Capítulo 6

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– Parece excepcionalmente feliz hoje, Carmen

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– Parece excepcionalmente feliz hoje, Carmen.

Comentou Milena colocando a forma de bolo sobre a bancada de mármore localizada no meio da ampla cozinha.

Carmen sorriu minimamente para a jovem ao seu lado.

– Talvez eu esteja realmente feliz – disse a viúva.

– Percebi seu contentamento assim que pus meus olhos em ti esta manhã.

Ambas riram fitando uma a outra.

– Tem razão, menina – interferiu Rita, entrando no recinto e deixando um cesto de uvas verdes sobre a mesa – Senhorita Carmen está sorridente por demais nos últimos dias.

– Oras! – exclamou ela rindo – Não posso nem ficar um pouquinho feliz que viro vítima de comentários. Talvez eu deva voltar ao meu antigo estado; rabugenta.

Milena riu e abraçou a mulher ao seu lado.

– Não, por favor, gosto de vê-la feliz. Me deixa feliz... – falou uma tímida noviça.

– E eu também fico muito feliz, Carmen – completou Rita sorrindo.

Aquilo aconchegou o coração da mulher, saber que haviam pessoas que importavam-se consigo acalmava sua alma dolorida.

– Pois estou feliz sim. Minha vida está doce... Doce como canela.

E sorrindo salpicou canela em pó sobre a torta de banana que cheirava deliciosamente. Sim, estava muito feliz e não sabia como isso esconder. Os sorrisos apareciam e finalmente o azul-escuro havia sumido, o calor havia voltado e hoje usava um vestido vermelho que há muito ignorou em seu guarda-roupa.

Não percebeu inicialmente mas ter John Constantine em sua vida a mudou drasticamente, a paz e tranquilidade que ele trazia para si eram muito bem-vindas, ele a tomava de maneira incondicional.

Tê-lo em seus braços aquela noite mudou a vida de ambos de maneira drástica, não seriam mais os mesmos de ali em diante, teriam um segredo para manter, um romance proibido para cultivar, noites para amarem-se, assim como fizeram naquela, onde entregaram-se sem amarras.

Fizeram amor inúmeras vezes aquela noite, pareciam dois seres insaciáveis, Carmen queria cada vez mais e John aceitava deliberadamente. A mulher o ensinava como amar e sem pestanejar ele acatava a seus pedidos e demonstrações, estavam redescobrindo o ato de amar depois de tanto tempo sozinhos.

Ao final da madrugada, depois de longos monólogos, conversas, segredos e sensações arrebatadoras, John a abraçava pela última vez, teria de partir.

– Levarei esta noite como a melhor de minha vida.

Confidenciou de maneira solene enquanto o crepúsculo tomava conta do céu.

– Sinto que o conheci tão bem, tanto fisicamente quanto internamente. Obrigada por me confiar sua história.

Ele sorriu minimamente e a beijou suavemente, era difícil afastar-se.

O Padre e a Viúva | Keanu ReevesOnde histórias criam vida. Descubra agora