Mato minha própria mãe.

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Acordo com duas mãos delicadas me balançando e chamando pelo meu nome, abro os olhos ainda muito sonolenta e a imagem de minha mãe com cabelos já perfeitos entram em foco. Ela sorri quando vê minha cara de grogue e me faz sentar na cama. Desperto de vez quando me lembro da nossa conversa. Eu tinha que matar ela.

- É agora?

- Sim, querida.

Olho para o relógio na parede que marcavam 02:45 da manhã.

- Se arrume, vamos acabar logo com isso.

Me levanto da cama recusando que as lagrimas descerem, ela sai do quarto e eu vejo a roupa que ela separará pra mim. Um uniforme preto de luta e a adaga por cima. A adaga, tinha um rubi vermelho o cabo, Logo percebo que ela era de dois gumes, dois lados super afiados. O cabo em prata pura e o metal de um jeito completamente horripilante que reluzia em branco fosco.

Me arrumo e saio do quarto. Ela me esperava na frente do corredor do internato e olha em meus olhos.

- Venha, é madrugada, temos que fazer isso na floresta - ela fala baixo no corredor escuro.

Depois de um tempo de caminhada chegamos na floresta, perto de um lago pequeno, flores brilhavam nas pequenas mudas espalhadas pela margem. A grama orvalhada refletiam em prata com o brilho da lua alta e cheia.

- Agora, você tem que cravar no meu peito... Deixe o sangue escorrer até o rubi e quando ele ficar brilhando você vai saber que minha alma esta na adaga. Então a destrua.

- Destruir?!

- Sim filha... Eu sei o que estou fazendo, quando você me matar, eu serei um demônio, e posso finalmente ficar com seu pai.

- To com medo mãe...

- Com certeza você é forte, eu te amo meu bem.

- Eu também te amo.

- Agora sam.

Me aproximo devagar com a adaga já empunhada, e vou para dar o golpe, mas minha mão para, e a lamina fica a alguns centímetros  do peito dela.

- É tão difícil...

Ela sorri e coloca a mão por cima das minhas segura força e eu recebo o impacto com o peito dela.

Sinto o sangue escorrer pela minha mão e as dela se afrouxando em cima das minhas. Ela se solta completamente e o sangue escorre para o rubi como se fosse programado para fazer aquilo. O rubi brilha em vermelho fervente e o sangue na lâmina parece ferver até evaporar.

A adaga esquenta demais e desaparece com um estalo alto, junto com o corpo de minha mãe.

Srta. SparksOnde histórias criam vida. Descubra agora