o Céu é o limite #Wattys2015 #SimplesmenteEscreva

capitulo 5

dia 5 de Junho de 2014

*Ellie POV*

Já estou no hospital á 3 dias e isto aqui é uma grande seca mesmo, desde aquele dia que não me lembro de mais nada, preferia ficar na ignorância de não saber o que e passava do que me só lembrar das piores coisas da minha vida. A Sam e os rapazes têm-me visitado todos os dias quando não têm aulas, menos o Harry, ele só veio cá naquele dia que me apanhou naquele estado e nunca mais voltou, pergunto-me o porque disso, eu não contei a ninguém do que me lembrei, porque não como seria a sua reacção e para os proteger é melhor não dizer nada. Pelo que a Sam me diz a Becky tem ficado com a mãe dela enquanto estou cá, dei graças a deus para a mãe da Sam não a entregou ao meu “pai”. Estava perdida nos meus pensamentos quando o médico entrou no quarto.

Doutor James – bem menina Ellie tenho otimas noticias para si

- Diga-me então quais são doutor, é que estou farta de estar aqui (disse aborrecida)

Doutor James – isso resolve-se agora, você vai receber alta agora mesmo (sorri)

- a sério doutor? Isso são excelentes noticias (disse feliz)

Após isto o médico deu-me um saco que a Sam me tinha deixado para me vestir, ele saiu do quarto, eu por um lado estava radiante porque ia sair disto tudo mas por outro estava aterrorizada porque ia voltar para o pesadelo da minha vida, eu não vou aguentar aquilo durante muito tempo, tenho de arranjar forma de me livrar disto, não e nada bom para mim e para a becky. Fui a secretaria tratar da papelada da alta e fui a pé para casa, o caminho era longo mas assim tinha tempo para pensar o que fazer em relação a minha vida, aquilo tinha de terminar, mas também não queria magoar o meu “pai” que para além de ele ser assim ele é o meu “pai” antes de tudo. Vocês devem estar a pensar, mas se fosse mesmo teu pai não te fazia isso que te faz, e eu respondo, é verdade mas um pai será sempre um pai apesar de tudo. Com tudo isto reparei que tinha chegado a casa. Com medo abri a porta e por meu azar assim que entrei o meu “pai” fechou logo com força a porta de uma vez que me fez assustar. Ele veio até mim e pegou-me pela garganta, isto é mesmo um “deja vu”.

Teu “pai” – parece que já chegaste sua vadia (riu-se) nós ainda não terminamos aquilo que começamos a 4 dias atrás, tenho pena que não o faça agora, vou deixar isso para mais tarde, porque agora tenho um assuntos a tratar, mas para ter a certeza que não sais daqui (pegou-me pelos cabelos e arrastou-me até ao meu quarto e atirou-me para lá) agora vais ficar aqui fechada até eu voltar e só sais dai quando eu quiser

Ele saiu, fechando a porta á chave pelo que percebi, pouco depois ouvi a porta de entrada a fechar, ele saiu. Era disto que tinha medo e aconteceu, isto vai-me assombrar para o resto da vida. Sentei-me na cama, juntei os meus joelhos ao meu peito e chorei entre os mesmos, eu bem tento ser forte por mim e pela becky mas não está a resultar, parece que fui merecida receber isto. Com isto senti os meus olhos a pesarem cada vez mais até que adormeci.

6 de Junho de 2014

Não sei quanto tempo passou desde que adormeci mas sei que acordei com um enorme estrondo que me fez saltar da cama, olhei para o céu e vi que o sol estava a brilhar, parece que adormeci e estive a dormir o dia todo até de manha, não sei como é que consegui adormecer assim. Ouvi grandes passos a subir as escadas e a virem até á porta do meu quarto e a porta abriu de força e ai eu vi aquela pessoa a quem eu tenho nojo de chamar “pai”.

Teu “pai” – ainda estás na cama? (puxa-me pelo braço) tenho mais que fazer e tu tens de ir para a escola já, mas aviso-te já (disse pegando na minha cara com força aleijando-me) não fales com os teus amiguinhos, se eu sei que falaste com eles eu vou destrui-los um a um, começando pela aquela tua amiguinha Sam, percebeste? (gritou)