A realidade

204 16 4
                                    

Já havia dado a hora do almoço, eu e Carol estávamos indo em direção ao refeitório quando esbarro em alguém, meu joelho vai contra o banco de concreto do jardim e eu quase caio.

- Foi mal ai, você se machucou? - Uma voz grossa me faz voltar a realidade.

Quando olho pra cima um garoto lindo, olhos verdes, cabelos negros caindo sobre os olhos ao se abaixar, um rosto lindo em perfeita harmonia, ele sorri pra mim e eu o retribuo.

- Não, não me machuquei não - Ele me ajuda a levantar - obrigado.

- Por nada...- ele fica olhando pra mim e eu ficando mais vermelha que um pimentão.- como se chama?

- Samantha e você?

- Jonathan Worsnop e você?

- Belo nome - sorri ainda ruborizada - Samantha Sparks

- Então tá... Nos vemos por ai - ele sorri e se afasta.

- Nossa, Sam, você está vermelhinha- Carol fala e vamos juntas ate o refeitório, só que com os skates na mão.

Depois do almoço subimos no nossos quartos e guardamos os skates.

- uau...- estávamos no meu quarto, quando Carol vê minha guitarra, ela pega em suas mãos. - Você também canta?

- Canto - sorri - mais faz tanto tempo que não treino, acho que estou enferrujada.

- Samantha...- ela me olha com um sorriso cúmplice, e se levanta da cama- eu toco e você solta a voz.

- Esta bem... - dou de ombros.

Passamos a tarde toda cantando, depois daquele dia, ela voltou, fomos as aulas juntas, andamos de skate juntas, passeamos juntas e ate fugimos do internato para assistir um filme juntas. Afinal, não era tão difícil sair dali

Passaram-se um mês, um mês de alegrias, descobrimos que eramos como irmãs ate que ...

*****
Estávamos passando por um beco que daria direto no cinema, Carol já havia passado por lá várias vezes, ela me mostra algumas pichações com seu nome, desenhos rebocados, desenhávamos juntas mas ela era boa em escrita e eu na parte do desenho.
Avisto as luzes de led do cinema, vou até o outro lado da rua, mas Carol fica esperando o carro passar para que ela pudesse atravessar também. Aquele carro vinha em alta velocidade, ouvimos sirenes de policia e logo elas também dobraram a esquina, Carol se apavora e atravessa e rua. Um tiro. Um grito. Faíscas. Meus pesadelos estavam passando diante de meus próprios olhos. Ela estava caída no chão, e eu não sabia me mexer, por mais q eu tentasse meus pés não saiam do chão. Minha cabeça começa a doer e uma voz conhecida surge, ela?

- Vá, volte ao reformatório e não diga nada a ninguém...- ela deu seu último suspiro e sua voz sumiu, aquele olhos, eles nunca mais tornariam a ver o mundo. Eu nunca mais iria ver minha amiga, e eu voltei a ficar sozinha.

Depois daquele dia eu voltei para o reformatório, mas para minha sorte ou desespero ninguém havia notado a presença dela, muito menos que ela havia sumido.

Talvez aquilo tudo fosse coisa da minha cabeça, desse dia em diante fiquei trancada no meu quarto, saia apenas nas aulas, apenas pegava o necessário de comida e voltava

Até que um dia tudo isso começou a mudar...

Srta. SparksOnde histórias criam vida. Descubra agora