1 de Junho 2013
Londres, Inglaterra
Olho para os meus pés, neste tinha calçado as minhas sapatilhas brancas da converse que comprei com o dinheiro que guardei durante algum tempo. Os meus pés são muito interessantes para mim, nunca gostei muito de olhar em frente porque tenho medo de que se olhar em frente todos me vão gozar como na escola por isso olhar para os meus pés, com a cabeça baixa porque assim sei que não me vou desiludir com o que vir á minha frente e assim também fico a viver no meu próprio mundo com os meus próprios pensamentos na qual só guardo para mim. Eu sentia o vento gelado a bater na minha cara, o vento era tao frio que cortava sempre que passava pela minha cara, mas eu já estou habituada pois cá em londres é sempre frio, mas desta vez o vento magoava mais pois arranhava as feridas e as pisaduras que tinha na cara. Hoje foi mais um dia para esquecer, mais um dia de agressões violentas, tratam-me como se fosse algum tipo de animal que ao fim de algumas batidas acaba por morrer e eu tenho a certeza que esse vai ser o meu futuro, acabar morta num canto qualquer do mundo. Mas porque é que nós, seres humanos existimos se nunca vivemos para sempre?
De repente os meus pés pararam, olhei para o lado e vi o famoso hyde park, como não me apetecia ir para casa decidi ir passear um bocado pelo hyde park. O ambiente era calmo, não estava ninguém lá a aquelas horas por isso a única coisa que ouvia eram os meus passos pesados, o som dos pássaros a cantar e o som que o vento fazia ao bater nas árvores. Podia estar um dia com o céu muito azul e apesar de estarmos e Junho cá em londres estava frio como sempre. Andei até encontrar uns bancos verdes, pelo que parecia tinham pintado os bancos com uma nova camada fresca de tinta, o que fazia com que se visse um certo brilho na cor verde-esmeralda dos bancos. Tirei a minha mochila das costas e coloquei-a no banco, depois sentei-me, estar aqui sentada neste ambiente só me fazia sentir livre e viva, é pena que esta sensação não vai durar assim que entrar em casa, abaixei a cabeça olhando para as minhas pernas na qual estavam tapadas pelas minhas calças de ganga justas. Estava perdida nos meus pensamentos quando reparei que alguém se sentou a meu lado, eu olhei e vi a Mrs. Greenwich.
-bom dia Mrs. Greenwich – disse da forma mais educada possível e com um sorriso meio forçado pois a minha cara ainda doía por causa das feridas que ela continha
- bom dia ellie, que se passou? A tua cara está cheia de feridas, bateram-te outra vez? – disse-me com uma cara preocupada
A Mrs Greenwich é uma senhora de 62 anos, rica, de cabelos grisalhos e olhos castanhos acolhedores que vive mesmo em frente ao hyde park e sempre que venho aqui ela também está, é como se ela soubesse que precisava de falar com alguém ou se como soubesse que precisasse de um ombro para chorar. A senhora Greenwich é como se fosse uma mãe para mim já que a minha verdadeira mãe já não está comigo e o meu pai, esse nem se fala, as vezes de tarde vou para casa dela porque ela insiste sempre para eu ir e eu também prefiro ir para casa dela do que para a minha casa.
-sim bateram-me outra vez, mas não tem mal, eu já estou habituada mrs Greenwich – disse tentando forçando um sorriso com o maior esforço
-o que disseste é tão mentira como o teu sorriso minha querida, não sabes mentir minha querida – riu-se levemente – mas vá vamos a minha cara para eu te puder curar essas feridas antes que fiquem pior – ajudei-a a levantar-se
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o Céu é o limite #Wattys2015 #SimplesmenteEscreva
Fanficalgo que começa violentamente, acaba por acalmar, mas acaba pior uma historia de 2 jovens apaixonados, problemas e mais problemas na relação de ellie e de Harry, será que terão um fim feliz? a vida não e nenhum conto de fadas mas ambos iram superar...