quarto o que me fez estremecer de medo e passado algum tempo ouvi outra porta a fechar-se, provavelmente ele tinha saído. Mas que raio estava ele a falar? Quem é a concorrência? Ele quem? Ele devia estar tão bêbado que já não dizia coisa com coisa, com muito custo alevantei-me cheia de dores, arranjei forças e alevantei-me devagar, sentei-me na cama e peguei na becky com cuidado para a acalmar, ela devia estar assustada com isto tudo, ela não merecia mesmo nada crescer neste ambiente, dei por mim e a becky já tinha adormecido outra vez. Alevantei-me da cama e dirigi-me até á casa de banho, fechei a porta e olhei-me para o espelho e vi que estava toda arranhada e cheia de hematomas, eu já nem me reconhecia, a rapariga que estava a ser reflectida no espelho não era a antiga Ellie que toda a gente conheceu, esta era a versão mais depressiva dela, já não é aquela rapariga simples, optimista e feliz, ela agora passou a ser aquela rapariga com medo, depressiva e triste, tudo muda e com tudo eu mudei. Olhei para o relógio e eram ainda 7:10 da manha, tinha tempo para me preparar e ir para aquilo que as pessoas chamam de escola. Tirei as minhas roupas ensanguentadas pelas minhas feridas nas costas e pu-las para o lixo porque de certeza que as nodoas de sangue não iriam sair. Abri a agua morna e pus-me debaixo do polibã, sentia a água a passar pelas minhas feridas recentes e mais antigas por todo o meu corpo, as mais recentes ao fazerem contacto com a água fazia com que ardessem mas isso já tava tão habituada a sentir que era como se fosse nada. Sai do banho e enrolei-me numa toalha e curei as feridas na minha cara. Voltei ao meu quarto onde tava a becky a dormir descansada com o mickey a sua beira, vesti-me o mais rápido possível pois a mãe da Sam e ela deviam estar ai a chegar, mas acabei de me preparar a campainha tocou, peguei na becky com cuidado e nas suas e minhas coisas e fui descendo e abri a porta e não vi só a cara normal da Sam e da sua mãe.

Tu- bom dia (disse com algum espanto na voz ao ver mais pessoas que o normal)

Mãe de Sam – (pegou na becky e nas suas coisas) bom dia Ellie, como estás?

Tu – bem obrigada

Louis – e nós somos o que? Fantasmas? (perguntou chateado com tom de brincadeira)

Tu – (ris-te com a sua atitude) bom dia pessoas

Sam – acho bem que finalmente nos cumprimentaste, mas não temos tempo para isso agora, temos de ir para a escola (disse pegando no meu braço e puxando-me)

Sam não sabia de nada que se passava comigo então ela sem querer pegou no braço que estava recentemente com feridas de hoje e aquilo magoou-me e fez com que libertasse um gemido de dor baixo, mas suficiente para eles ouvirem.

Sam – -Estás bem Ellie? (pergunta preocupada deixando o meu braço)

Tu – sim estou, só me aleijaste um pouco no braço mais nada (disse baixo e o mais normal possível para ela não desconfiar em nada)