Eu já vi pessoas fazendo coisas idiotas pelo amor, esse sentimento imbecil que te faz ficar idiota e vulnerável. Sentimento... Ta ai uma palavra que eu rabisquei do meu vocabulário, já havia sofrido demais por isso, então eu queria mais que ele fosse se danar.
Depois de fazer todo o serviço de destruir a adaga, eu me arrastei para o meu quarto. Eu teria aula daqui alguns minutos, então me apresso e vou tomar um banho. Meu cabelo negro, as tatuagens e os pirsings fizeram de mim um objeto de distração na aula, eu estava vestido com um suéter preto e calça de couro, nela havia uma corrente de prata pendurada ao lado, botas pretas groceiras e pulceiras completavam o visual rock de agora.
Na terceira aula, eu estava me dirigindo até a sala do professor Sebastian de ciências sociais, quando uma cena me choca, meu coração foi comprensado e esmagado, meus olhos pareciam ter saltado das orbitas e a cor abandonou meu rosto.
Johnny... Ele estava com uma mão envolta no ombro de uma garota, olhos dourados, cabelos loiros e as pontas rosa escuro, vestia um vestido estilo patricinha e sapatilhas branca. Respiro fundo e olho em volta, percebo olhares em cima de mim e ergo a cabeça, passo por eles e lutando para a minha voz sair sem falhas, digo:
- Olá Johnny
- Olá... Sam.
- Samantha, por favor
Ele parecia lutar para dizer todas as palavras, lentamente a menina se vira para mim e sorri, um sorriso que só me faz querer arrancar os olhos dela e dar pro cães infernais.
- Oi Lindinha.
- Tenho nome garota, sou Samantha Sparks.
Meu sorriso saiu o mais falso que nota de três dólares, Johnny sabia que daquela conversa não sairia nada lucrativo, ele olha para mim ainda meio confuso.
- Vamos indo Megan acho que alguém chupou limão hoje.
- Você devia experimentar, nada melhor do que um pouco de ácido nessa melação.
Faço uma careta e ele revira os olhos.
- Será que sinto cheiro de inveja? - Foi a vez da garota se manifestar.
- Quando o papo chegar no galinheiro eu te aviso... Lindinha.
Johnny abre a boca pra falar algo mais eu apenas dou as costas, numa luta secreta para conter as lágrimas apenas por dentro. Meu peito ardia e então eu já sabia da resposta, amor... Eu nunca mais iria praticar amar alguém outra vez.
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Srta. Sparks
Teen FictionVamos começar com uma coisa... o amor existe, e ele salva.